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IA no RH
Seu próximo chefe pode ser um robô

15 de julho, terça-feira
Hoje, no Brasil, é o Dia do Homem. Mas calma que a gente explica, porque esse papo é sério: a data foi criada pra falar da saúde mental masculina, que é bem complicada. 75% dos casos de suicídio acontecem entre homens e quase metade deles não admite estar com problemas ou busca tratamento. Então se as coisas estão difíceis por aí, bora buscar ajudar, fazer uma terapiazinha, conversar sobre o que tá passando nessa cabeça que tudo vai ficar de boa. A quem precisar, sintam-se abraçados! 🫂
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CARREIRA & IA
IA no RH

Imagem: Giphy
Por André Gonçalves
Pensando em pedir aumento de salário ou cobrar aquela promoção prometida há tempos? É possível que o seu chefe vá consultar uma ferramenta de inteligência artificial generativa antes da resposta para decidir sobre seu pedido se você trabalha para uma empresa americana.
Conforme uma pesquisa da Resume Builder, que é uma plataforma com soluções para candidatos a vagas de emprego, cerca de 65% dos gerentes nos Estados Unidos já usam IA para auxiliar em suas tarefas. E quase todos os profissionais deste grupo (94%) confiam nas ferramentas inteligentes para tomar decisões relacionadas aos contratados.
Se liga nos números: o ChatGPT ainda é o bot preferido dos gerentes americanos, sendo escolhido por 53% deles. Para 29%, o Copilot é o assistente ideal, enquanto outros 16% apontaram o Gemini como a ferramenta principal e 3% disseram usar outras opções.
Entre os 1.342 gerentes entrevistados, 97% afirmaram que usam IA para criar materiais de treinamento, 94% para gerar planos de desenvolvimento dos contratados e 91% para avaliar o desempenho deles. Porém, a tecnologia também é acionada para definições mais importantes e, em alguns casos, pode até agir… sozinha.
🏙️ O gerente IA decidir
Na dúvida sobre como responder ao pedido de aumento de um determinado funcionário, 78% dos chefes relataram que pedem auxílio à IA, enquanto 77% consultam seu bot predileto quando precisam decidir sobre a promoção de alguém que está se destacando. As demissões também podem ter um pitaco das ferramentas inteligentes, como disseram 66% dos entrevistados.
Além disso, um em cada cinco gerentes permite que a IA tome decisões finais sobre o emprego dos funcionários sem qualquer intervenção humana, a partir dos dados fornecidos a ela. Ou seja, é o bot que define se alguém vai ganhar mais, mudar de cargo ou ser demitido, neste caso. Ele que vira, na prática, o seu chefe.
A boa notícia para quem não confia na tecnologia é que entre esses 20% que dão poder total à IA, apenas 5% fazem isso o tempo todo, 16% com uma certa frequência e 24% às vezes. Mas diante da possibilidade de erro, quase todos afirmaram estarem dispostos a intervir se notarem que o bot tomou uma decisão equivocada. Será?
Outro dado curioso levantado no estudo é que apesar da grande presença da IA no universo corporativo, somente um terço dos gerentes tem treinamento formal em relação ao uso ético da tecnologia no gerenciamento de pessoas. A maior parte (43%) teve orientação informal e 24% não passaram por nenhuma capacitação.
👨🏼🎓 Decisões automatizadas
Para Caroline Castrillon, mentora de liderança corporativa, os resultados do estudo sugerem que a adoção da IA pelos gestores é um caminho sem volta. As ferramentas inteligentes oferecem diversas vantagens na avaliação dos funcionários, como a capacidade de analisar milhares de pessoas simultaneamente, algo bastante útil para as grandes empresas.
A IA também agiliza a tomada de decisões, fornecendo relatórios completos e recomendações em minutos, bem como reduz a pressão sobre a liderança e o departamento de RH, com a automação de parte do processo de avaliação. Outro benefício é a eliminação de vieses, já que o bot decide com base em métricas de desempenho e critérios objetivos.
Em artigo na Forbes, a especialista destaca que os funcionários também se beneficiam ao pleitear um cargo novo, desde que entendam como a inteligência artificial avalia o seu trabalho. De modo geral, a tecnologia leva em conta aspectos como qualidade e entrega de resultados, participação e contribuição em reuniões, progresso em treinamentos e alinhamento de habilidades.
Com base em todo o histórico do subordinado, a IA pode, ainda, prever a chance de sucesso em posições de liderança, fornecendo insights para o gestor decidir. Mas para usar a inovação a seu favor, é necessário deixar o trabalho “visível” para a IA, documentando entregas e optando pelos formatos reconhecíveis por humanos e bots.
⌛ Os robôs vão dominar tudo?
Mesmo com todas essas vantagens, o uso da IA na gestão de pessoas envolve riscos, afinal a tecnologia também falha — recentemente, um agente de IA da Anthropic que atuou como gerente de loja, durante um experimento, deu prejuízo para o negócio. Os maiores problemas são o fornecimento de dados incompletos ou enviesados e a falta de transparência.
“A IA pode ajudar com insights baseados em dados, mas ela não tem empatia, julgamento ou contexto. Seus resultados refletem os dados recebidos, que podem estar distorcidos ou incompletos. As empresas precisam implementar essas tecnologias com responsabilidade para evitar problemas legais, proteger a cultura organizacional e manter a confiança dos colaboradores”, alertou Stacie Haller, consultora-chefe de carreira da Resume Builder.
Para a profissional que esteve envolvida com o estudo, manter o fator humano na tomada de decisões é essencial, apesar de toda a inovação oferecida. Além da supervisão, os gerentes devem auditar os sistemas de IA com regularidade, garantindo a equidade e a comunicação adequada sobre as decisões tomadas pela máquina.


