📰 Chip supremacy

smartphone, chip wars e óculos

6 de fevereiro, Terça 

Comemoramos hoje o Dia Internacional da Internet Segura, data criada para incentivar governos e sociedade a criar um ambiente digital mais protegido. Bora aproveitar a data para revisar suas senhas e ver como deixar seu smartphone mais seguro? 

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Imagem: Giphy.

Chip wars, a batalha global

Existe um componente que o mercado de tecnologia valoriza tal qual garrafa d’água no deserto: o semicondutor, o famoso chip. Usado desde smartphones e videogames a carros autônomos e supercomputadores de inteligência artificial, essa peça tem demanda que cresce em um ritmo maior do que sua oferta.  

🏭🧑‍🏭Ou seja, em um futuro não muito distante, contar com uma fonte própria de produção de chips vai fazer a diferença para que uma empresa (ou mesmo país) avance no riquíssimo mercado de tecnologia de ponta. 

Sabendo disso, algumas nações estão se movimentando para criar um ecossistema para chamar de seu. Mas, apesar do caminhão de dinheiro investido, essa não será uma tarefa fácil. 

Reinado asiático 

A negociação desse componente é feita de três formas:

  1. as empresas compram de fabricantes de acordo com a demanda;

  2. a marca produz integralmente os próprios semicondutores ou;

  3. fica no meio termo, fabrica modelos mais “simples” e encomenda os mais complexos. 

Quando falamos de país produtor, não tem para ninguém: Taiwan é responsável por 88% da produção mundial de chips, segundo um levantamento do Citi. De toda essa produção, a TSMC é responsável por 58% dos semicondutores e 90% dos chips de alta performance. Em segundo lugar, porém na Coreia do Sul, a Samsung ocupa a vice-liderança no setor.  

Acelerando com granas 

Leva-se tempo (tipo, anos) para mudar o cenário atual porque construir uma fábrica de semicondutores é um processo demorado. Fora o risco de o chip ficar obsoleto, por conta do avanço no setor. Até por isso, as empresas que já estão na pista têm a vantagem de trocar o pneu com o carro andando. 

Os EUA estão tentando pegar um atalho na indústria e se tornar autossuficiente, focando-se no que tem de melhor: uma montanha de dinheiro.

A busca pela soberania no mercado de chips tem relação com o fechamento de fábricas na pandemia e dependência externa (Taiwan e China). Fonte: McKinsey/Reprodução.

Desde agosto de 2022, o país possui o programa “CHIPS and Science Act”, que dá incentivos fiscais de até 25% para fabricantes de semicondutores, além do investimento de USD 52,7 bilhões para programas de pesquisa e produção local. 

Treta titânica 

Além de fomentar o ecossistema no próprio quintal, a terra do hot-dog sem purê de batata também se esforça para atrapalhar o crescimento da rival China, que também quer estimular a cena chipeira em sua terra.

A treta mais recente começou em outubro do ano passado com a criação de mais controles impostos pelo governo americano para a importação chinesa dessas peças.

Com a nova regulação, as empresas do país da muralha têm muito mais trabalho para comprar peças que são essenciais para o desenvolvimento interno desse mercado. 

Aliás, até o Brasil já foi envolvido nesse imbróglio: tanto a China quanto os EUA querem fechar acordos de exclusividade, digamos assim, para que a nossa nação não faça negócios tecnológicos com o país-desafeto.

Institucionalmente, é provável que a gente faça a egípcia para todas as propostas e não entre nessa briga, mas o movimento já sinaliza o tamanho da briga de cachorro grande. 

Todos querem chipar 

Correndo pelas beiradas, mas ainda no destaque, está a União Europeia, que lançou sua própria versão da Lei do Chip. Essa iniciativa deve separar USD 45 bilhões para incentivar pesquisas e produção desse componente tanto por órgãos governamentais quanto por empresas sediadas em algum dos países do bloco. 

