Gigantes brigam e Google apadrinha os pequenos

⚡ O QUE VOCÊ VAI VER?

• Gigantes brigam e Google apadrinha os pequenos - matéria principal do dia

• De olho no TecMundo - matérias direto do nosso grande irmão

• Coluna - nossos especialistas dão pitacos sobre assuntos relevantes

• Resumão do Brifão - o remember da semana

• A redação recomenda - dicas de conteúdos diferentões para consumir

• Frase do dia - para refletir, concordar, discordar e compartilhar

^{_{IA & MERCADO}}
GIGANTES BRIGAM E GOOGLE APADRINHA OS PEQUENOS

Por Igor Almenara

Enquanto a OpenAI assina cheques com a Nvidia e fecha acordos bilionários para seguir como o músculo da IA, o Google parece ter escolhido outro jogo: em vez de lutar contra gigantes, está apostando nos pequenos.

Segundo o TechCrunch, a empresa vem abrindo as portas do Google Cloud para startups de IA ainda em fase de “quem sabe um dia”. Lovable e Windsurf são dois nomes já no radar — e, se algum deles virar o próximo unicórnio, o Google terá plantado a semente cedo o bastante para colher frutos valiosos.

A estratégia tem a assinatura de Francisco deSouza, novo COO do Google Cloud, e soa simples: oferecer US$ 350 mil em créditos de cloud, acesso a engenheiros de primeira, suporte para levar produto ao mercado e até a pilha de chips e modelos da própria gigante. Na prática, é um kit de sobrevivência premium. O próprio executivo resumiu: “as empresas adoram ter acesso à infraestrutura de nível empresarial do Google”. Difícil discordar.

É como dar toda a base necessária para a startup crescer, e cobrar o mínimo por isso.

👀 Google já fez isso antes

Não é exatamente novidade. A tática lembra o que o Google fez e faz com o ChromeOS nas escolas: colocar o primeiro computador da vida de milhões de crianças no formato de um Chromebook. Soa inocente, mas é um aliciamento elegante — quando esse aluno virar adulto, a familiaridade pode virar lealdade. Na cloud, startups não são crianças, mas também crescem. E, se virarem a próxima OpenAI, vão lembrar quem deu a mesada inicial.

Segundo o COO, 60% de todas as startups de IA generativa escolheram o Google como provedor de serviços de nuvem. Quanto o Google ganha por isso? O executivo não quis responder (risos), mas disse que o Google “lidera o setor com startups”. Suspeito.

😯 Monopolista, logo eu?

Há também um bônus político. Jogar dinheiro nas mãos de novatas permite ao Google posar de “fomentador da concorrência”, ótimo argumento quando precisar convencer juízes e reguladores de que não é tão monopolista quanto todos sabem que é.

De toda maneira, essa estratégia também implica num risco importante. Tal como acontece com a OpenAI e a Microsoft, a parceria inicial pode virar rivalidade no futuro. A OpenAI não está mais tão à vontade em manter a exclusividade da dona do Windows, e trabalha para abrir o relacionamento com outras provedoras de serviços de cloud. A Microsoft, óbvio, não tá feliz, e correu atrás para manter pelo menos algum tipo de acordo de pé.

👀 DE OLHO NO TECMUNDO ^{_{(o grande irmão)}}

• Após ataque de ransomware – Empresa de quase 200 anos vai à falência

• Xiaomi 17 Pro Max – Aparelho é anunciado com Snapdragon 8 Elite Gen 5 e tela traseira

• Vulnerabilidade – Falha de segurança em roteadores da Cisco é explorada em ataques DDoS

• Negócio fechado – Donald Trump confirma venda do TikTok aos EUA

• Programas disfarçados – Apps falsos no Android atacam cada vez mais os brasileiros

• Por menos de US$ 1 por ano – Grok, a IA de Elon Musk, será usada em agências do governo dos EUA

🎟️ Inscreva-se agora no Analytics Summit 2025 e esteja entre os profissionais que vão moldar a próxima era dos negócios digitais.

📄 ️COLUNA ^{_{(por Lucian Fialho)}}

E se a publicidade pudesse ser medida com precisão absoluta, rastreando cada olhar? A coluna de Lucian Fialho propõe um exercício de futurologia que pode revolucionar o marketing: o uso de óculos inteligentes com IA para detectar e atribuir a interação do usuário com TODOS os anúncios, sejam físicos ou digitais.

