ChatGPT no caminho das Índias

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  • A IA já está destruindo o mundo?

  • Um novo "Pix internacional"

  • Pix é elogiado por Nobel

  • "Ações meme" que são um perigo

  • Linha de crédito contra o tarifaço

  • Google com lucro nas alturas

• A redação recomenda - dicas de conteúdos diferentões para consumir

• Frase do dia - para refletir, concordar, discordar e compartilhar

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CHATGPT NO CAMINHO DAS ÍNDIAS

Por Nilton Kleina

Sam Altman, o cofundador e CEO da OpenAI, tem motivos para abrir um sorriso de orelha a orelha depois do relatório de analistas da JPMorgan sobre o ChatGPT. Isso porque o chatbot, que já parecia tão popular globalmente, na verdade, descobriu que ainda tem espaço para crescer.

Pois é: a adoção de um dos serviços de inteligência artificial (IA) mais populares do mercado ainda parece longe do teto. E isso foi detectado logo na Índia, um dos mercados mais importantes e com potencial para várias indústrias da tecnologia.

Se isso vai se traduzir em receita ainda não é uma certeza, mas a OpenAI parece ter entendido o recado. Tanto que ela até desenhou uma estratégia individual para ganhar esse público, o que pode servir de lição para outras empresas dentro ou fora da IA.

💎 Are baba, IA!

Segundo o relatório do JPMorgan, o ChatGPT teve uma taxa de downloads mais alta na Índia do que na média global ao longo de quase todo o ano de 2025, em especial após o segundo trimestre.

As famosas trends, como a criação de imagens no estilo do Studio Ghibli, foram o pontapé para a adoção. Mas a boa notícia para eles é que o uso não desacelerou nas semanas seguintes, o que significa a retenção de uma boa parcela desses novos usuários.

Atualmente, a OpenAI é responsável por 60% dos downloads totais de serviços de IA no país. O rival Gemini, da Google, agora mal pode ser visto no retrovisor e ainda perdeu mais de 6% da fatia do mercado nesse mesmo período.

🤷🏼 Tá, mas por que na Índia?

O mercado indiano tem uma importância inquestionável para empresas de tecnologia e conquistar o público de lá pode ser um passo decisivo no sucesso de um produto ou serviço. E os motivos para crescer o olho para essa região não são poucos e vão além do clichê “a população é muito grande”:

• A Índia é integrante do nosso querido Brics e atualmente a quarta maior economia do mundo;

• É considerada o terceiro maior país em digitalização, ou seja, que adota ou implementa recursos digitais em setores como saúde, educação e no cotidiano, como adotar serviços de pagamento e e-commerce;

• O país tem uma base de mais de 945 milhões de pessoas donas de smartphones, em uma proporção alta da população que prefere usar o celular do que o computador para tarefas do dia a dia;

• A população local e economicamente ativa é predominantemente jovem (27,3% dos indianos têm entre 18 e 29 anos), um público considerado apto a adotar rapidamente tendências como a IA.

Isso é visto também em áreas como o mercado mobile. A Xiaomi escolheu a Índia como segundo país após a China e a linha Redmi vendeu especialmente bem por lá. Isso aconteceu muito pelo fator custo-benefício, o que ajudou a consolidar a fabricante para uma expansão mais global.

⌚ O tempo passa, o tempo voa

Só que a vida é uma caixinha de surpresas, como diria um grande sábio. Apesar de toda a empolgação, a entrada do ChatGPT e de outras IAs na Índia ainda encontra um obstáculo: a receita, o dinheiro, a grana, o cascalho.

A OpenAI até decidiu mudar a forma de atuação no país: ela ainda não lançou por lá as versões pagas do chatbot. As questões econômicas do país seriam o principal motivo, com a população local não sendo muito fã de gastar muito com novos produtos.

A solução encontrada? Apostar em uma estratégia de fidelização de longo prazo e adiar cobranças o máximo possível, para primeiro ter uma base de usuários estável e disposta a virar pagante no futuro.

A estratégia da OpenAI ser diferente na Índia é interessante: adaptação aos modos e gostos do público local às vezes é um passo necessário para entrar em um mercado que poderia apresentar alguma resistência ao modelo de negócios padrão de uma empresa.

Só precisa combinar isso certinho com os investidores. O mesmo relatório do JPMorgan também aponta que os investidores podem em breve perder a paciência com Altman pela demora da OpenAI em começar a gerar lucro. E o problema nem é a receita gerada, que é grande e continua subindo, mas os gastos estratosféricos e que também só aumentam. Ela diz que só vai ter lucro em 2029 — você aguentaria esperar?