🔴 Já o Japão vai investir quase USD 68 bilhões para estimular a produção local de semicondutores. O país do Sol Nascente também está fazendo a mineira e buscando participar desse mercado de forma gradual, por meio de parcerias com fabricantes de Taiwan e dos EUA. 

Enquanto o panorama do mercado chipeiro não muda, assistimos de longe os esforços de diferentes nações para ganhar mais relevância neste mercado tão promissor ($$$). E fazemos isso com um balde de pipoca na mão, porque a briga será boa. 

Comportamento e tech 

Na rua, na chuva, na fazenda (miniespecial - Apple Vision Pro)

O Vision Pro, headset VR da Apple, chegou às prateleiras na última sexta-feira. Como em todo lançamento da Maçã, havia uma horda de fãs querendo ter o gadget o quanto antes – mesmo sem saber se valeria o investimento de USD 3,5 mil. 

Com jeitão de óculos de esqui, mas carregado de funcionalidades, o Vision Pro é o primeiro grande lançamento da big tech desde o Apple Watch, de 2015. De lá para cá, apenas novas versões de gadgets chegaram ao mercado. 

Na 5th Avenue, em Nova York, ninguém menos que o CEO da empresa, Tim Cook, abriu as portas da loja. Ao Wall Street Journal, o israelense Yam Olisker contou que viajou até os EUA apenas para comprar a novidade – que ele ainda conseguiu que Cook autografasse. 

Apesar da mobilidade proposta pelo headset, alguns applemaníacos de Nova York garantiram que o usarão apenas em interiores.  

Ainda assim, no final de semana também viralizaram vários vídeos de uma galera com o Apple Vision na rua, em metrôs e dirigindo carros (olha o perigo). Zoeiras que somos, também fizemos um compilado dos melhores memes dos óculos. 

Mercado 

Nova onda 

O mercado de ads está voando. Em um ano, a Meta viu o aumento de 24% em gastos com publicidade, índice muito semelhante aos 27% apontados pela Amazon em suas plataformas. A Alphabet teve um crescimento mais modesto, de 11%, mas suficiente para continuar líder do segmento com mais de USD 65,5 bilhões. 

O cenário é bem diferente de um ano atrás, quando as três big techs relataram preocupantes quedas em receitas de anúncios. Este ano inclusive deve ser bem aquecido, com as eleições norte-americanas (apesar dos problemas anteriores envolvendo plataformas do Mark e da Google) e as Olimpíadas de Paris prometendo grandes movimentações publicitárias.  

Os gastos globais em ads devem aumentar em 10% até dezembro, bem acima dos 6,3% do ano passado. Ainda é preciso conferir como players menores, como Snap e Pinterest, se saíram nos últimos meses. Aguardemos... 

Negócios 

SPC jurídico 

No ano passado, 1.405 empresas entraram com pedidos de recuperação judicial, segundo o Serasa Experian. Isso representa o aumento de 70% em relação ao ano anterior e o quarto pior índice da série histórica, iniciada em 2005. Do total, 135 dos pedidos foram de grandes empresas, enquanto 939 foram de micro e pequenas empresas. 

As campeãs foram a Americanas (com dívida de R$ 44 bilhões) e a Oi (R$ 43 bi). Outros nomes bem conhecidos, como a Light e a 123milhas também terminaram o ano devendo fortunas. 

TL;DR

Ainda mais little e mais BRIEF

🤖A IBM é a companhia que mais registrou patentes relacionadas à tecnologia, nos EUA, nos últimos cinco anos. 

😰Na China, criminosos criaram uma chamada de vídeo emulando diversos colaboradores via deepfake. Um deles era um falso CFO, que solicitou o pagamento de USD 25 milhões a um funcionário, que fez o envio. Tenso! 

☂️Uma nova ideia maluca surgiu para tentar conter o aquecimento global: imensos guarda-sóis para bloquear a radiação solar nos dias mais quentes. Será que vinga? 

📃Novidade: o Google removeu o armazenamento em cache das páginas nos resultados de pesquisa.  

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Nós somos o que fazemos repetidamente. Excelência, portanto, não é um ato, mas um hábito.

Aristóteles 

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