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Estocando vento
Esse era realmente o segredo

24 de junho, quarta-feira
Hoje é dia de São João e, mesmo quem não é religioso, sabe que a data significa Festa Junina. Tem mais: os trabalhadores de muitas capitais vão poder aproveitar o dia com descanso ou festa. Então, nosso alô de hoje vai para Aracaju (SE), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Recife (PE), Salvador (BA), Caruaru (PE), Campina Grande (PB) - essas duas últimas famosas pelas festas de São João -, Niterói (RJ) e Barueri (SP) - onde São João é o padroeiro. Aproveitem! Os restante dos brasileiros, tentem ter um bom dia.
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INFRA & SUSTENTABILIDADE
ESTOCANDO VENTO

Imagem: Giphy
por Igor Almenara
Hoje é dia de fazer história — ou pelo menos contar a de quem realmente está fazendo. O The Brief traz o nome do mais novo brasileiro a entrar na badalada lista de bilionários da Forbes: Mário Araripe. O cearense fundador da Casa dos Ventos acumulou nada menos que USD 3 bilhões (ou R$ 17 bilhões, para quem ainda converte na cabeça) apostando forte na verdinha. Calma, não é essa verdinha — estamos falando de energia renovável. Decepcionou alguém aí?
Entre os 288 novatos que agora nadam no mesmo aquário de grana e influência, lá está ele: Mário Araújo Alencar Araripe — ou, no estilo bilionário de ser, apenas Mário Araripe, aos 70 anos, ao lado de outros 54 brasileiros que também entenderam o jogo.
Araripe nasceu no Ceará e fundou a Casa dos Ventos em 2007, apostando num mercado que muita gente ainda tratava como utopia de startup. Hoje, a empresa é a maior desenvolvedora de energia renovável do Brasil. E, claro, o comando está em família — com o filho Lucas Araripe já treinado no modo sucessor-herdeiro-pronto-para-o-powerpoint.
🍃 Além do vento
Mas nem só de turbinas eólicas se faz um bilionário. Antes de virar o nome forte da energia limpa, Araripe já havia passeado por setores como imobiliário, têxtil e automobilístico. Em 1997, ele e o sócio Rogério Farias estavam à frente da Troller, aquela fabricante nacional de veículos off-road que acabou sendo engolida pela Ford em 2007. Aparentemente, o cara sabe mesmo vender.
A fagulha da Casa dos Ventos surgiu mais ou menos nessa época, depois de Araripe ouvir aquele típico conselho de um colega do ITA: “Cara, olha o potencial dos ventos do Brasil”. E, diferente de 99% das conversas que começam assim, essa realmente virou um negócio multibilionário.
Os primeiros projetos eólicos foram vendidos em 2009 — discreto, metódico. Só em 2013 a empresa passou a investir com capital próprio, e em 2015 expandiu para projetos solares e híbridos. Ou seja: enquanto o mundo corporativo ainda discutia se ESG era sigla ou buzzword, Araripe já estava montando seu império.
Em 2018, segundo a Pequenas Empresas & Grandes Negócios, a empresa era responsável por desenvolver um terço dos projetos eólicos em atividade ou construção no país. Algo como 6 mil megawatts (MW) dos 18 mil planejados até 2024. Já naquela época, ele estava na mira da Forbes — porque, sejamos sinceros, não tem como alguém desenvolver tanto vento e continuar anônimo.
🌿 Selo verde
Hoje, a Casa dos Ventos oferece desde migração para energia limpa, contratos de fornecimento e autoprodução, até certificados ambientais — ideais para aquela empresa que quer seguir poluindo, mas com o selo verde de “fiz a minha parte”.
Entre os clientes? Só nomes como Vale, AngloAmerican, Braskem, Ypê e a poderosa ADM. Gente que sabe bem que reputação limpa exige, no mínimo, um bom fornecedor de energia limpa.
Ah, e os franceses também quiseram uma fatia do bolo. Em janeiro de 2023, a TotalEnergies comprou 34% do portfólio da Casa dos Ventos, num negócio estimado em USD 2 bilhões, segundo a Forbes. Agora, a empresa de Araripe é o veículo exclusivo da TotalEnergies no Brasil — e detém um terço das operações eólicas do país. Como diria o investidor visionário: nada mal para quem começou com vento.

