Cultura de feedback

Ou demissão gourmet?

20 de agosto, quarta-feira

Hoje, em 1882, o compositor russo Piotr Ilitch Tchaikovski estreou sua famosa “Abertura 1812”, uma peça musical tão dramática que inclui tiros de canhão e sinos de igreja. A música foi escrita pra comemorar a vitória da Rússia sobre as tropas de Napoleão Bonaparte. A música ficou novamente famosa mais atualmente por fazer parte de uma icônica cena do filme V de Vingança.

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MERCADO & CARREIRA
CULTURA DE FEEDBACK

Feedback Come Here GIF by Habitat

Imagem: Giphy

Por Felipe Vidal

Quando nós atingirmos a meta, vamos dobrar a meta. Foi o que disse uma ex-presidenta do Brasil há alguns anos e certamente todo mundo rachou o bico de tanto rir. O que essas pessoas não sabiam é que a caricata Dilma expressou com precisão o mercado de trabalho com suas palavras geniais.

Eu sei que você trabalha, já trabalhou, ou vai trabalhar em algum lugar assim. É aquela empresa que não importa o que os times façam, não importa a camisa que eles vistam, sempre vai ter uma nova meta impossível de ser batida e o ciclo continua semestre após semestre.

Porém, algumas empresas gostam de inovar. Elas estão criando uma cota “de baixo desempenho” e os gestores são obrigados a apontar alguém ou algum grupo a essa cota — mesmo que o desempenho deles seja bom o suficiente.

👀 Passa lá no RH rapidinho?

Enquanto umas empresas andam distribuindo cotas bem legais pra minorias, outras chegaram com a cota de baixo desempenho. A história é a seguinte: você é o gerente de startup X e seu chefe pede pra você apontar um grupo que não esteja indo tão bem assim, ou seja, abaixo do desempenho.

A parte divertida é que esse grupo com desempenho baixo vai existir sempre, independente se todos da empresa fazem seu trabalho bem. Essa cota é só um placebo, algo imaginário, e serve pra sempre incentivar todos os funcionários a trabalharem mais e gerar uma cultura de críticas e feedbacks constantes.

Culturas de feedback são algo normal em qualquer empresa, e claro, precisam existir, mas criar uma cota imaginária de baixo desempenho somente como pretexto pra “incentivar” funcionários beira a maluquice. É sempre importante lembrar que funcionários e empregados são adultos que vendem sua força de trabalho, e não crianças na creche que precisam ser categorizados pela professora.

É exatamente isso que o ex-gestor da Meta e Amazon, Stefan Mai, pensa. Toda essa situação cria um cenário difícil não somente pros empregados, como pros gestores. “As pessoas precisam fazer 'mea culpa' em seus relatórios. Pra todos os envolvidos, a maioria dos quais é a pessoa que recebe a notícia, pode ser devastador. É bem ruim”, explicou Mai em uma reportagem ao Business Insider.

🤔 E a autocrítica?

Como sempre, precisamos olhar os dois lados da situação, mas defender as empresas que fazem isso é bem complicado. Sim, feedbacks constantes, críticas construtivas e até uns puxões de orelha são necessários, afinal de contas nós somos seres que erram muito mais do que acertam.

Mas será que o caminho realmente é segregar funcionários em grupinhos só porque eles estão “abaixo da meta”? Será que a empresa já parou pra pensar quão humana ou ética é essa meta que está buscando? Aliás, como é feito esse apontamento de que o funcionário X não está com bom desempenho?

O processo de comunicação em uma empresa precisa ser transparente, com uma troca maneira entre o gestor e os funcionários pra não pegar ninguém de surpresa. A questão é que tem muita empresa espertinha por aí que usa essa cota pra demitir um grupo de funcionários e culpar esse tal “baixo desempenho”.

A Meta demitiu quase 3.500 funcionários que foram rotulados com esse termo aí. Tudo bem, existe funcionário preguiçoso que adora as idas ao banheiro remuneradas, mas será que 3 mil pessoas na Meta estavam tão ruins assim no trabalho?

No fim das contas, todo mundo é resumido a números em uma planilha e salve-se quem der menos prejuízo pra companhia. Depois, só não adianta reclamar que o foguete deu ré.