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🤳🏼ChromeOS 🤝Android
Finalmente, chegou o dia! Sameer Samat, gerente de ecossistemas Android, revelou que o Google planeja unificar os sistemas operacionais Android e ChromeOS em uma única plataforma, e ainda falou sobre alguns avanços no Android 16 e melhorias no Android XR. A medida visa unificar e otimizar a experiência em notebooks e tablets, e claro, alinhar-se à estratégia da Apple.
🙁 IA desempregando novamente?
Os sites de emprego Indeed e Glassdoor vão demitir 1.300 funcionários, nada menos que cerca de 6% do quadro geral, adivinha por que: automatização por inteligência artificial. O CEO da Recruit Holdings, que controla as duas empresas, justificou que a IA está transformando o mundo e “exige adaptação”. As demissões concentram-se em áreas como pesquisa, desenvolvimento e RH, e a operação do Glassdoor será integrada ao Indeed.
🍊O tarifaço do Laranjão não para!
As tarifas de Donald Trump continuam tocando o terror e podem encarecer eletrônicos globalmente em cerca de 10%, devido a taxas de importação recíprocas e novas tarifas de 50% sobre metais essenciais à fabricação. Embora a data exata do aumento seja incerta, a pressão já está assombrando a cabeça dos fabricantes. Empresas como Microsoft e Dell anteciparam o cenário, aumentando a produção em 2024. A expectativa é logo mais os novos valores cheguem às prateleiras, e aí o pesadelo vai ser do consumidor.
💸Multa escandalosa!
Investidores da Meta buscam que Mark Zuckerberg e executivos paguem US$ 8 bilhões em multas pelo escândalo da Cambridge Analytica de 2018. Eles são acusados de violar um acordo de 2012 com a FTC sobre proteção de dados, o que já resultou em uma multa de US$ 5 bilhões em 2019. O julgamento, em Delaware, nos EUA, também investiga a venda de ações por Zuckerberg, com lucro de US$ 1 bilhão, sob suspeita de uso de informações privilegiadas.
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