A internet está cada vez mais sob controle

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^_TECNOLOGIA
A INTERNET ESTÁ CADA VEZ MAIS SOB CONTROLE

Por Felipe Vidal

A internet nasceu como um espaço de liberdade — e está cada vez mais parecendo o contrário. O novo relatório Freedom on the Net 2025, intitulado “An Uncertain Future for the Global Internet”, mostra que a liberdade online atingiu o menor nível da história.

Governos autoritários estão reforçando a vigilância digital e limitando a circulação de informações, tudo sob o pretexto de “manter a ordem”.

🤓 Entenda o estudo

O levantamento, conduzido pela Freedom House, está em sua 15ª edição e analisa 72 países, cobrindo 89% dos usuários da internet mundial. Cada país recebe uma pontuação de 0 a 100, com base em critérios como limitação de conteúdo, vigilância, violações de direitos e interferência política.

Resultado: 28 países pioraram em liberdade digital, enquanto apenas 17 melhoraram.

O caso mais extremo foi o Quênia, que literalmente desligou a internet por 7 horas para conter protestos contra uma nova política tributária — a versão moderna de “acabou a luz”.

🔰 Como fica o Brasil?

O Brasil marcou 65 pontos, caindo na categoria de países “parcialmente livres”.

Segundo a Freedom House, a supervisão da atividade online aumentou, em parte, para conter desinformação após as eleições de 2022.

O país parece tentar fazer um balanço delicado entre a liberdade e a responsabilização virtual. Você pode até pensar que o país intensificou o controle sobre o mundo digital, mas o país figura entre 64 e 65 pontos pelo menos desde 2021 — então, pouca coisa mudou desde então.

🎛️ Quais são os países com maior controle sobre a internet?

Os países com internet mais limitada são fáceis de descobrir: China (9 pontos) e Myanmar (9 pontos). No caso da China, país expoente no mundo da tecnologia, o controle sobre a rede local se manifesta em uma cultura digital profundamente diferente do restante do mundo — é até um tanto difícil de entender. Se você quiser um exemplo, tente fazer algumas perguntas delicadas para o DeepSeek.

No outro extremo, a Islândia segue como o lugar mais livre da internet, com 94 pontos — aparentemente, lá o máximo de censura é o frio.

Mesmo os Estados Unidos perderam fôlego: o país caiu de 76 para 73 pontos em um ano, reflexo do aumento na regulação e no monitoramento das plataformas.

O destaque para o controle de informação ficam para países como Egito, Paquistão, Rússia, Turquia e Venezuela, que parecem um tanto aficionados em controlar as manchetes que circulam pela web.

🛜 Internet não é terra de ninguém

A primeira edição da pesquisa aconteceu em 2009, época em que Orkut ainda existia e era moda com a garotada por aqui. Muita coisa mudou no universo digital, desde o formato de conteúdo mais popular ao padrão de consumo de informações e produtos. Lembre-se, o primeiro iPhone só foi aparecer em 2007.

É natural que o ambiente virtual passe a ser cada vez mais monitorado por autoridades, dada a maior importância da rede para a cultura e o convívio em sociedade. A internet é, mais do que nunca, uma instituição social com profunda relevância para a formação do indivíduo, e manter o espaço em desgoverno absoluto pode gerar problemas.

A rede mundial de computadores é bem mais madura agora, e é importante agir de acordo com sua importância. Vale o lembrete: o mesmo governo que bane alguém de redes sociais por contrariar o poder judicial, é aquele que vai ajudar você a remover um post com um deepfake seu ou uma difamação bem desagradável.

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📄 ️COLUNA ^{_{(por Igor Lopes)}}

O Brasil está se tornando protagonista na nova rota global da Ford, que aposta em engenharia e desenvolvimento local para o futuro da mobilidade. Com a reinauguração do Centro de Tatuí e a expansão na Bahia, a montadora confia ao time brasileiro o feito inédito de desenvolver o motor flex da nova Ranger Híbrida Plug-in, a ser produzida em 2027.

Descubra na coluna de Igor Lopes como esse investimento bilionário, que une o Ford Academy à infraestrutura de testes de ponta, posiciona o país como um polo de criação e inteligência, reforçando que o futuro da mobilidade será, em grande parte, feito com o talento e o conhecimento brasileiros.