👀 DE OLHO NO TECMUNDO (o grande irmão)

🏃‍♀️ ️ DON'T LEAVE, JUST READ (pra ler rapidinho)

🤑 Cheios da grana!


A OpenAI está em negociações pra uma venda de ações de seus funcionários pra investidores que avaliaria a empresa em US$ 500 bilhões, tornando-a a startup mais valiosa do mundo. O acordo todo, cujo valor de venda é de US$ 6 bilhões, ocorre em meio a uma intensa corrida pela tecnologia de inteligência artificial.

A empresa, que enfrenta um processo de Elon Musk, busca uma reestruturação pra se adequar a um modelo corporativo tradicional e disputar o mercado com rivais como o Google.

🤖 Estamos prontos pra IA?


Uma pesquisa da Eagle Hill Consulting aponta uma lacuna entre a adoção de IA pelas empresas e o uso efetivo pelos funcionários. Apesar de 69% dos trabalhadores acharem que a IA facilitaria seus empregos, 41% sentem que suas empresas não estão preparadas.

O estudo sugere que a falta de treinamento e de suporte adequado impede que a tecnologia atinja seu potencial máximo de produtividade.

💵 Qual é o futuro do dólar?


As stablecoins podem ser a salvação ou a ruína do dólar, saca só! Enquanto uns veem essas moedas digitais como uma forma de fortalecer o dólar, um professor da Califórnia, Barry Eichengreen, tá com medo de que elas causem um caos e acabem com a moral do dinheirinho americano. Ele acha que essa bagunça pode minar a supremacia do dólar no mercado.

👁️ O Big Brother está de olho em você


No novo QG do JPMorgan, em Nova York, a tecnologia tá de olho em tudo! O prédio de US$ 3 bilhões vai ter muita coisa pra “facilitar” (será mesmo?) a vida dos 14 mil funcionários. Pra entrar, é só usar a palma da mão; pra pedir café, um QR code. E tem até um app pra pedir comida e achar salas.

A ideia é usar a tecnologia pra deixar a galera mais produtiva, já que eles (infelizmente) voltaram a trabalhar cinco dias por semana no escritório.

📲 Remodelando a Meta


Pra acelerar na corrida da IA, Mark Zuckerberg está reorganizando a equipe da Meta, dividindo sua divisão de inteligência artificial em quatro grupos. A ideia é focar em pesquisa, superinteligência, produtos e infraestrutura, pra competir com os rivais.

A mudança, que pode levar à saída de alguns executivos, mostra que a Meta está disposta a tudo pra se manter relevante no mercado, investindo bilhões pra se firmar.

🎶 Amigo, estou aqui…


Depois de lançar o GPT-5, a OpenAI recebeu muitas reclamações de usuários que sentiram que o novo chatbot era "frio" e menos pessoal que a versão anterior. A revolta foi tão grande que muitos sentiram como se tivessem perdido um amigo, mostrando o forte vínculo emocional que as pessoas criam com a IA.

Diante da pressão, a OpenAI teve que voltar atrás e restaurar o acesso ao GPT-4o, a versão mais "amigável".

✍️ A REDAÇÃO RECOMENDA

  • Erros foram cometidos (mas juro que não fui eu) (livro, 352 páginas, em português)

    Sabe aquele livro que te mostra por que a gente insiste em dar desculpas esfarrapadas pros nossos próprios erros? É esse!

  • Rogue One: uma história Star Wars (filme, 134 min, legendado e dublado)

    Porque o melhor Star Wars de todos não tem Jedi nem espadinha laser.

  • Patinete elétrico Honeywhale M2 Pro (500 W, 32 km/h, 22 km de autonomia)

    Um meio de transporte prático, barato e ecológico, esse modelo de patinete é muito elogiado por sua velocidade, potência e autonomia. Vale a tentativa de se deslocar de maneira diferente por aí.

  • Kit de cafés moídos Baggio (pó de café, 7 pacotes, aromas diversos)

    O café Baggio, com moagem média, é o companheiro perfeito pras tardes de trabalho. Independentemente da maneira que você usa pra preparar a bebida, o café Baggio é sempre uma boa pedida.

O desenvolvimento pessoal é uma jornada de autodescoberta, que transita da dúvida para a certeza, do estresse para a paz e da escassez para a abundância.

Wallace Huey

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