Enterrando problemas para salvar o clima

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  • Tesla sendo investigada nos EUA

  • Jack Ma, está de volta

  • Lula quer regular big techs

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^_TECNOLOGIA
ENTERRANDO PROBLEMAS PARA SALVAR O CLIMA

Por Nilton Kleina

Empresas de grande porte em tecnologia, como Microsoft e Google, precisam equilibrar os gastos energéticos cada vez maiores com equipamentos como data centers de IA com projetos de sustentabilidade. Ajudar o planeta pode estar longe de ser o principal objetivo dessas companhias, mas essas ações hoje são essenciais ao menos para manter uma imagem mais verde.

Uma das soluções encontradas por Big Techs atualmente nessa área é fechar negócio com uma startup chamada Vaulted Deep. O nome parece saído de uma história de ficção científica (algo como "armazenado nas profundezas") e o seu funcionamento é bem peculiar: ele envolve lidar com as "necessidades" de pessoas e animais.

🧹 Varrendo para debaixo do tapete

O trabalho da Vaulted Deep envolve coletar resíduos de esgoto ou esterco produzido por animais, em especial bovinos, e depositar esse material por meio de "injeções" em formações rochosas que estão a mais de 300 metros de profundidade do solo.

Tecnicamente, o processo é conhecido como remoção e armazenamento de carbono da biomassa. Esse método nada convencional (e, sim, um pouquinho nojento) ajuda em duas questões ambientais: a atual crise climática e o tratamento atual desses dejetos (mais especificamente a falta dele), principalmente os de origem animal gerada pela expansão na pecuária dos EUA.

Conversa para boi dormir? Explicamos: ele ajuda a tirar de circulação materiais que produziriam uma altíssima carga de gases que hoje sabemos que são danosos ao ambiente, como o dióxido de carbono (CO₂) e o metano. Além disso, auxilia a destinar grandes quantidades de resíduos que seriam enviados para lixões nada sustentáveis, aterros já lotados ou até para serem incinerados, tudo isso gerando ainda mais poluição.

🏢 Onde as empresas entram nisso?

O que interessa as Big Tech neste caso não é exatamente salvar o clima, mas pagar alguém que faça isso no lugar delas. Até por isso, a transação aqui é a de créditos de remoção de carbono — ou seja, compensar as próprias emissões com investimentos nessas soluções mais sustentáveis.

A Microsoft foi uma das primeiras empresas de grande porte a se interessar pela Vaulted Deep, criada como subsidiária da companhia de gerenciamento de resíduos Advantek. No acordo válido por 12 anos, ela adquiriu o equivalente a 4,9 milhões de toneladas de CO₂ que iriam para a atmosfera.

Agora em setembro, a Google comprou créditos de 50 mil toneladas de CO₂ que são válidos pelos próximos cinco anos, mas prometeu também ajudar em estudos e tecnologia para descobrir como quantificar o metano que é retirado do ambiente e enviado para o subsolo, já que ele é mais difícil de lidar que o CO₂.

Não é uma crise repentina de consciência: relatórios como o do Morgan Stanley já apontaram que a emissão de carbono de data centers de IA vai triplicar até 2030 e chegar a 2,5 bilhões de toneladas de CO₂ só nesse setor da indústria.

🚽 Banheiro interditado

Só que a remoção de carbono sem o aproveitamento dessa energia não é o método favorito de muitos especialistas na área. O monitoramento desses materiais é difícil de ser feito e não há informações específicas sobre o que pode acontecer nessas formações rochosas a longo prazo.

A Vaulted Deep garante que os materiais ficarão armazenados sem poluir os arredores por dezenas de milhares de anos e que há muito potencial na exploração de mais locais que podem virar os "cofres" da companhia.

Por enquanto, ela só opera em um local no Kansas, mas os novos acordos podem permitir a expansão dos serviços para outras regiões dentro dos EUA. E, no caso da Vaulted Deep, material para trabalhar é o que não falta.

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🚗 Teje preso!

A Tesla está sendo investigada nos EUA por um possível defeito nas maçanetas eletrônicas de seus carros, que pode prender os ocupantes dentro do veículo. A NHTSA, agência de segurança rodoviária, está analisando mais de 174 mil unidades do Model Y de 2021, após nove casos em que crianças ficaram presas em carros depois de colisões.

A agência se preocupa que os passageiros, especialmente crianças e idosos, não consigam usar o sistema de abertura manual em caso de emergência.

🫣 Achô!

O cofundador do Alibaba, Jack Ma, está de volta para ajudar a liderar a empresa em uma nova fase. Embora não tenha um cargo oficial, a sua presença no campus tem servido de inspiração para os funcionários.

A volta de Ma acontece em um momento em que a gigante chinesa busca se reinventar e se expandir em novas áreas como semicondutores e inteligência artificial, que agora são o foco dos atuais líderes, Joe Tsai e Eddie Wu.

💡 Regular as big techs é necessário

O presidente Lula enviou ao Congresso um projeto de lei para regular as big techs, visando combater monopólios e aumentar a competitividade no mercado digital. A proposta, elaborada pelo Ministério da Fazenda, prevê que as empresas tenham que ser mais transparentes com os usuários e até permitam a portabilidade de dados.

Além disso, Lula também sancionou o "PL da Adultização", que cria regras mais rígidas para proteger crianças e adolescentes do contato com conteúdos prejudiciais na internet.

🚫 Não pode mais!

A China, por meio da Administração de Ciberespaço da China, proibiu as empresas do país de comprar novos chips de IA da Nvidia, como as placas RTX PRO 6000D. A decisão vem após a China acusar a Nvidia de violar sua lei anti-monopólio e argumentar que o país já possui tecnologias de IA superiores ou comparáveis.

A proibição afeta grandes empresas como a ByteDance e a Alibaba e coloca a Nvidia em uma posição difícil no mercado.

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