Eu vejo chip morto

Com que frequência?

5 de agosto, terça-feira

Hoje é o Dia da Cultura Caipira, criado para celebrar as tradições de uma “região cultural” conhecida como Paulistânia, que inclui não só o estado de São Paulo, mas também o sul de Minas, o norte do Paraná e partes de Goiás, Mato Grosso do Sul e até do Mato Grosso. O que pouca gente sabe é que o R retroflexo falado nessas regiões (o tal do “R caipira”, de “poRta”, “veRde”) tem origem na língua tupi falada pelos indígenas, por isso é um fonema tão único no português brasileiro!

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TECNOLOGIA
EU VEJO CHIP MORTO

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Imagem: Giphy

Por Felipe Vidal

O desenvolvimento e engenharia de hardware é um daqueles assuntos bem complicados e que já botou muito profissional para rodar. Agora, imagine desenvolver chips tão delicados que uma simples poeirinha pode colocar um investimento milionário no fundo do poço. Pois é, não parece nada fácil, mas uma dupla de mulheres quer mudar isso.

Em 2018, as engenheiras Akanksha Jagwani (CEO) e Avni Agarwal (CTO) fundaram a SixSense, e agora conseguiram uma arrecadação de fundos de US$ 8,5 milhões (Quase uns R$ 50 milhões). A empresa tem uma tarefa difícil: prever e detectar defeitos na produção de chips em tempo real e salvar a indústria de perder muito — mas MUITO dinheiro.

Akanksha já trabalhou na Hyundai Motors e na GE, com vasta experiência em controle de qualidade, automação de software e produção em larga escala. Agarwal teve seu auge na Visa, ostenta um raciocínio matemático absurdo e suas criações se tornaram até mesmo segredo industrial.

Com mais uma moça em campo, já posso fazer a chamada das Meninas Superpoderosas.

🤖 O Minority Report dos semicondutores

Produzir esses chips não é moleza. Se você já viu um chip automático, de computador ou celular, vai perceber que eles estão cada vez menores. Esse é o processo da miniaturização, que além de esporadicamente reduzir o tamanho deles, reduz o tamanho das estruturas internas (transistores) desses chips.

Em outras palavras, criar chips demanda muito tempo, dinheiro, conhecimento e enfrentar monopólios — mas a gente finge que essa parte não existe. O SixSense chega justamente para mitigar problemas na linha de produção antes mesmo deles existirem, e eles só existem porque as fábricas não se dão ao trabalho de fazer análises mais aprofundadas.

A ideia da plataforma é que os engenheiros das próprias fábricas lapidem o modelo com seus próprios dados de produção, e os implementem em menos de dois dias. A dupla garante que os desenvolvedores não precisam nem mesmo escrever linhas de código para a ferramenta funcionar.

💪🏼 Esteroides na produção

Algumas empresas de semicondutores já começaram a testar esse detector de erros, como a Global Foundries e a JCET. De acordo com uma reportagem do TechCrunch, os clientes reportaram ciclos de produção 30%, redução de 90% no trabalho de inspeção manual e um aumento menor de até 2% nos rendimentos.

Basicamente é um esteroide de produção dos chips e que poderia ficar até melhor se recebesse mais investimentos. Inclusive, nesses testes do SixSense, mais de 100 milhões de chips foram processados e o sistema é compatível com cerca de 60% dos equipamentos de inspeção do mercado.

Mesmo que ainda esteja engatinhando, as criadoras do SixSense tem muito otimismo que a crescente de novas empresas e fábricas na Ásia e Estados Unidos contribua com a expansão da ferramenta.

Em uma indústria que prega por cada vez mais eficiência em todo lugar, usar um recurso desses pode ser muito bom para traduzir a teoria na prática. Mas, no cenário mais otimista, a adoção ampla ainda deve demorar mais um tempinho.

👀 DE OLHO NO TECMUNDO (o grande irmão)

🏃‍♀️ ️ DON'T LEAVE, JUST READ (pra ler rapidinho)

🚔 Cana em casa

O ministro do STF, Alexandre de Moraes, decretou a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, com uso de tornozeleira eletrônica e restrição de visitas. A decisão se deu após o ex-presidente supostamente violar decretos anteriores ao usar perfis de aliados e filhos para publicar mensagens contra o STF e pedir intervenção estrangeira.

Como resultado, ele também perdeu o acesso a celulares e redes sociais, o que reacende o debate sobre a responsabilização digital por meios indiretos.

🦾 Rise of the machines


Um ex-diretor do Google X, Mo Gawdat, prevê que a IA substituirá três tipos de empregos: desenvolvedores, podcasters e CEOs.

Ele acredita que a maioria dos trabalhadores do conhecimento será substituída na próxima década, levando a uma "distopia de curto prazo" com desemprego em massa e agitação social, pois a economia global não vai conseguir se adaptar rapidamente a essa mudança. Alarmismo demais ou o fim dos tempos tá próximo mesmo?

🚗 Dindim da Tesla no bolso


A Tesla concedeu a Elon Musk uma “mesadona” de US$ 29 bilhões em ações para mantê-lo como CEO, argumentando que sua liderança é crucial na "guerra de talentos de IA".

O pacote o torna o maior acionista da empresa, com 13% de participação. Essa concessão ocorre em meio a uma disputa judicial sobre um pacote de ações anterior de US$ 50 bilhões, que foi bloqueado por um tribunal.

🛫 Boeing voando alto


A Boeing superou as previsões no segundo trimestre de 2025, com uma receita de US$ 22,75 bilhões, representando um crescimento de 35% em relação ao ano anterior. Esse resultado positivo foi impulsionado pelo aumento na produção e entrega de aeronaves, após a empresa superar crises regulatórias e greves.

Apesar da recuperação e de um prejuízo menor que o esperado, a Boeing ainda enfrenta desafios como a possibilidade de uma nova greve e a dependência da aprovação da FAA para ampliar a produção do modelo 737.

💸 Cacarecos mais caros nos EUA


Se não houver um acordo sobre as tarifas impostas por Donald Trump, as exportações da China para os EUA podem cair US$ 488 bilhões até 2027, segundo o Observatório da Complexidade Econômica (OEC).

A previsão, baseada em uma tarifa de 34%, afetará principalmente os setores de computadores, equipamentos elétricos, brinquedos e roupas. Na ausência de um acordo, a China pode redirecionar suas exportações para o Sudeste Asiático, Europa e, em menor escala, para a Índia, Vietnã e Rússia.

✍️ A REDAÇÃO RECOMENDA

  • Why AI is Overrated (vídeo, 57 min, em inglês)

    O comediante Hasan Minhaj conversa com ninguém menos que Neil deGrasse Tyson sobre IA e a importância da “alfabetização científica”.

  • A culinária caipira da Paulistânia (livro, 376 páginas, em português)

    Quem ama um fogãozinho à lenha e História vai se deliciar com o livro de Carlos Alberto Doria sobre a cozinha caipira e suas origens.

  • Experts predict AI will lead to the extinction of humanity (artigo, 6 min, em inglês)

    Será que é pra tanto? Um vencedor de prêmio Nobel conta por que a IA vai nos varrer da Terra e que isso pode acontecer muito antes que imaginamos.

A produtividade nunca é um acidente. É sempre o resultado de um compromisso com a excelência, planejamento inteligente e esforço concentrado.

Paul J. Meyer, escritor e fundador da Success Motivation Institute

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