E não é que ele tem borogodó?

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  • S&P 500 e Nasdaq nas alturas

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E NÃO É QUE ELE TEM BOROGODÓ?

Por Felipe Vidal

A relação entre China e Estados Unidos nunca foi das melhores, e entre idas e vindas, essa amizade de fachada cheia de interesses vez ou outra usa alguns figurões do mundo tech como uma ponte. Por incrível que pareça, Elon Musk já foi uma ponte extremamente importante para dialogar com os amigos asiáticos, mas agora perdeu um pouco do brilho.

O país do dragão vermelho tem um novo melhor amigo para andar no recreio e dividir a merenda: Jensen Huang, o CEO da Nvidia. Huang, com seus 62 anos e a jaqueta de couro superfaturada, se tornou um intermediário importante entre os interesses da China e dos EUA, afinal de contas Musk e Trump não são mais os best friends forever.

Por ser dono da Tesla, e a China representar pelo menos 40% das vendas da empresa no mundo, Musk era muito próximo dos chineses. Como o bilionário tinha boas relações com os chineses e desempenhou papel central no governo Trump, isso era ótimo para Pequim conciliar seus interesses.

Agora que a amizade de Musk e Trump esfriou, e Jensen está cada vez mais próximo do presidente norte-americano, a China tem um “novo aliado”.

🫱🏽‍🫲🏽 Trato feito

Entre tarifas recíprocas, provocações nucleares e dominação mundial, EUA e China têm relações econômicas extremamente importantes. Jensen Huang, caso você não saiba, é o CEO da empresa mais valiosa do mundo e a primeira a alcançar valor de mercado de US$ 4 trilhões. Somando A+B, já dá para entender o interesse chinês.

Nos últimos dias, durante um evento em Pequim, Huang anunciou que a Nvidia aumentará o fornecimento de chips H20 para IA nos próximos meses. Para isso, Huang precisou conversar diretamente com Trump, já que ainda há aquele pacto de as empresas norte-americanas não poderem vender seus chips de IA mais potentes para a China.

O engraçado é que Huang discorda totalmente desse assunto, já que, na visão dele, proibir os chineses de comprar os aceleradores dos EUA fez com que Huawei e outras gigantes do país investissem e criassem seus próprios produtos inovadores. E claro, nada disso faz sentido para Huang porque ele obviamente perdeu dinheiro nessa brincadeira.

😍 Todo mundo adora o Jensen

No fim do dia, Huang quer somente vender seus chips. A China quer comprar esses itens, mas não aceita qualquer porcaria, e já mostrou que pode criar suas próprias tecnologias poderosas. E os EUA, pelo menos com Trump, vão continuar com essa pegada protecionista.

Mas apesar disso tudo, tanto a China quanto os EUA têm essa quedinha atual por Jensen Huang, afinal de contas ele tem a maior empresa do mundo, que também é a maior investidora em IA do planeta. A inteligência artificial já saiu do modo generativo, está fazendo a moda agêntica caminhar e só vai continuar crescendo.

O senhor grisalho sempre bem-vestido é o centro das atenções, e se tornou um elo poderoso entre a águia e o dragão. Por outro lado, Musk continua bilionário, se envolvendo em polêmicas e vai depender mais da China do que os chineses dependem dele.

Agora só falta o Sr. Huang pedir para os seus engenheiros corrigirem os drivers das placas de vídeo para eu voltar a jogar sem crashes no PC.

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🧑🏽‍💼 Queremos negociar!

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, garantiu que o Brasil não vai arregar nas negociações com os Estados Unidos sobre o famigerado "tarifaço" de 50% imposto por Trump. Os Estados Unidos ainda estão dando ghosting ao que foi proposto pelos brasileiros, mas Haddad garantiu um plano de contingência para setores afetados e jurou que pensa em vingança.

Para o ministro, a medida não faz sentido comercial lógico e ele continua acreditando que a motivação está ligada à tal paixão entre o Laranjão e o ex-presidente Jair Bolsonaro.

👜 Bolsa nas alturas

Os índices S&P 500 e Nasdaq atingiram recordes de fechamento, impulsionados pela Alphabet (“mamãe” da Google) e outras megacaps. Investidores apostam em acordos comerciais para amenizar os impactos das tarifas de Donald Trump, que devam começar a valer a partir de 1º de agosto.

A alta ocorre antes da divulgação de balanços de gigantes como Alphabet e Tesla, que podem ditar o tom do mercado. A confiança se baseia na expectativa de menor degradação nos lucros corporativos e gastos do consumidor.

📝 Adeus caderninho?

O Itaú Empresas apresentou o Itaú Emps, um novo banco digital que utiliza inteligência artificial generativa para auxiliar pequenos e médios empreendedores. Desenvolvido em colaboração com clientes, a plataforma oferece serviços bancários essenciais e assessoria personalizada em gestão financeira, análise de vendas e precificação.

A IA, parte da Inteligência Itaú, usa dados proprietários para hiperpersonalização, visando otimizar a eficiência dos negócios e apoiar decisões estratégicas, substituindo métodos tradicionais de gestão.

👨🏻‍🦲 Vigiando e punindo

O ministro Alexandre de Moraes autorizou uma investigação sobre suspeitas de insider trading em operações cambiais no Brasil. A apuração quer descobrir se houve uso de informações privilegiadas antes do anúncio da tarifa de 50% dos EUA sobre importações brasileiras, em 9 de julho.

O que levantou a suspeita pra a AGU foi um relatório que indicou a venda massiva de reais antes do anúncio de Donald Trump. Essa investigação, porém, faz parte algo ainda maior: uma possível tentativa de coerção do sistema judicial brasileiro via tarifas para beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro.

🪙 De olho no Bitcoin

A Trump Media, empresa de Donald Trump, cresceu 5,1% após revelar uma compra de US$ 2 bilhões em Bitcoin, com o objetivo de se transformar em uma empresa-tesouraria de Bitcoin. A criptomoeda já representa dois terços de seus ativos.

Apesar da queda de 25% nas ações desde o anúncio do plano, o CEO Devin Nunes vê a mudança como “proteção contra discriminação bancária”. O movimento é muito parecido com a estratégia da MicroStrategy e conecta o futuro da empresa à volatilidade do Bitcoin.

💸 Cadê o dinheiro?

A OpenAI, criadora do ChatGPT, está gastando demais e o JPMorgan prevê que a empresa não vai ter lucro antes de 2029. Ela pode, na real, gastar até US$ 46 bilhões nos próximos quatro anos, impulsionada pela disputa por talentos e investimentos em IA.

Apesar da forte concorrência com o Google e a Meta, a OpenAI tem potencial para alcançar US$ 700 bilhões em valor de mercado até 2030, explorando agentes de IA, publicidade, assinaturas e dispositivos físicos.

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