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A montanha-russa de emoções da Intel
Nada anda fácil na lendária empresa do Pentium e do Celeron.

21 de agosto, quinta-feira
Em 21 de agosto de 1911, o mundo acordou com uma notícia chocante: a Mona Lisa foi roubada do Museu do Louvre, em Paris! O ladrão, um italiano chamado Vincenzo Peruggia, escondeu a pintura em seu apartamento por dois anos, achando que estava fazendo um ato de patriotismo ao devolvê-la à Itália. Ele só foi pego quando tentou vendê-la a um comerciante de arte. Pior de tudo é que um dos suspeitos na época foi ninguém menos que Pablo Picasso, imagina isso!
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MERCADO & TECNOLOGIA
A MONTANHA-RUSSA DE EMOÇÕES DA INTEL

Imagem: Giphy
Por Nilton Kleina
Ah, a Intel... A empresa é uma referência história na área dos semicondutores: fundada em 1968, ela foi uma das primeiras desenvolvedoras de memórias no padrão atual, além de se destacar em processadores pra PC — nomes como 4004, 386 e Pentium marcaram época e ela segue atualizando os chips a partir dos modelos Intel Core.
Só que essa trajetória bem documentada é marcada também por alguns momentos de crise e dificuldades de mercado que, por enquanto, a companhia teve sucesso em superar. E de alguns anos pra cá esse momento chegou de novo, com a marca passando por problemas em vários setores. As ações da companhia estão em jogo novamente — e tem até um certo presidente e ex-apresentador de reality show que está de olho nela.
Nem rezando
Primeiro, uma contextualização. A Intel está em uma fase financeira geral considerada delicada, com uma grande desvalorização no mercado de ações ao longo dos últimos anos e lançamentos abaixo do padrão esperado em chips. Porém, o ponto principal é que a marca dormiu no ponto logo no mercado mais quente da tecnologia atual (e que tem sido muito bem aproveitado pelas rivais): a IA.
Considerada estagnada, lenta pra inovar e com crescimento menor do que concorrentes, ela promoveu uma grande reestruturação em 2024 — leia-se demissão em massa, com o corte de 15 mil pessoas de uma só vez — e o CEO que liderou o plano, Pat Gelsinger, saiu após desentendimentos com o conselho.
A companhia hoje é voltada tanto pro lançamento de chips em geral, setor em que está atrás de AMD e principalmente Nvidia, além de ter uma divisão para a fabricação de semicondutores, onde não arranha o domínio da taiwanesa TSMC. Só o fato de ser uma companhia dos Estados Unidos no contexto atual pode fazer a maré mudar em pouco tempo.
O CEO, o investidor e o presidente
Parece o começo daquelas piadas em bar, mas a situação da Intel envolve essas três figuras. Uma delas é o gerente executivo Lip Bu-Tan, que assumiu um cargo difícil há menos de um ano e não está exatamente tendo dias tranquilos.
No começo de agosto, Donald Trump criticou o CEO em um post na rede social Truth, dizendo que ele era "altamente conflituoso" por supostos (e não explicados) laços com a China. Em uma ação já clássica do presidente dos EUA, dias depois ele recuou ao se reunir com o CEO, dizendo que "o sucesso e ascensão dele são uma história incrível".
Na última semana, mais um desdobramento: Trump indicou que o governo dos EUA vai comprar uma participação de 10% na empresa, trocando a participação acionária em troca do que ele já faz atualmente na forma de subsídios estatais e leis de benefício fiscal.
A ação faz sentido com a política de Trump, que deseja fortalecer a indústria nacional e enxerga um alvo na Intel, que é a maior estadunidense no setor de chips. Enquanto a Casa Branca ainda não se decidiu, outra interessada resolveu agir: o fundo de investimentos japonês SoftBank surpreendeu ao investir US$ 2 bi nela esta semana, um dinheiro muito bem-vindo pra Intel.
Azul da cor do mar
O que esperar disso tudo? Especialistas de mercado consultados pela Bloomberg veem o interesse e a aposta na empresa com desconfiança por dois motivos: a performance da Intel como um todo e o envolvimento da Casa Branca.
Pra começar, o atual desempenho da Intel não é animador e nem indica um futuro tão brilhante: um prejuízo líquido de US$ 2,9 bilhões no segundo trimestre de 2025.
Além disso, a possibilidade do interesse político ser o motivo de supervalorização das ações (e não o otimismo comercial) pode fazer com que a boa fase das ações (com uma alta de quase 8,5% nos últimos cinco dias) funcione apenas a curto prazo.


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⌚ O futuro da IA
Segundo analistas da Wedbush, a Nvidia deve apresentar um relatório de lucros que pode impulsionar suas ações, apesar de quedas recentes. Eles acreditam que a história da IA está apenas começando e que há um grande potencial de crescimento.
Empresas e governos estão aumentando seus investimentos em infraestrutura e software de IA, e a Wedbush vê o recente recuo nas ações como uma oportunidade de compra.
🚗 Finalmente chegou a hora?
Mesmo que Elon Musk esteja brincando sobre Cybertrucks voadores, várias empresas estão levando a sério a criação de veículos elétricos aéreos. A Archer Aviation, por exemplo, está desenvolvendo táxis aéreos para viagens curtas e já completou seu voo mais longo.
A Beta Technologies também está investindo em aeronaves elétricas e infraestrutura de carregamento, e a Joby Aviation planeja lançar seu serviço de táxi aéreo em Dubai em 2026.
🫧 Bolha assassina
Preocupações com uma possível "bolha da IA" fizeram as ações de tecnologia caírem pela segunda vez. A venda afetou grandes empresas como Nvidia, Alphabet e Meta.
A mudança de humor do mercado foi impulsionada por um relatório do MIT, que indica que a maioria das empresas não está tendo retorno com IA, e por um comentário de Sam Altman, CEO da OpenAI, que admitiu acreditar que há uma bolha no setor.
⚛️ Computação quântica
A Rigetti Computing e a Montana State University (MSU) se uniram para avançar a pesquisa em computação quântica. A parceria inclui a inauguração do QCORE, o novo centro de pesquisa da universidade, que agora tem um processador quântico da Rigetti no campus.
A ideia é acelerar a inovação e formar a próxima geração de engenheiros na área. Apesar da notícia, as ações da Rigetti caíram, acompanhando a fraqueza geral do setor de tecnologia.
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