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📰A semana inteira, fiquei esperando
Pra te ver sorrindo, pra te ver cantando
17 de janeiro, sexta
Num dia como hoje, mas em 1984, a Suprema Corte dos EUA divulgou sua decisão em favor da Sony no chamado caso Betamax, concluindo que a gravação caseira de programas de TV para uso pessoal não constituía violação de direitos autorais. Esse veredicto teve enorme impacto na indústria do entretenimento e na cultura pop, pois abriu caminho para a popularização dos videocassetes e, posteriormente, de outras tecnologias de gravação e streaming doméstico.
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Imagem: Giphy
Bebê RenIA
Em 2014, quando a ideia de inteligência geral artificial ainda era marginal e potencialmente prejudicial à carreira, Sam Altman, hoje CEO da OpenAI, iniciou sua jornada para transformar esse conceito em realidade. Convencido do potencial revolucionário, Altman conta que “stalkeou” pessoas que compartilhassem sua visão.
Entre os alvos estava Ilya Sutskever, coautor do revolucionário AlexNet e um dos cientistas mais influentes da área. Segundo Altman, ele perseguiu Sutskever em uma conferência até convencê-lo a jantar e discutir a criação do que viria a se tornar o OpenAI. A colaboração resultou em avanços notáveis, incluindo o lançamento do ChatGPT em 2022 e a transição da organização para um modelo de negócios lucrativo em 2019.
Apesar do sucesso, tensões internas explodiram em 2023, culminando na demissão temporária de Altman, impulsionada por um voto do conselho que incluía o próprio Sutskever. Altman foi reintegrado após protestos dos funcionários, mas Sutskever deixou a OpenAI em 2024 para fundar a Safe Superintelligence, startup dedicada à segurança em IA, que já captou US$ 1 bilhão em investimentos.
Estratégia ou necessidade?
A posse de Donald Trump como 47º presidente dos EUA marca também a surpreendente reaproximação da elite do setor de tecnologia com o político. Nomes como Jeff Bezos (Amazon), Mark Zuckerberg (Meta), Tim Cook (Apple) e - principalmente - Elon Musk (Tesla) estarão presentes na cerimônia, assim como Shou Chew (TikTok), que busca um aliado para salvar sua plataforma no país.
Essa reaproximação ocorre mesmo após anos de tensão entre Trump e alguns desses líderes. Bezos, alvo frequente de ataques do ex-presidente, tenta amenizar a relação, especialmente após intervir para impedir que o Washington Post apoiasse sua rival Kamala Harris nas eleições. Zuckerberg, que enfrentou ameaças de prisão no passado, agora adota uma postura mais do que conciliadora.
A postura pragmática do setor mostra que o cálculo não é apenas financeiro, mas também de sobrevivência. Com Trump novamente no comando, questões como regulamentação, concorrência e a proteção de plataformas se tornam ainda mais cruciais. Para líderes como Bezos e Zuckerberg, o gesto de apoio pode ser menos uma escolha e mais uma forma de garantir um lugar à mesa — e, com isso, alguma influência sobre decisões que moldarão o futuro da tecnologia.
Adoção lenta
Apesar do hype em torno da inteligência artificial, apenas 25% das empresas já implementaram sistemas de IA em produção, segundo o State of AI Development Report da Vellum. Entre essas, quase um quarto ainda não viu resultados concretos.
O principal entrave parece ser a dificuldade em identificar casos de uso viáveis, com muitas companhias experimentando IA sem objetivos claros. Curiosamente, o desenvolvimento de IA está se tornando mais colaborativo. Além dos engenheiros (82,3%), executivos, especialistas de produto e até designers estão participando do processo, graças à facilidade de uso de sistemas baseados em linguagem natural.
Tecnologias multimodais também estão em alta, com aplicações que vão além do texto, incluindo imagens, áudio e vídeo. Ainda assim, questões como alucinações de modelos, velocidade e segurança de dados continuam sendo desafios significativos para desenvolvedores, que muitas vezes carecem de ferramentas e expertise técnica para gerenciar sistemas complexos de IA.
Americanas aposta em lojas menores e eficiência operacional para se reerguer
Dois anos após o rombo bilionário que abalou seu balanço, a Americanas redefine seu modelo de negócios com uma abordagem mais enxuta. Sob a liderança do CEO Leonardo Coelho, a rede varejista adotou o lema de vender apenas produtos que o cliente possa levar “debaixo do braço”, deixando itens maiores, como geladeiras e sofás, restritos ao e-commerce, agora operado apenas por terceiros.
A estratégia já mostra sinais de recuperação. No terceiro trimestre de 2024, o GMV das lojas físicas cresceu 14,4%, enquanto o Ebitda ajustado atingiu R$ 497 milhões, revertendo resultados negativos. No entanto, o digital enfrenta desafios, com queda de 49,4% no GMV no mesmo período.
A CFO Camille Faria destaca a padronização das lojas e a redução do portfólio de produtos como pilares para melhorar a experiência do cliente e aumentar a rentabilidade. “O foco agora é o básico, o que tem saída rápida e agrega valor,” afirma.
Lições para o mundo
Na Noruega, 88,9% dos carros vendidos em 2024 foram elétricos, consolidando o país como líder mundial na adoção dessa tecnologia. Essa transição foi construída ao longo de três décadas, impulsionada por políticas consistentes.
Desde os anos 1990, o governo penaliza veículos a combustão com altos impostos e taxas de registro, enquanto isenta EVs de tarifas como IVA e taxas de importação. Benefícios adicionais, como estacionamentos gratuitos, descontos em pedágios e acesso a faixas exclusivas, também ajudaram.
Hoje, a Noruega conta com mais de 27 mil estações de recarga públicas, oferecendo uma rede robusta que facilita o uso de EVs mesmo em condições adversas, como o inverno rigoroso. Claro, a transição norueguesa também é viabilizada pela riqueza do país, que possui um fundo soberano de US$ 1,7 trilhão financiado por exportações de petróleo e gás. Além disso, 88% da energia do país é gerada por fontes hidrelétricas, tornando o uso de EVs ainda mais sustentável.
TL;DR
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