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🏃‍♀️ ️ DON'T LEAVE, JUST READ ^{_{(pra ler rapidinho)}}

🌱 A IA já está destruindo o mundo?

Data centers de IA, como o projeto Stargate, estão crescendo vertiginosamente e gerando preocupações com alto consumo de água e energia. No Brasil, empreendimentos do TikTok e Scala Data Center estão causando medo de escassez hídrica e energética, além de falta de transparência em seu funcionamento.

A localização ideal para essas estruturas é complexa, é difícil demais balancear acesso a telecomunicações e energia renovável, e também o impacto ambiental em áreas urbanas. Eis aí um assunto importante que não pode sair de pauta nos próximos anos.

💵 Um tipo de “Pix internacional”?

O PayPal anunciou o PayPal World, um sistema de pagamento global que quer simplificar transferências internacionais. A plataforma vai conectar carteiras digitais como Mercado Pago, UPI (Índia), Tenpay (China) e Venmo (EUA), pra facilitar o comércio entre fronteiras de países e tornar pagamentos internacionais tão simples quanto enviar mensagens.

O lançamento está previsto para o final do ano, entre setembro e dezembro, prometendo maior fluidez nas transações globais.

😍 Pix cai nas graças de premiado pelo Nobel

O economista Paul Krugman, vencedor do Prêmio Nobel de Economia, elogiou o nosso querido Pix em um artigo, destacando sua eficiência, rapidez, baixos custos e inclusão financeira.

Krugman comparou o Pix favoravelmente ao sistema americano Zelle e criticou a relutância dos EUA em adotar uma solução similar. Krugman vê o Pix como um modelo para outros países, superando até mesmo as criptomoedas em praticidade e alcance, consolidando-o como um avanço no futuro do dinheiro. Tá bom ou quer mais?

📈 O incrível (e perigoso) mundo das “ações meme”

Um rali de "ações meme" (“meme stocks”, aquelas que ganham popularidade entre investidores de varejo por meio das mídias sociais) está levando investidores de varejo a apostas especulativas, impulsionando o mercado a novos recordes. Empresas como Opendoor e Krispy Kreme apresentaram grandes valorizações sem fundamentos claros, similar ao fenômeno de 2021 com GameStop.

Especialistas atribuem o comportamento à sensação de "invulnerabilidade" dos investidores após a recuperação do mercado, impulsionada também pelo otimismo com IA e cripto. Contudo, muito cuidado! Há alertas sobre a volatilidade e o risco de perdas para investidores individuais, com a vida útil dessas negociações sendo potencialmente mais curta.

💰 Uma grana contra o tarifaço

O governo de São Paulo anunciou uma linha de crédito subsidiado de R$ 200 milhões para exportadores paulistas afetados pelas tarifas de 50% dos EUA, que entram em vigor em agosto.

A Linha Giro Exportador oferece juros baixos (a partir de 0,27% a.m. + IPCA), prazos longos e carência, com limite de R$ 20 milhões por empresa. A medida visa proteger as operações e empregos das companhias impactadas pelo tarifaço de Donald Trump.

📊 O Google continua arrasando!

A Alphabet, mamãe do Google, impressionou Wall Street com seus lucros do segundo trimestre, impulsionada por investimentos em IA, Google Search e computação em nuvem. A empresa reportou lucro por ação de US$ 2,31 e receita de US$ 96,4 bilhões.

O CEO Sundar Pichai destacou o crescimento robusto em todas as áreas, mas deu destaque para o Google Cloud, que registrou um aumento de 32% na receita, mostrando que a empresa não está pra brincadeira!

✍️ A REDAÇÃO RECOMENDA

• O Estúdio (2025) (série, 1 temporada, 10 episódios)

  Já nascido um clássico da comédia cringe, conta a história de um estúdio de cinema consagrado que recebe um novo líder.

• Magic Farm (2025) (filme, 93 min, legendado em português)

  Outra comédia, mas essa com carinha de cult: uma visão imaginativa da mídia da geração do milênio. Vale a pena demais!

• Pablo & Luisão (2025) (série, 1 temporada, 16 episódios)

  Tá bom, hoje tá sendo só comédia porque precisamos ser felizes. Essa série brasileira conta histórias hilárias do pai de Paulo Viera e seu melhor amigo.

• Noites brancas (livro, 96 páginas, em português)

  Agora chega de graça. Noite brancas é um clássico de Dostoiévski que se durante os longos dias de verão da Rússia.