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A nova correção de rota da Meta

Empresa de Mark Zuckerberg vai demitir 600 pessoas do time de IA e mudar o foco... para mais IA?

23 de outubro, quinta-feira

Esta quinta-feira é o Dia da Aviação e do Aviador no Brasil! É dia de celebrar os corajosos profissionais que nos levam pra longe voando por aí. Um brinde aos pilotos que nos fazem sonhar com férias e que provam que o céu é, de fato, o lugar mais organizado que existe.

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MERCADO
A NOVA CORREÇÃO DE ROTA DA META

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Imagem: Giphy

Por Nilton Kleina

Desde que era conhecida só como Facebook, a Meta se notabilizou por fazer mudanças bruscas no direcionamento principal da empresa e, algum tempo depois, trocar de novo o rumo se o resultado desapontar.

Quem acompanha a empresa se lembra de algumas recuadas: ela já tentou transformar o Facebook em uma plataforma que prioriza vídeos, quis emplacar o metaverso e agora está entre as companhias que mais investem em IA. Nem sempre isso dá certo: alguém ainda tem ou visita terrenos virtuais que foram um pequeno hype de anos atrás?

Na onda da vez, a Meta ao menos parece mais focada e também disposta a gastar. Só que um movimento recente da companhia pode causar estranheza a quem lê só a manchete: a Meta está demitindo 600 pessoas do seu time de IA. Chegou a hora de recalcular a rota mais uma vez?

🫧 Impedindo a bolha

O jornal The New York Times teve acesso a um documento interno da empresa que cita as demissões, assinado pelo chefe de departamento Alexandr Wang — guarde esse nome, ele é importante. Elas impactam a divisão especial da companhia para IA, chamada de Superintelligence Labs.

O corte, porém, não tem nada a ver com questões de performance (como foi o caso de um layoff do início do ano) ou finanças. Segundo o comunicado, a ideia é evitar um crescimento desproporcional dessa equipe depois de um momento de empolgação nas contratações. 

Os demitidos são profissionais que já estavam na companhia há mais tempo e ajudaram, entre outros projetos, a construir a atual Meta AI no menor tempo possível para não deixar rivais como OpenAI, Anthropic, Google e Microsoft se distanciarem nessa corrida. Spoiler: ela deixou.

Funcionários de áreas como produto e infraestrutura foram os mais afetados, enquanto quem lida com chatbots e LLMs atuais está seguro. "Ao reduzir o tamanho do nosso time, menos conversas serão necessárias para tomar uma decisão e cada pessoa terá mais responsabilidades, escopo e impacto", disse Wang.

Ele foi contratado após se destacar como fundador da startup Scale AI e virou um dos supersalários da Meta nessa área, com outros colegas de outras companhias atraídos por altos valores. E qual é o objetivo desse time que ainda terá o emprego garantido por ao menos mais algum tempo? Construir a "super IA" da empresa.

🧠 A tal da superinteligêcia

O projeto da superinteligência artificial é o cálice sagrado do mercado atual de tecnologia. Muitas empresas juram que ela pode existir, mas não há muitos detalhes concretos sobre a sua real utilidade ou como chegar nesse patamar.

Um sistema de "super IA" é um sistema imensamente mais avançado do que os atuais chatbots ou modelos de linguagem, com uma capacidade de atuação em resolução de problemas, geração de conteúdo e conversão que vai muito além da capacidade humana.

Se você achar que isso parece aqueles papos de Skynet, saiba que muita gente pensa parecido e quer frear as pesquisas nessa área até que a regulação desse tipo de IA hipotética esteja instituída. Mas, se depender do que aconteceu com os sistemas atuais, sabemos que, na prática, isso dificilmente vai acontecer.

A Meta já confirmou pelo menos US$ 15 bilhões como investimento nesse projeto e até já separou a própria divisão de IA em quatro frentes para encarregar uma equipe inteira desse projeto. Há quem diga que os primeiros resultados aparecerão entre 2027 e o final da década — o que pode ser bastante tempo para a paciência dos investidores.

Ao que tudo indica, a nova paixão de Zuckerberg é mesmo a "super IA". O que não se sabe é quanto tempo essa rota continuará como prioridade na Meta e qual é o próximo caminho que ela inevitavelmente vai tomar no futuro.