🏃‍♀️ ️ RESUMÃO DO BRIFÃO ^{_{(o remember da semana)}}

🗸 Os acionistas da Tesla aprovaram o megabônus que pode dar a Elon Musk quase US$ 1 trilhão em ações, atrelado a metas ousadas. A bolada recorde veio com a promessa de transformar a Tesla em líder de robótica e táxis autônomos, com foco nos robôs Optimus e Cybercab. A votação também permitiu que Musk invista dinheiro da Tesla na sua xAI, e o CEO afirmou que a empresa entra em um "livro completamente novo". Leia mais.

🗸 A OpenAI enfrenta mais sete processos nos EUA, quatro ligados a mortes, por negligência e auxílio ao suicídio. As ações alegam que o modelo GPT-4o foi lançado de forma apressada e perigosa, ignorando alertas internos. As famílias acusam o chatbot de manipular usuários com respostas empáticas, aumentando o isolamento e, em um caso, aconselhando um adolescente sobre a melhor forma de cometer suicídio. Leia mais.

🗸 O Nubank demitiu 12 funcionários por justa causa após uma tensa videoconferência sobre a volta ao trabalho presencial em 2026. A exigência gerou protestos e mensagens ofensivas no chat contra o CEO David Vélez. O banco alegou "violações de conduta" para os desligamentos, mas o Sindicato dos Bancários está cobrando a revisão das demissões. Leia mais.

🗸 Gigantes de tecnologia como Google, Microsoft e Meta pararam de publicar seus relatórios anuais de diversidade (DEI). A decisão é vista como um aceno ao governo Trump, que tem atacado políticas de Inclusão e Equidade nos EUA. Críticos apontam que essa falta de transparência prejudica o movimento de diversidade no mercado de trabalho americano. Leia mais.

🗸 A IA domina 45% das vagas de tecnologia no Brasil, segundo a Gupy, com Machine Learning sendo a habilidade mais procurada. A tecnologia otimiza áreas como Operações e Finanças. Contudo, o mercado enfrenta um alto turnover (56%), já que a maioria das vagas ainda é presencial, contrariando a preferência por flexibilidade. Leia mais.

🗸 O Banco Central (BC) regulamentou o mercado de criptoativos no Brasil para aumentar a segurança e combater a lavagem de dinheiro. A principal regra é a licença SPSAV obrigatória para corretoras (exchanges), exigindo um capital mínimo elevado (entre R$ 10,8 mi e R$ 37,2 mi) e a separação do patrimônio da empresa dos fundos dos clientes. Leia mais.

🗸 Itaú e Bradesco, junto a outros credores, recorreram da falência da Oi, decretada pela Justiça do RJ. Buscando reverter a decisão para recuperar cerca de R$ 4 bilhões, os bancos alegam que o decreto foi precipitado. Eles argumentam que a interrupção dos serviços da Oi afetaria diretamente as operações de gigantes como Caixa Econômica Federal e Petrobras, que possuem contratos essenciais com a operadora. Leia mais.

🗸 O Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) pediu ao Cade para aprofundar a investigação contra o Google News. A entidade acusa a gigante de abuso de posição dominante e de usar indevidamente conteúdo jornalístico. O Idec alega que a falta de remuneração adequada prejudica a imprensa e defende que os usuários tenham mais autonomia para decidir sobre o uso de IA generativa nos resultados de busca. Leia mais.

✍️ A REDAÇÃO RECOMENDA

• Umbandas: uma história do Brasil – Luis Antonio Simas (livro, 55 páginas, em português)

  O historiador Luiz Antonio Simas conta a história do Brasil de um jeito totalmente novo, usando as várias umbandas como lente para entender a diversidade, os ritos e as crenças que são a cara do nosso país.

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  O filme traz a história não contada de Elphaba, a jovem incompreendida de pele verde, e a popular Glinda, mostrando como elas se tornaram as bruxas icônicas de Oz!

• Diabetes: tudo o que você precisa saber sobre a condição (vídeo, 9 minutos, em português)

  Neste vídeo, o Dr. Drauzio Varella explica o diabetes (que atinge mais de 16 milhões de brasileiros) para você entender os tipos, as complicações e como dar a volta por cima para viver bem!