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Alibaba e Baidu entenderam que quem não tem cão, caça com gato

Se a Nvidia não pode dar o que estão pedindo, então eles mesmo fazem os próprios chips para treinar IA.

12 de setembro, sexta-feira

Hoje, 12 de setembro, é aniversário de uma das maiores lendas do atletismo: Jesse Owens. O cara que, em 1936, não só conquistou quatro medalhas de ouro nas Olimpíadas de Berlim, como também desafiou a ideologia nazista de Hitler. É o dia perfeito para celebrar a velocidade e a determinação, mas também para refletir sobre a importância de correr, mesmo que seja só para não perder o ônibus ou para pegar o último pedaço de pizza na mesa.

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IA & MERCADO
ALIBABA E BAIDU ENTENDERAM QUE QUEM NÃO TEM CÃO, CAÇA COM GATO

cat dog GIF

Imagem: Giphy

Por Igor Almenara

A disputa por poder computacional na IA ganhou um enredo novo: Alibaba e Baidu resolveram fazer seus próprios chips — porque depender da Nvidia virou coisa de quem gosta de viver perigosamente. A revelação veio do site The Information, que jura que ambas já têm peças rodando dentro de casa.

Na prática, fabricar o próprio hardware é como trocar um cartão de fidelidade por um passe livre: mais controle sobre o desempenho, sobre o estoque e, de quebra, imunidade parcial a crises diplomáticas (olhando pra você, Donald Trump).

A Alibaba já treina modelos menores com seus chips desde o começo do ano, enquanto o Baidu alimenta novas versões do Ernie AI com o Kunlun P800 — nome pomposo para um componente que promete libertar a empresa dos humores do mercado internacional. Comentários oficiais? Zero. Tudo no melhor estilo “segredo de estado”.

👮🏽‍♂️ Mais autônomo, mas não totalmente independente

Claro, ninguém é maluco de dispensar a Nvidia de vez. O chip H20, versão “pode, mas nem tanto” liberada para empresas chinesas, continua sendo a estrela para treinar modelos mais pesados. Ele não chega aos pés do H100 ou da linha Blackwell, mas ainda é mais parrudo que as soluções caseiras. O chip do Alibaba, porém, já disputa espaço com o H20 — sinal de que a brincadeira está ficando séria.

A presença do novo hardware não é uma surpresa, porém. A transição para chips nacionais é especulada há meses (se bobear, anos). Em maio deste ano, por exemplo, já se falava sobre essa mudança.

Na época, era só uma expectativa, mas agora o projeto teria dado frutos. É lógico, ainda faltam alguns anos para alcançar o poder computacional equivalente das líderes do setor, mas as empresas da China não são mais totalmente dependentes do hardware gringo. Isso concede maior poder de barganha, seja nas negociações diretas ou nas interferências políticas indiretas.

🐘 Eles não são os únicos

Nessa briga, também vale ressaltar a presença marcante da Huawei, detentora da série Ascend. A plataforma está presente em setores estatais e estratégicos da China. Cambricon e Hygon também detém destaque no setor — e se você não acompanha o mercado tech chinês, provavelmente nem conhece esses nomes.

Moral da história: quanto mais players no jogo dos chips, mais confusa fica a balança econômica. Isso pode gerar um efeito dominó: tarifas caem, concorrentes crescem, e quem sabe alguém aparece com algo mais poderoso que qualquer Nvidia da vida. A China, ao que tudo indica, não está só jogando — está escrevendo o roteiro.

👀 DE OLHO NO TECMUNDO (o grande irmão)

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🏃‍♀️ ️ RESUMÃO DO BRIFÃO (o remember da semana)

🗸 A Tesla propôs um pacote de remuneração histórico de US$ 1 trilhão para o CEO Elon Musk, ao longo de 10 anos. A proposta, que será votada pelos acionistas, está atrelada a metas ambiciosas para a empresa, como atingir um valor de mercado de mais de US$ 8 trilhões. Se aprovado, o pacote, que seria o maior da história, daria a Musk mais de 423 milhões de novas ações.

🗸 Donald Trump jantou com alguns dos maiores CEOs de tecnologia, incluindo Mark Zuckerberg, Sundar Pichai e Satya Nadella. No evento, Trump perguntou sobre os planos de investimento deles nos EUA e parabenizou Pichai pelo resultado leve do caso antitruste do Google. Elon Musk foi convidado, mas não compareceu. Paralelamente, Melania Trump organizou um evento sobre a importância de ensinar IA.

🗸 A participação da Tesla no mercado de veículos elétricos dos EUA caiu para 38% em agosto, o menor nível em oito anos. A empresa, que já controlou mais de 80% do setor, está enfrentando uma concorrência crescente. A queda vem após a Tesla registrar seu maior declínio de receita em uma década. Elon Musk admitiu que a empresa pode ter “alguns trimestres difíceis”.

🗸 Segundo o CEO da Snowflake, Sridhar Ramaswamy, a IA vai "afetar profundamente" as empresas de software. Ele acredita que a tecnologia vai mudar o setor, mesmo que gigantes como a Salesforce neguem. Enquanto isso, a Snowflake teve um trimestre forte, e a empresa acredita que a IA é um fator que irá impulsionar ainda mais o crescimento no futuro.

🗸 O Itaú demitiu cerca de mil funcionários que estavam em home office por “inatividade” durante o expediente. As demissões aconteceram sem aviso e foram justificadas por uma inconsistência entre o ponto registrado e a atividade real nas plataformas de trabalho. O banco afirmou que a medida foi tomada após uma “revisão criteriosa de condutas” e garantiu que o monitoramento é legal.

🗸 A Amazon comprou uma fatia da Rappi com um investimento de US$ 25 milhões, aumentando sua presença no setor de entregas na América Latina. O acordo pode dar à Amazon até 12% da Rappi se a startup cumprir metas. A notícia intensifica a rivalidade entre Amazon e Mercado Livre na região, enquanto a Rappi ganha um voto de confiança e pode se beneficiar dos serviços da gigante americana.

🗸 As ações da Apple caíram levemente após o anúncio do iPhone 17 porque o mercado não se empolgou com as novidades. A principal razão é a falta de inovações significativas, já que a maioria dos lançamentos já tinha vazado antes e as atualizações foram consideradas protocolares. Além disso, a empresa é vista como atrasada no desenvolvimento de inteligência artificial, um setor que está atraindo muitos investidores, em comparação com a concorrência.

🗸 O CEO da Salesforce, Marc Benioff, revelou que a plataforma de IA da empresa já tem mais de 12 mil clientes e gera US$ 1,2 bilhão em receita, crescendo a um ritmo de três dígitos. Ele também defendeu a indústria de software do "medo" de ser destruída pela IA e comentou sobre a concorrência com a Palantir em contratos com o governo.

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Tente novamente; você tem milhões de alternativas. Encha-se com as balas da esperança e você matará o fracasso com um único tiro.

Israelmore Ayivor, escritor ganês

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