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📰 Famosos, mas não endinheirados
ciência, creators e fusão
5 de fevereiro, Segunda
Começamos esta semana com um vídeo supimpa reunindo o combo ciência, medicina e cãezinhos.
Recebeu a news de um amigo? |
Imagem: Giphy
Profissão creator
É cada vez mais comum conhecer alguém (nem que seja no esquema “amigo da prima do cunhado”) que ao menos tentou uma carreira como criador de conteúdo. E não é para menos: o trampo tem potencial ($$$) para mudar vidas — seja falando de um tema específico ou usando a própria vida como pauta.
🤳De acordo com um relatório da Goldman Sachs, esse mercado é avaliado em USD 250 bilhões globalmente. Apesar dessa soma considerável, se consolidar no mercado a ponto de viver só da renda gerada pelo seu perfil no Insta, TikTok ou canal no YouTube vem se tornando uma tarefa cada vez mais difícil.
É daí que surge a pergunta: qual será o futuro do mercado de influência?
Cansei de story
Para quem não estava na pista on-line no início dos anos 2000, postar alguma coisa na WWW dava um trabalho gigante. Além da internet lerda, lidar com softwares de edição de texto e imagens era uma dor de cabeça — isso quando não rolava travamentos e todo o conteúdo era perdido.
Com techs como smartphones e 4G, o processo ficou mais rápido. Assim, o número de influencers subiu consideravelmente – em especial na pandemia, quando o acesso a produtos, serviços e contato humano se tornou mais digital (até demais).
Agora alguns experts acreditam que o mercado está passando por um momento de “ressaca” tanto em termos de comportamento de usuários (que estão buscando experiências offline) quanto de empresas.
Vivendo de aparência?
Apesar de o mundo influenciador ser de bilhões, desenvolver um ecossistema de serviços e produtos voltados para apoiar o setor – com plataformas de imagem, edição etc. – é algo que ainda não deu certo. Ainda mais com recente desaceleração de investimentos de venture capital.
Aliás, boa parte do montante gerado fica nas mãos de poucos creators. O melhor exemplo é o estadunidense MrBeast, que sozinho faturou USD 82 milhões no ano passado. Já no contexto brazuca, a pesquisa Creators e Negócios, feita pela Youpix e Brunch no Brasil, indica que há um abismo entre a realidade e o glamour que se pinta por aí.
Isso porque um pouco mais da metade dessa galera ganha até R$ 5 mil/mês — 23,2% recebem até R$ 2 mil.
O foco no menos “social” e avanço de grupos fechados foi destaque na recente edição do The Economist. Fonte: The Economist/Reprodução
Porém, “no Instagram um vídeo de 900 mil visualizações gera USD 6”, disse um influencer ao TechCrunch. Esse tipo de desfalque deve ampliar a exigência por mais transparência na forma com que as plataformas mensuram e remuneram os conteúdos.
Sendo assim, quem deseja pagar os boletos enquanto creator precisa repensar na forma como usa as redes para engajar e faturar. E o que pode ser feito? Uma das alternativas é investir na criação de uma base sólida de fãs, construir uma comunidade e desenvolver produtos pagos para essa audiência.
E existe gente disposta a pagar: de acordo com um levantamento feito nos EUA pela agência de pesquisas Mintel 29% dos respondentes já contribuem financeiramente com seus influencers do coração. Essa grana vem de assinaturas ou doações do Super chat e outras ferramentas que permitem o envio de valores para canais.
Artista internacional
Isso ainda demonstra uma realidade mais desafiadora. Por exemplo, alguns criadores estão saindo do YouTube, enquanto outros buscam formas de diversificar seu conteúdo por lá. Esse é o caso da DiaTV, que funciona como um canal de TV dentro do YouTube.
🎤Para quem não conhece, a grade tem realities e programas comandados por influencers da cena brazuca, sendo o “De Frente com Blogueirinha” seu maior sucesso. Uma única entrevista com a Anitta gerou 4,3 milhões de visualizações (e memes em todas as redes).
Os próximos anos devem exigir que influencers se foquem na proximidade e relacionamento com seu público. Ao mesmo tempo será interessante rolar colabs com outros creators para desenvolver seu trabalho sem temer que uma atualização de algoritmo derrube seus números. Qualidade e tranquilidade: nada mais justo.
Mercado e economia
De A a $
Enquanto a Amazon celebra um trimestre forte com receita de USD 170 bilhões, superando expectativas e vendo suas ações subirem mais de 8%, a Apple enfrenta um cenário menos otimista.
Após demitir 27 mil funcionários (8% da sua força) e encerrar projetos menos promissores, a firma de Jeff Bezos continua buscando eficiência, sobretudo em seu negócio de fulfillment.
