- The BRIEF
- Posts
- Data Lunar
Data Lunar
Quando o Center virou Lua

17 de junho, terça-feira
Hoje é o Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca, data estabelecida pela ONU em 1994 para conscientizar sobre a importância de combater a degradação da terra e a falta de água. Cerca de 55 milhões de pessoas no mundo são afetadas por eventos de seca todos os anos. Para as próximas décadas, estimativas mostram que mais de 75% da população mundial está vulnerável ao fenômeno. É brabo mesmo.
⚡ O QUE VOCÊ VAI VER?
Data Lunar - matéria principal do dia
Don’t leave, just read - notícias quentes pra ler rapidinho
Investimentos nos microinflus
Duas notícias da OpenAI
Anúncios no WhatsApp
Vem aí o Trumphone!
De olho no TecMundo - matérias direto do nosso grande irmão
Redação Recomenda - dicas de conteúdos diferentões para consumir
Recebeu a news de um amigo? |
INFRA
DATA LUNAR

Imagem: Giphy
por Felipe Vidal
Nós já levamos animais, sondas, robôs e até mesmo já fomos para o espaço, inclusive dando uma pisadinha na lua em 69. O próximo passo, para muitos, deve ser a colonização, mas antes disso as Big Techs talvez queiram levar seus grandes, caros e pesados data centers para o satélite natural.
Foi exatamente essa ideia que a companhia Lonestar Data Holdings teve: vamos levar um presentinho para a lua. Nesta ousada missão, a companhia enviou um SSD de 8 TB e um FPGA Microchip PolaFire SoC para testar essa empreitada.
Lançada em 26 de fevereiro deste ano, a carga já percorreu mais de 300 mil km e havia entrado na órbita lunar em março, segundo a própria empresa, durante sua carona no módulo lunar Athena, da Intuitive Machines. A companhia diz que o teste é um sucesso até agora, e já conseguiu “executar uploads e downloads de arquivos, criptografia e descriptografia de dados, autenticação e manipulação de dados no espaço para seus clientes”.
🌑Moonwalk
Enviar um data center para a lua parece algo inusitado para a maioria das pessoas. Afinal de contas, por quais motivos alguma empresa faria isso? Segundo a própria Lonestar, o envio desse pequeno data center e a eventual leva em massa desses supercomputadores tornaria o processamento de dados mais seguro e eficiente.
Outro motivo plausível é que esses data centers ficariam ligados continuamente, mesmo em casos de desastres naturais ou conflitos militares aqui na Terra. Teve terremoto? Tá tranquilo, o data center ficou no vizinho. A superfície lunar é uma zona mais palatável, sem grandes eventos climáticos e é bem mais previsível.
Também vale notar que a lua é um grande vazio. Não há estradas, prédios, casas, fazendas, nem nada. Somente rocha lunar e talvez alguma nave espacial perdida. Assim, o espaço físico é uma questão importante nessa equação, visto que a área necessária para instalar um largo grupo de data centers em massa não é nada pequena.
Talvez você já esteja se perguntando como raios esses data centers seriam resfriados, já que os chips aquecem demais. Bem, a hipótese provável é que algumas partes da lua superam-150 °C, ou seja, tudo deve ficar bem geladinho. Vale notar que um data center de 1 megawatt gasta cerca de 6 milhões de galões de água por ano aqui na Terra, segundo o UpTime Institute.
E sim, toda a parte de alimentação seria feita por energia solar. No fim das contas, esses data centers lunares seriam alimentados pelo sol, e resfriados pelo friozinho do espaço. É sombra e “água fresca”.
🚀Houston…
É claro que nem tudo é uma maravilha nesse processo. O desafio mais lógico é levar toda essa brincadeira para a lua. A Lonestar enviar um protótipo em uma sonda é uma coisa, mas alguém ir lá e construir um espaço cheio de computadores não é fácil, não é barato, exige mão de obra muito qualificada, e tempo.
Tempo é dinheiro, e convencer investidores que levar seus data centers para lua é um bom negócio, quando nem mesmo os astronautas voltaram para lá, não é fácil. No fim, pode até ser uma ideia viável no papel e realmente interessante, principalmente quando grandes empresas de consultoria admitem que a demanda por data center vai aumentar entre 19 e 22% até 2030.
Agora, o problema mesmo vai ser o técnico da assistência técnica achar o endereço para ir lá ajeitar um servidor.