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🏃♀️ ️ DON’T LEAVE, JUST READ (pra ler rapidinho)
👨👨👧👧 (Don’t) call me by your name
A OpenAI removeu todas as menções à io, a startup fundada por Jony Ive e Sam Altman — de seus canais oficiais, incluindo o site, redes sociais e YouTube. A decisão rolou em meio a uma disputa judicial envolvendo o nome da marca, contestado pela iyO, fabricante de fones de ouvido com IA. O vídeo promocional de nove minutos em que a dupla apresentava o projeto também foi retirado do ar. Apesar disso, a parceria entre o CEO da OpenAI e o ex-designer da Apple segue firme. Ambos continuam trabalhando no desenvolvimento de um dispositivo inédito com foco em inteligência artificial, mas ninguém sabe exatamente o que será.
🚗 1, 2, 3 testando
A Tesla começou no último domingo a primeira bateria de testes do Robotaxi. Por enquanto, os testes do Robotaxi estão restritos a uma região específica que fica ao sul da cidade de Austin, no Texas. A ideia de Musk é levar seus carros a outras regiões, incluindo a Califórnia, mas a legislação por lá tende a ser bastante burocrática. O serviço da Tesla usa automóveis Model Y e para fazer o pedido pelo robotáxi é preciso utilizar o aplicativo da ferramenta. Por enquanto apenas dez carros estão rodando no teste piloto da montadora. Além disso, apenas os fãs da companhia foram convidados. Talvez até por isso, a experiência parece ter sido bem sucedida e sem denúncias ou reclamações. Outra grande sacada de Musk foi afirmar que os donos de carros da marca poderão ceder seus carros para o serviço de táxis autônomos da empresa. Com isso, as ações da Tesla chegaram a superar os 10% de valorização nesta segunda-feira.
💬 Proibidão
O WhatsApp foi proibido na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, de acordo com um memorando enviado a todos os funcionários. O aviso diz que o “Gabinete de Cibersegurança considerou o WhatsApp um risco elevado para os usuários devido à falta de transparência sobre como protege os dados dos usuários, à ausência de criptografia dos dados armazenados e aos potenciais riscos de segurança envolvidos em seu uso.” O memorando ainda recomenda o uso de outros aplicativos de mensagens, como o Teams da Microsoft, o Wickr da Amazon, o Signal, e iMessage e FaceTime da Apple. A Meta ficou bem brava com a decisão e disse “com o máximo grau de veemência”, segundo um porta-voz da empresa, que a plataforma oferece um nível de segurança superior ao dos outros aplicativos aprovados. Em 2022, a Câmara dos EUA baniu outros aplicativos também, incluindo o TikTok, devido a questões de segurança.
💰 Em alta
As ações da Microsoft e da IBM fecharam em níveis históricos nesta segunda-feira, embaladas pelo hype da inteligência artificial e pela confiança de investidores em seus próximos capítulos. A Microsoft subiu quase 2%, fechando a USD 486. Já a IBM avançou 3%, encerrando o dia a USD 289,18 — ambas entre os destaques do índice Dow Jones. Em 2025, a IBM já acumulou quase +30% de valorização, enquanto a Microsoft soma +15%. E tem analista dizendo que a festa não acabou. A Bernstein aposta que a parceria com a OpenAI pode destravar bilhões em receita para o Azure. E a Wedbush diz que a Microsoft está no volante da IA e pode acelerar ainda mais. A IBM, por outro lado, virou queridinha por estar “bem posicionada para surfar a demanda por IA híbrida”. A empresa acaba de lançar um software que promete manter IA generativa sob controle em larga escala e ainda disse que está no caminho para entregar o primeiro computador quântico “tolerante a falhas” do planeta até o fim da década.
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