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Cérebros de silício
Cidades dominadas

3 de julho, quinta-feira
No dia 3 de julho de 2008, a Apple lançou oficialmente a App Store, revolucionando o mercado mobile ao permitir que desenvolvedores terceiros criassem e vendessem aplicativos para o iPhone. Uma semana depois, o iPhone 3G chegaria ao mercado com suporte à nova loja de apps.
⚡ O QUE VOCÊ VAI VER?
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Samsung e o mercado brasileiro
Folga na OpenAI
Google multada. De novo.
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CÉREBROS DE SILÍCIO

Imagem: Giphy
Por Felipe Vidal
No passado muita gente devia imaginar que hoje em dia nossa vida estaria repleta de robôs ajudantes, carros voadores e que viajar para a Lua seria tão simples quanto ir para a Disney. Bem, a realidade é que temos alguns carros elétricos chineses, ricaços tipo a Katy Perry viajam “ao espaço”, mas sim, as fábricas têm uns robôs maneiros.
Um caso especial acontece na cidade de Odense, localizada no interior da Dinamarca. Bonita, fria e aparentemente aconchegante, essa cidadezinha recebeu o título de “Cidade dos Robôs”, e por incrível que pareça, se tornou um berço para o desenvolvimento de empresas especializadas em robótica.
Ok, talvez você possa pensar em Seul, Xangai ou Ottawa como essa tal “Cidade dos Robôs”, mas Odense? Pois é. Com uma forte ligação em estaleiros e construção naval, a robótica chegou na cidade por volta dos anos 1980, nos bons e velhos tempos que ninguém sabia das fofocas do Elon Musk.
O que era para ser somente uma ajuda entre o estaleiro Lindø e a Universidade do Sul da Dinamarca, se transformou em um caso de sucesso para o futuro. Robôs de soldagem foram instalados para auxiliar na fabricação, e depois foi criado o Mærsk Mc-Kinney Møller Institute, um centro de pesquisa de ponta para robótica.
De lá surgiram empresas como a Universal Robots, adquirida por simples R$ 1,5 bilhão em 2015 pela Teradyne, e a Mobile Industrial Robots. Essas duas empresas têm seus braços robóticos espalhados pelo mundo e são uma referência em robôs ajudantes, principalmente em grandes fábricas.
Ásia avança e a gente dança
O estaleiro Lindø ganhou suas primeiras peças há mais de 40 anos, mas a indústria em geral só foi abraçar esse mundo maravilhoso dos robozinhos a partir de 2010 com a Alemanha e o conceito de “Indústria 4.0”, com tecnologias digitais que poderiam facilitar a fabricação.
Embora muitas fábricas hoje em dia já usem vários braços robotizados e muita inteligência artificial em seu maquinário, o mercado de robótica deve sair dos atuais R$ 280 bilhões e vale quase um trilhão de reais até 2033, segundo uma projeção da IMARC Group.
Por mais que a Cidade dos Robôs fique em Odense, a Coreia do Sul detém a maior densidade de robôs do mundo. São cerca de 1.000 robôs a cada 10.000 trabalhadores. Isso tem origem a partir de 2008, quando os asiáticos criaram uma lei para promover o desenvolvimento de robôs e inúmeros planos diretores.
Por falar em asiáticos, os amigos chineses também não estão para brincadeira. Em 2023, a China liderou a instalação de robôs e correspondia a 51% na participação de mercado. O motivo? Em 2015 eles lançaram o “Made in China 2025”, o MIC, que planeja modernizar a infraestrutura do país em dez anos com foco na robótica industrial. Eles conseguiram.
Para o bom entendedor, o avanço da robótica não é feito do dia para a noite, e o Brasil fica lá no fim da fila quando esse é o assunto. A gente sequer é citado no último relatório da Federação Internacional de Robótica.
Mas pelo menos nós temos o SENAI.

👀 DE OLHO NO TECMUNDO (o grande irmão)
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Só com permissão - Empresas agora poderão te ligar também pelo WhatsApp
🏃♀️ ️ DON’T LEAVE, JUST READ (pra ler rapidinho)
📱 A maioral
Pesquisa da plataforma Statcounter revelou que a Samsung atingiu 48,44% de participação de mercado no Brasil em junho, seu maior índice desde 2022. A marca cresceu 0,62% em relação a maio e consolidou a liderança no país. A Motorola aparece em segundo lugar, com 22,51%, enquanto a Apple tem 13,46%. No cenário global, a Apple lidera com 28,44%, seguida por Samsung (24,71%) e Xiaomi (12,48%).
😴 Folga merecida
A OpenAI deu uma semana de folga a seus funcionários após o término de um ciclo de seis meses de trabalho intenso. O motivo não foi apenas descanso, mas também o planejamento interno: durante esse período, executivos e lideranças revisam o que foi entregue e traçam os próximos passos. A prática é comum na empresa e ocorre duas vezes ao ano.
🔍 Deu ruim
A CNIL, autoridade francesa de proteção de dados, multou o Google em 250 milhões de euros (cerca de R$ 1,7 bilhão). O motivo foi o uso do Android para coletar dados de usuários sem o devido consentimento, inclusive para fins publicitários. A infração envolveu a ferramenta Google Analytics e apps de terceiros, afetando usuários de Android que desativaram o rastreamento.
🧨 Mais um!
A Microsoft demitiu cerca de 9 mil colaboradores nos últimos três meses, afetando principalmente as divisões de games e a Xbox. As demissões ocorreram em meio à integração da Activision Blizzard e reestruturação interna. Segundo a empresa, as mudanças fazem parte de ajustes estratégicos, mesmo com aumento de receita e lucro nos últimos trimestres.
🌱 IA limpa? Só no PowerPoint.
O Google divulgou seu relatório ambiental de 2024 e admitiu um aumento de 51% nas emissões de CO₂ desde 2019 — número que sobe para 65%, segundo análise independente da Kairos Fellowship. O maior vilão é a inteligência artificial, claro. A infraestrutura necessária para rodar modelos como o Gemini está elevando o consumo de energia de forma “não linear”, segundo o próprio Google. E apesar dos ganhos de eficiência, como a redução de 12% nas emissões dos data centers, o avanço da IA ameaça enterrar de vez a meta de neutralidade até 2030. Até lá, a pegada climática da Big Tech segue crescendo junto com as dúvidas sobre como (e se) ela pretende realmente descarbonizar.
🖋️ REDAÇÃO RECOMENDA
87% dos executivos brasileiros já entenderam o caminho. E você? (estudo, X minutos)
Grande parte dos executivos já colocaram a IA no topo das prioridades de tecnologia para os próximos 3 anos. Clica no link para ler o estudo completo no site dos nossos brothers da EY e ajustar o seu foco também.
Conselho de classe (podcast, 1h, em português)
Novas ausências nas aulas brasileiras
Você simplesmente não pode diferenciar um robô de um ser humano apenas pela aparência.
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