A receita da divisão Amazon Web Services (AWS) cresceu 13%, alcançando USD 24,2 bilhões. Sua unidade de publicidade também teve salto de 27% nas vendas/ano a ano, chegando a USD 14,7 bilhões.
Já o clima em Cupertino não é dos melhores com os resultados do trimestre. A Apple superou as expectativas, ao atingir receita USD 89,5 bilhões (as apostas eram de USD 89,28 bilhões). Porém, exibiu queda nas vendas totais pelo quarto trimestre consecutivo.
As ações da empresa diminuíram mais de 3% após executivos sugerirem não ter rolado retorno de crescimento no importante trimestre de festas de fim de ano.
Tech
Cérebro próprio
A Meta deu um tempo no metaverso (por enquanto) e vai investir com tudo na inteligência artificial. O plano é implementar em seus data centers a nova versão de um chip personalizado para reduzir a dependência dos componentes da Nvidia e controlar os custos associados à execução de cargas de trabalho com IA.
Essa movimentação faz parte de um esforço maior da Meta para aprimorar a capacidade computacional tanto em suas redes sociais quanto em seus óculos inteligentes. O sucesso do projeto de chip poderia gerar economia de centenas de milhões de dólares anualmente em energia e bilhões, na aquisição de processadores de terceiros.
Leis e regulação
Xandão
O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, foi rígido com as big techs no retorno às atividades do órgão. Defendeu punições por disseminação de conteúdos falsos e influência no voto, além de propor a regulamentação de redes sociais e serviços de mensagens privadas.
Em seu discurso, ressaltou a necessidade de responsabilizar essas empresas pelo lucro obtido com desinformação e discursos de ódio. Também citou práticas como a manutenção de contas inautênticas e a recusa em remover conteúdos prejudiciais.
Essa visão é compartilhada pelo Governo Federal, que também pediu punições às empresas que permitem crimes em suas plataformas. Moraes enfatizou a urgência de regras nacionais para o funcionamento dessas plataformas e anunciou a criação de um grupo do TSE com a Polícia Federal para monitorar e identificar a divulgação de conteúdos falsos e de ódio nessas plataformas.
Varejo
Look completo
Os gigantes da moda brasileira Arezzo&Co e Grupo Soma estão em conversas para uma possível fusão. Negócio que uniria mais de 20 marcas sob o mesmo teto.
Sendo assim, a operação representaria um marco significativo no mercado de moda brasileiro, reunindo um leque diversificado de marcas em um único conglomerado.
A Arezzo&Co, conhecida por suas aquisições estratégicas, tem 12 marcas em seu portfólio, incluindo Arezzo, Schutz, Anacapri, Alexandre Birman, Alme, a operação brasileira da Vans, AR&CO (anteriormente Grupo Reserva), TROC, ZZ Mall, Baw Clothing, Carol Bassi e Vicenza.
Já o Grupo Soma, formado em 2010 pela fusão entre Farm e Animale, se expandiu rapidamente com 10 marcas: Animale, Farm, Fábula, Foxton, Cris Barros, Off Premium, Maria Filó, NV, Hering e Dzarm.
TL;DR
Ainda mais little e mais BRIEF
🍏A Apple planeja lançar recursos de inteligência artificial generativa ainda em 2024, com o CEO Tim Cook expressando grande empolgação pela oportunidade que a tech representa para a empresa.
🖼️O Google lançou o ImageFX, um gerador de imagens baseado em IA, que permite criar imagens a partir de descrições textuais — mas ainda não está disponível no Brasil, apenas em demonstração única.
💵A Incognia, especializada em soluções de geolocalização para prevenção de fraudes, captou USD 31 milhões em uma rodada de série B, elevando sua avaliação para USD 181 milhões.
🚨💸Falando em fraudes, empresas latino-americanas perdem anualmente entre USD 100 bilhões e USD 130 bilhões devido a golpes digitais e problemas operacionais, segundo um estudo da McKinsey.
Pensamentos de Segunda
Depois da invenção dos celulares, a pergunta “onde você está?” é cada vez mais rara
No futuro, as pessoas vão sonhar em ter seus “15 minutos de anonimato”
A lógica dos jogos não funciona na vida real, mas a lógica da vida real funciona nos jogos.
Usamos basicamente o nosso salário para pagar o salário de outras pessoas.
A Redação Recomenda
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O sono insuficiente pode estar nos tornando uma sociedade egoísta (leitura, 5min, em português)
análise interessantíssima sobre o assunto, briefers!
Se você quer saber quem te controla, observe quem você não tem permissão para criticar.
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