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- 📰 Fusões sob as luzes natalinas
19 de dezembro, quinta
E em clima de Natal, foi num dia como o de hoje, mas em 1843, foi lançado o clássico “Um Conto de Natal”, do escritor britânico Charles Dickens. A história do avarento Ebenezer Scrooge, que é visitado por três fantasmas na véspera de Natal, já foi adaptada de inúmeras formas ao longo dos últimos 180 anos - nossas favoritas são as dos Muppets e do Tio Patinhas.
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Imagem: Giphy
Pássaros, algoritmos e microfones
Cientistas e pássaros compartilham algo em comum: ambos passam as noites em claro, um tentando entender o outro. Com a ajuda do BirdVoxDetect, um sistema de IA desenvolvido por NYU, Cornell Lab of Ornithology e École Centrale de Nantes, identificar aves migratórias em pleno voo ficou mais fácil.
Microfones captam “chamadas noturnas” — sinais quase imperceptíveis de 50 milissegundos — e o software não só detecta os sons, mas classifica as espécies, mesmo em meio a ruídos urbanos.
O impacto é significativo: com aves enfrentando ameaças como prédios espelhados e mudanças climáticas, a precisão da IA é uma aliada crucial. A tecnologia, agora gratuita e open-source, promete revolucionar a pesquisa migratória global, auxiliando cientistas e, quem sabe, poupando os pássaros de colidir com os arranha-céus iluminados.
Milagre científico ou marketing precoce?
A Rússia anunciou uma vacina “revolucionária” contra o câncer que promete ser gratuita e começar a ser aplicada em 2025. Desenvolvida com tecnologia mRNA e inteligência artificial, a vacina personaliza o tratamento usando células tumorais dos pacientes.
O diretor do Centro Nacional Gamelaya, Alexander Gintsburg, afirmou que redes neurais reduziram o tempo de criação para menos de uma hora. Parece ficção científica? Pode ser, já que a comunidade científica ainda aguarda os estudos clínicos que provem a eficácia e segurança do imunizante.
O histórico russo de vacinas desperta cautela. Em 2020, a Sputnik V, imunizante contra a Covid-19, foi aprovada antes da conclusão dos testes de fase 3, fundamentais para comprovar eficácia e segurança em larga escala. Isso gerou desconfiança internacional e resistência interna, além de dificultar a exportação para outros países.
Fuuuuuuusão
Honda e Nissan, duas das maiores montadoras japonesas, estão considerando uma fusão ou parceria estratégica para ganhar força em um mercado automotivo cada vez mais competitivo. Enquanto o CEO da Honda, Toshihiro Mibe, confirmou as negociações, a Nissan destacou que ambas “exploram possibilidades de colaboração” há meses.
Se concretizada, a união criaria um gigante com vendas combinadas de quase 8 milhões de veículos em 2023, rivalizando com General Motors e Ford nos Estados Unidos. A movimentação também ajudaria as empresas a enfrentar as barreiras comerciais prometidas pelo presidente eleito Donald Trump, como tarifas de até 25% para produtos importados.
A fusão poderia incluir a Mitsubishi, da qual a Nissan já detém 24% das ações. No Japão, a ideia é se proteger contra gigantes como Toyota e Volkswagen, que lideram o mercado global. Já na China, onde a Honda enfrenta queda nas vendas e a Nissan luta para cortar custos, o desafio é superar a crescente pressão do governo local para eliminar fornecedores estrangeiros.
Sede elétrica
A inteligência artificial pode estar revolucionando o mundo, mas também está colocando a rede elétrica à beira de um curto-circuito. Segundo o relatório da North American Electric Reliability Corporation (NERC), o consumo de energia atingirá níveis inéditos nas próximas décadas, puxado por data centers de IA, carros elétricos e bombas de calor. E a conta de luz? Só vai subir.
Com plantas de carvão, gás e até nucleares sendo aposentadas, o sistema (pelo menos nos EUA) está perigosamente perto de apagões em momentos de pico. O verão, por exemplo, verá demandas crescendo 15%, enquanto o inverno pode disparar 18%.
Satya Nadella, CEO da Microsoft, já admitiu que "a maior barreira da IA é a energia." Até mesmo o setor nuclear está recebendo investimentos para acompanhar o ritmo da inovação. O alerta é claro: faltam recursos confiáveis para suportar essa pressão energética.
TL;DR
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