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📰 Dados no comando
riri, dados e batida
20 de fevereiro, Terça
Hoje, mas em 1988, nascia Rihanna. Sem lançar um álbum desde 2016 — no caso, o classudo Anti —, ela segue sendo uma das mais ouvidas do Spotify global. Além de sua baita capacidade vocal, a diva pop ainda se tornou uma das empresárias mais bem-sucedidas do mundo com as marcas Fenty Beauty e Savage X Fenty. Felicidades à Riri e seguimos acreditando em um novo álbum.
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Imagem: Giphy
Do banco (de dados) para o board
Extrair, estruturar e entender o que está por trás de dados não é tarefa fácil. Mas, diante de sua importância, muitas organizações estão adotando uma cultura direcionada a dados, o famoso data-driven. A abordagem faz todo o sentido ($) em todos os setores.
De acordo com um estudo da consultoria McKinsey, as firmas BR que têm um alto nível de maturidade digital alcançam EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) até três vezes maior em comparação a outras firmas.
🗂️Não tem jeito: para chegar a esse nível, é preciso haver uma mudança cultural e operacional, de modo que os dados não ficam isolados em silos, mas rodam de maneira integrada. Outro ponto importante é a capacidade de eliminar filas de processos, que são substituídas por sistemas automatizados e ágeis.
Assim, é preciso investir em ferramentas, treinamentos e capacitação de pessoas. E como, na prática, uma cultura orientada a dados contribui para o sucesso de uma organização? Quais as tendências atuais do setor?
Afunilou-se
Comecemos com um baita exemplo. O conglomerado chinês Alibaba, dono do AliExpress e de uma penca de marcas, usa e abusa de algoritmos de recomendação para sugerir outros produtos com potencial para ativar a skin consumista de quem visita seus sites.
Com um ajuste de dados nos algoritmos, a empresa acertou em cheio na taxa de produtos recomendados, fazendo com que só essa área aumentasse em 20% a receita de seus e-commerces.
O uso de dados como suporte à estratégia de negócios também contribuiu com até 20 vezes mais para a aquisição de clientes e seis vezes mais para a retenção dessa base como consumidores. Ou seja, só sucessos.
Mas, olhando para a atualidade e futuro dos consumidores, esse tipo de abordagem fica um pouco mais complexo, briefers. Em estratégias de marketing, por exemplo, as famosas etapas de funil podem estar com os dias contados. E a “culpa” é da Gen Z.
Relacionamento duradouro
Um relatório global de 2023 da Eldeman, agência internacional de PR, revela que esse público está mudando completamente a dinâmica de vendas. Por exemplo, 78% da turma entrevistada afirma descobrir aspectos que a atrai para uma marca e gera fidelidade logo após a primeira compra.
Já para 62% das pessoas entre 18 e 26 anos, se uma marca não evidencia suas ações e valores positivos, a impressão é de que nada nesse sentido está sendo feito.
E o que isso quer dizer, Brifão? Se antes era preciso educar para atrair, hoje a nova geração quer sentir conexão imediata com as marcas, construindo uma relação duradoura com elas. Ou seja, as estratégias e leitura de dados devem ser orientadas a criar um “loop de confiança”.
Razões pelas quais o funil de vendas virou uma estratégia “quebrada”. Fonte: Edelman/Reprodução.
Shine bright like diamond
Outra tendência relacionada aos dados diz respeito a ela, a IA. Mas aqui é importante separar o hype da realidade. Uma pesquisa da AWS, divisão de nuvem da Amazon, aponta que para 80% dos respondentes a tech vai transformar completamente sua organização.
Contudo, apenas 6% dessas empresas estavam de fato aplicando-a em alguma operação — e de maneira experimental, diga-se de passagem. Ao mesmo tempo, 93% da galera entrevistada acredita que a real transformação com a IA e obtenção de seu valor virá justamente dos dados. Por exemplo:
com curadoria de conteúdo não estruturado
na melhoria da qualidade de dados
integração de diversas fontes.
“Os processos empresariais terão de ser redesenhados e os funcionários terão de ser requalificados (ou, provavelmente em apenas alguns casos, substituídos por sistemas generativos de IA)”, avaliaram Thomas H. Davenport e Randy Bean, experts em inovação, em um artigo do MIT Sloan.
Cansei de ser sexy
A mesma publicação, que se baseia em vários estudos, também aposta que os cientistas de dados vão se tornar menos atraentes para as empresas em relação a anos atrás.
🧠E o que explica essa mudança? A “a proliferação de funções que podem resolver partes de problemas da ciência de dados”. Isso englobaria engenheiros de machine learning, gerentes de produtos e empreendedores com algum conhecimento quantitativo.