👀 DE OLHO NO TECMUNDO (o grande irmão)

🏃‍♀️ ️ DON'T LEAVE, JUST READ (pra ler rapidinho)

🤖 Parou, parou, SuperIA!

Mais de mil personalidades, incluindo o cofundador da Apple, Steve Wozniak, e até o Príncipe Harry, assinaram uma carta pedindo uma pausa imediata no desenvolvimento de "super IAs".

O manifesto alerta para o "risco à humanidade" se as máquinas mais espertas que os humanos não forem criadas com consenso científico e aceitação pública. O grupo teme que a tecnologia ganhe valores próprios e fuja do controle, afetando tudo, desde a indústria até a segurança global. Leia mais.

💰 A Caixa também vai de bet!

A Caixa Econômica Federal confirmou que deve lançar sua própria plataforma de apostas online até o fim de novembro, atuando tanto digitalmente quanto nas lotéricas. O banco público está de olho no boom do setor para compensar a queda de receita das loterias tradicionais.

A aposta da Caixa é alta: faturar entre R$ 2 bilhões e R$ 2,5 bilhões só em 2026. A nova bet terá cadastro rigoroso e só aceitará pagamentos eletrônicos, como Pix e cartão. Leia mais.

Se vende tudo, o preço sobe!

A Warner Bros. Discovery confirmou que está "à venda", ou pelo menos analisando todas as suas opções, incluindo vender divisões ou o conglomerado inteiro, que é dono da HBO, CNN e DC Comics.

O anúncio de que a empresa procura ativamente um comprador fez as ações dispararem mais de 11%, mostrando a empolgação do mercado. Nomes como Netflix e Comcast já estão de olho nesse "pacotão" gigante de mídia. Leia mais.

💸 Culpa do Brasil, diz Netflix

A Netflix não bateu a meta de lucro do trimestre e culpou quem? O Brasil, claro! Uma disputa tributária inesperada com as autoridades fiscais brasileiras forçou a empresa a contabilizar uma despesa de US$ 619 milhões, o que deu um belo susto na margem de lucro.

O chefe financeiro da empresa lamentou o "custo de fazer negócios no Brasil", mas garantiu que o imposto é sobre pagamentos de serviços e não deve estragar os futuros resultados. Leia mais.

🎵 A Opera virou orquestra

O Opera Neon, que é o navegador premium da Opera, ganhou um novo "reforço": o agente de IA batizado de ODRA, focado em pesquisa profunda e capaz de combinar a inteligência de modelos como Gemini e ChatGPT. Para gerenciar o crescente número de agentes, a empresa criou uma nova interface chamada "Symphony" (Sinfonia).

A ideia é que o usuário apenas diga o que quer, e a IA se encarregue de "orquestrar" a melhor solução automaticamente, tornando o navegador uma central de inteligência unificada. Leia mais.

👀 Regra pra tudo, menos pra isso!

O relator Augusto Coutinho quer ampliar o PL que regulamenta apps de transporte e entrega para incluir toda a intermediação de serviços, visando dar mais segurança aos trabalhadores autônomos. A prioridade são os apps que controlam mais a rotina, mas ele fez questão de tirar um da lista: "Não vai incluir o OnlyFans".

O deputado disse, de brincadeira, que nem conhece a plataforma de conteúdo adulto, mas o foco do projeto é garantir estabilidade mínima para motoristas e entregadores. Leia mais.

✍️ A REDAÇÃO RECOMENDA

  • Tremembé: o presídio dos famosos (livro, 376 páginas, em português)

    Prepare-se para espiar a vida de luxo (e a cadeia) dos criminosos mais famosos do Brasil dentro do presídio-VIP de Tremembé!

  • Godfather of Harlem (série, 4 temporadas, 40 episódios)

    Depois de sair da prisão, o chefão Bumpy Johnson volta para tomar o Harlem da máfia italiana, formando uma aliança inusitada com Malcolm X.

  • A Teoria da Internet Morta está a caminho de se tornar realidade? (vídeo, 6 minutos, em inglês)

    E aí, a internet está mesmo cheia de robôs e IAs? Este vídeo investiga a bizarra "teoria da internet morta" para descobrir se ainda tem gente de verdade por trás da sua tela.

O desemprego é de vital importância, especialmente para os desempregados.

Edward Heath, ex-primeiro-ministro do Reino Unido

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