👀 DE OLHO NO TECMUNDO (o grande irmão)
Novidades no WhatsApp - App vai exibir anúncios nos Status e terá Canais com assinaturas exclusivas
A treta continua - Anatel mantém proibição da venda de celulares não homologados no comércio eletrônico
"Estamos fartos do Teams" - Estado da Alemanha vai abandonar apps da Microsoft; entenda
Barbie com IA? - Mattel e dona do ChatGPT fazem parceria para desenvolver produtos
Mísseis no Irã - Empresas israelenses de combustível sofrem vazamento de dados após ataques
🏃♀️ ️ DON’T LEAVE, JUST READ (pra ler rapidinho)
👨👨👧👧 Eles estão de volta!
Marcas estão redirecionando seus investimentos para o marketing de influência, segundo dados da consultoria Statista. O report prevê que o setor deve crescer 36% em 2025, alcançando a marca de USD 33 bilhões em valor global. O poder de compra do público é estimado em USD 450 bilhões globalmente e os microinflus, aqueles com 10 mil a 100 mil seguidores, acabaram se tornando os queridinhos por conta do engajamento e da autenticidade para de se comunicar com essa galera. Mas nem tudo são flores, pois o segmento também traz riscos às imagens da marca que se associam a influs de caráter duvidoso. E a IA também tem atrapalhado um pouco o faturamento dos produtores de conteúdo, afinal, as marcas também têm testado ferramentas por aí.
⚖️Altos e baixos
A OpenAI fechou um contrato de USD 200 milhões, e um ano de duração, para fornecer ferramentas de inteligência artificial ao Departamento de Defesa dos EUA. "Com este contrato, a empresa desenvolverá protótipos de recursos de IA de ponta para enfrentar desafios críticos de segurança nacional, tanto em combate quanto em áreas corporativas", afirmou o departamento.
Apesar do sucesso com o governo, a empresa vem sofrendo com a Microsoft, sua principal investidora. Segundo o Wall Street Journal, Sam Altman estaria pensando em acusar a Microsoft de comportamento anticompetitivo durante a parceria. Eles estariam pensando em pedir uma revisão regulatória federal dos termos do contrato, com base em possíveis violações das leis antitruste.
A Microsoft investiu USD 1 bilhão na OpenAI em 2019, para apoiar o desenvolvimento de tecnologias de IA da startup em sua plataforma de nuvem Azure. A aposta precoce deu à Microsoft acesso privilegiado à corrida da IA e ajudou a colocar as duas empresas na liderança do setor. Desde então, no entanto, a OpenAI tem buscado maneiras de reduzir sua dependência da gigante de tecnologia. A empresa planeja adicionar o serviço Google Cloud para atender às suas crescentes necessidades de capacidade computacional.
💬Tudo em todo lugar
A Meta anunciou que vai apresentar anúncios na aba "Atualizações" do WhatsApp - dez anos após ter comprado a plataforma por USD 19 bilhões sem um plano de como gerar receita com o serviço. As mensagens pessoais, chamadas e status continuarão com criptografia de ponta a ponta, e a empresa declarou que usará dados pessoais limitados, como o país, a cidade de origem e o idioma do usuário para direcionar os anúncios individualmente. A introdução de anúncios no WhatsApp acaba sendo bem importante para os resultados financeiros da Meta, especialmente enquanto a empresa investe bilhões em inteligência artificial. A Meta disse que não planeja incluir anúncios dentro das mensagens ou das conversas. Aguardemos.
📱Trumphone
Acredite se puder: a família Trump está lançando uma operadora de telefonia móvel, chamada Trump Mobile, e um celular com a marca Trump, o T1, que eles afirmam ser fabricado nos Estados Unidos. A Trump Mobile está estreando com um plano único chamado “The 47 Plan”, por USD 47,45 por mês, que, segundo a empresa, oferece a mesma cobertura das três maiores operadoras. Em comunicado à imprensa, a Trump Mobile descreve o aparelho como "um smartphone dourado e elegante, projetado para desempenho e orgulhosamente desenhado e fabricado nos Estados Unidos". Já está disponível para pré-venda com um depósito de USD 100, com entrega prevista para agosto ou setembro de 2025, mas não se sabe muito sobre as especificações já que a imagem do site parece montada em Photoshop.
✍️ A REDAÇÃO RECOMENDA
Para onde vai o marketing no futuro? (evento, em português)
Pergunte pra quem tá guiando o setor. Spoiler: todos estarão no CMO Summit, nos dias 25 e 26 de junho. Para garantir seu ingresso, é só clicar no link.
Blackberry está de volta! (leitura, 2 min, em português)
Por que a gen Z está revivendo os aparelho do início dos anos 2000?
O problema das bets (podcast, 1h12min, em português)
Psicólogo especialista e pesquisador do ambulatório do Transtorno do Jogo do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas USP aborda o tema
Se não existe vida fora da Terra, então o universo é um
grande desperdício de espaço.
O que achou da news de hoje? 🕵️Conte aí embaixo pra que possamos melhorar nosso conteúdo! |
Faça Login ou Inscrever-se para participar de pesquisas. |
Somos o The BRIEF, o briefing diário de inovação, tecnologia e negócios com inteligência e personalidade pra quem precisa estar por dentro de tudo sem perder tempo e o bom humor. Uma criação original do TecMundo.