Nesse último caso, eles criariam sozinhos modelos e algoritmos por meio de ferramentas automatizadas de ML, além do ChatGPT com um recurso chamado “Advanced Data Analysis”.
Obviamente, não será o fim da profissão de ciência de dados, que deve se voltar para atividades mais complexas.
A gente fala muito sobre como chip virou o novo ouro, mas a estruturação e leitura de dados nunca foi tão valiosa para empresas em tempos tão incertos. Enfim, quem vive de achismo dificilmente sobreviverá.
Mobilidade
Perdidaço na pista
Você se lembra dos carros autônomos? Pois é, eles andam um pouco apagados, mas novos acidentes chamaram novamente a atenção sobre o assunto. Os casos ocorreram em Phoenix, nos EUA, envolvendo dois robotáxis da Waymo (divisão da Alphabet), que se chocaram com uma caminhonete que estava sendo rebocada.
A empresa solicitou até um recall por conta disso, já que os carros previram incorretamente os movimentos do outro veículo. Além dos amassados na lataria, ninguém se machucou, felizmente.
As promessas de autonomia na direção ainda não se cumpriram ainda, mas não estão totalmente abandonadas. Dias atrás, contamos que a GM vai expandir sua malha rodoviária autônoma nos EUA – agora, são mais de 1,2 milhão de km.
Mercado e tecnologia
GIA 🤖📡
Um estudo da Ernst & Young mostrou que o 5G deve ganhar força por conta de outra estrela: a IA. Soluções combinadas de ambas devem ditar os próximos anos.
Segundo a EY, 42% das empresas buscam serviços integrados, mas 60% reclamam que os fornecedores de conexão ainda não possuem soluções de 5G e Internet das Coisas (IoT) integradas à IA.
Os maiores receios são com privacidade de dados e segurança na rede. Mesmo assim, cada vez mais essa tech deve ganhar espaço nas companhias, como falamos na matéria principal. Obs.: achamos que a união das soluções deveria se chamar GIA.
Segurança
Tapando o sol com a peneira ⛅
Neste ano, as eleições norte-americanas e brazucas devem movimentar um sem-número de fakes news, muitas envolvendo deepfakes. As bigs techs, porém, entraram no movimento que pretende reduzir ao máximo o dano causado por informações falsas.
Meta, Microsoft, Google, Amazon, IBM e Adobe são algumas das companhias que assinaram um compromisso de combater a desinformação. Além dessas, diversas startups, como OpenAI, Anthropic e Stability AI, e redes sociais, como TikTok, X e Snap, engrossaram o acordo.
O aumento anual de 900% em deepfakes é um dos índices que mais preocupa. E é importante ressaltar que tecnologias de detecção automática de fakes não evoluem na mesma velocidade que a própria geração de desinformação.
Metadados e marcas d’água podem até ajudar a identificar imagens falsas, mas não podem ser a única solução para isso. Oremos...
Negócios e economia
Foguete não tem ré 🚀
A OpenAI está prestes a se tornar uma das startups mais valiosas do mundo. O valor? Pelo menos USD 80 bilhões. Ou seja, a companhia quase triplicou sua avaliação em apenas 10 meses (!). O negócio envolve a venda de ações em uma oferta pública, que deve ser liderada pela Thrive Capital.
Esse movimento é semelhante ao do ano passado, quando a própria Thrive juntamente da Sequoia Capital, Andreessen Horowitz e K2 Global compraram ações da startup em oferta pública, que a fizeram ser avaliada em USD 29 bi.
Assim, a gigante da IA assumiria o terceiro lugar entre as startups mais valiosas do mundo, roubando a posição da SHEIN, avaliada em USD 66 bi. No topo, bem distante, estão a ByteDance e a SpaceX, que valem USD 225 bi e USD 250 bi, respectivamente.
TL;DR
Ainda mais little e mais BRIEF
🫸📱Agora é lei... Na Austrália: lá as pessoas podem ignorar ligações ou mensagens de chefes fora do horário de trabalho sem qualquer prejuízo. Aqui a galera segue aguardando a versão BR da norma.
💸Uma reclamação antitruste do Spotify, registrada em 2019, deve gerar uma multa de USD 539 milhões à Apple.
🧑⚕️Salário compatível é bom, mas benefícios como plano de saúde, seguro de vida e previdência privada chamam mais a atenção dos trabalhadores brasileiros.
📃O Nubank lançou o teaser do curta-metragem Planos no Papel, estrelado por ninguém mais que David Baker, o Stanley da série The Office.
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lições do Luciano Santos, que tem um livro supimpa sobre o tema
A arte de ser estranho no 1:1 (leitura, 6min, em inglês)
texto um pouco antigo, mas ainda interessante, briefers!
A fé em si mesmo é o melhor e mais seguro caminho.
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