Prepare-se para um futuro onde a computer vision e os wearables se unem à IA generativa para pôr fim à era do "achômetro", transformando cada pessoa em um sensor ambulante e redefinindo completamente a forma como as marcas entendem a atenção do consumidor.

🏃‍♀️ ️ RESUMÃO DO BRIFÃO ^{_{(o remember da semana)}}

🗸 Grandes empresas de tecnologia, como Apple, Google e Meta, estão competindo para transformar a ficção científica em realidade com tradutores universais. A Apple lançou os novos fones de ouvido AirPods Pro 3 com o recurso de “Tradução ao Vivo”. O Google equipou seu celular Pixel 10 com o “Voice Translate”, que traduz ligações telefônicas, mantendo o tom de voz do locutor. Já a Meta incluiu a tradução em seus óculos inteligentes Ray-Ban.

🗸 O número de auxílios-doença concedidos pelo INSS para ludopatia, o vício em apostas, aumentou 2.300% nos últimos dois anos no Brasil. O salto, de 11 casos anuais para 276, coincide com a popularização das apostas online no país. A maioria dos beneficiários são homens de 18 a 39 anos, que precisaram se afastar do trabalho por conta do vício.

🗸 A Nvidia anunciou que vai investir até US$ 100 bilhões na OpenAI, a empresa do ChatGPT. O acordo prevê que a grana será usada na compra de processadores da Nvidia, o que vai impulsionar o desenvolvimento de IA e fortalecer a parceria. Essa jogada cria uma superaliança que coloca a OpenAI à frente de concorrentes como Google e Amazon.

🗸 A Oracle anunciou uma mudança de comando: Safra Catz está deixando o cargo de CEO após 11 anos e será substituída por dois co-CEOs, Clay Magouyrk e Mike Sicilia. A dupla, que antes liderava as áreas de nuvem e IA, terá como objetivo guiar a empresa para a “era da IA”. Catz, por sua vez, continuará na empresa como vice-presidente do conselho de diretores.

🗸 A União Europeia está investigando Apple, Google e Microsoft por supostamente não combaterem golpes financeiros em suas plataformas. A apuração mira em anúncios e aplicativos falsos para proteger os usuários de fraudes, como parte da Lei de Serviços Digitais.

🗸 A fortuna de Larry Ellison, cofundador da Oracle, dobrou em 2025, chegando a quase US$ 400 bilhões. Com isso, ele se tornou a segunda pessoa mais rica do mundo, atrás apenas de Elon Musk, superando o valor de mercado do Bank of America. O salto na riqueza de Ellison é reflexo da valorização das ações da Oracle, que subiram 97% neste ano, impulsionadas pelo papel da empresa no mercado de IA.

🗸 O Instagram, que pertence à Meta, atingiu a marca de 3 bilhões de usuários ativos mensais, se juntando a outros gigantes como Facebook e WhatsApp. O recorde foi confirmado por Mark Zuckerberg e Adam Mosseri. O crescimento da plataforma tem sido impulsionado pelo foco em recursos como Reels, DMs e recomendações, com planos de continuar investindo nessas áreas no futuro.

🗸 O Google lançou nos EUA o Search Live, uma ferramenta inovadora de IA que transforma a busca em uma conversa fluida e em tempo real. O recurso usa o modelo Gemini e permite que os usuários interajam com o Google através da voz e da câmera do celular. O objetivo é dar respostas mais imediatas e personalizadas, compreendendo o contexto visual e as perguntas do usuário, enquanto continua a exibir links para aprofundar a pesquisa.

✍️ A REDAÇÃO RECOMENDA

• Escrever é humano (livro, 200 páginas, em português)

  Para defender a escrita humana em tempos de IA, um escritor explora as engrenagens da imaginação, a busca pela voz própria e a carga ética da literatura.

• Dashboard não é estratégia, é um ponto de partida (evento épico, 16/10/25)

  No Analytics Summit 2025, especialistas da área vão mostrar como transformar números em decisões. Use o cupom THEBRIEF e garanta R$ 300 OFF no ingresso! [Cupom disponível para os 50 primeiros compradores.]

• Os oito odiados (filme, 160 minutos, dublado e legendado)

  Uma nevasca força um caçador de recompensas a se abrigar com sua prisioneira e um grupo de estranhos numa cabana, onde o confronto se torna inevitável.

• Entenda o autismo e não seja mais enganado! (vídeo, 17 minutos, em português)

  Especialista em autismo desmistifica a ideia de uma "epidemia" da condição, explicando que o aumento nos diagnósticos se deve a mudanças na definição e na percepção social.