Jornalismo briga com IA

⚡ O QUE VOCÊ VAI VER?

• Jornalismo briga com IA - matéria principal do dia

• De olho no TecMundo - matérias direto do nosso grande irmão

• Resumão do Brifão - o remember da semana

• A redação recomenda - dicas de conteúdos diferentões para consumir

• Frase do dia - para refletir, concordar, discordar e compartilhar

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JORNALISMO BRIGA COM IA

Por Igor Almenara

Primeiro, a internet espalhou informação pelo mundo. Depois, o celular enfiou essa informação no bolso de todo mundo. Agora, a inteligência artificial junta tudo, mastiga e cospe uma resposta pronta, feita sob medida para a sua pergunta. Você descobre qualquer coisa, de qualquer lugar, em segundos. Mas se chega de graça para você, quem banca essa festa?

Dois modelos sempre sustentaram o jornalismo digital: assinaturas e anúncios. Só que a IA entrou no jogo, catou matérias pela web e começou a entregar tudo sem que o usuário precise pagar ou ver banner. Resultado? Os sites ficam de dieta forçada — e o jornalismo, de inanição.

Não à toa a Folha de S.Paulo resolveu processar a OpenAI.

😇 Perplexity tentou ser boazinha

Enquanto isso, a Perplexity — dona do buscador que leva o mesmo nome — resolveu se antecipar. Em julho de 2024, lançou o Perplexity Publishers Program, que basicamente paga veículos jornalísticos com a receita dos anúncios exibidos nas respostas. Uma graninha que pinga cada vez que o conteúdo deles aparece.

E, em agosto, veio a cereja do bolo: o Comet Plus, um plano de assinatura a US$ 5 (coisa de R$ 27 no câmbio atual). Quem paga, acessa conteúdos de publicadoras parceiras. A empresa fica só com 20% do valor; os outros 80% vão direto para os veículos. O repasse é dividido em três caixinhas:

• Tráfego humano,

• Indexação em buscas,

• O trabalho dos agentes de IA (os bots que caçam conteúdo por você).

👀 Todo mundo ganha (ou não)

A ideia é simples: devolver audiência e receita para quem está morrendo de sede — os sites. Só que existe uma tensão de fundo. De um lado, redações que precisam de cliques para sobreviver. Do outro, empresas de IA que querem eliminar fricção e entregar a resposta perfeita sem te fazer sair da tela.

O problema é que, sem jornalismo, não tem dado novo para alimentar IA. E sem IA, a navegação na web segue sendo um labirinto de links, banners e paywalls. Ou seja: os dois lados se precisam, mas ninguém quer ceder.

No fim, é o básico da economia: almoço grátis não existe. E essa briga só vai ser vencida por quem tiver mais braço — ou, em bom português, mais dinheiro.

👀 DE OLHO NO TECMUNDO ^{_{(o grande irmão)}}

• Vazamento – Galaxy S26 pode 'copiar' iPhone e recarga magnética Qi2

• Armas tecnológicas – Novo míssil nuclear da China alcança qualquer lugar do mundo

• Google Fotos – Transforma imagens em vídeos realistas com Veo 3

• ChatGPT Plus – Claro vai oferecer o serviço em plano de assinatura

• US$ 425 milhões – Google terá que pagar ação sobre coleta de dados sem autorização

• Se passam por doutor – Chineses aplicam golpe de R$ 1 milhão no Brasil

🏃‍♀️ ️ RESUMÃO DO BRIFÃO ^{_{(o remember da semana)}}

🗸 O CEO da Nvidia, Jensen Huang, aposta que a IA pode levar a um regime de quatro dias de trabalho por semana, por aumentar a produtividade. Porém, ele alerta que isso não significa menos trabalho. Com a IA resolvendo tarefas rapidamente, as empresas terão mais ideias para explorar, e as pessoas ficarão ainda mais ocupadas, mesmo com uma jornada reduzida.

🗸 A Alibaba desenvolveu um novo chip de IA mais versátil para preencher a lacuna deixada pela Nvidia na China, devido às restrições dos EUA. O novo componente, ainda em testes, é fabricado em solo chinês, o que mostra o investimento pesado das empresas do país em tecnologia local para combater as sanções americanas.

🗸 O fundador da HubSpot, Dharmesh Shah, pagou US$ 700 mil à Anguilla para registrar o domínio .ai. O território britânico já faturou US$ 32 milhões com esses registros desde 2023, devido à alta demanda por domínios de inteligência artificial. Apesar do valor, Shah ainda aposta que os domínios .com continuarão valendo mais no longo prazo.

🗸 Hackers estão usando IA para roubar segredos e aprimorar ataques de ransomware. Um criminoso explorou uma brecha no chatbot Claude, da Anthropic, para roubar dados de 17 empresas e exigir resgates de até US$ 500 mil. A empresa de segurança cibernética ESET também descobriu o que chamou de "primeiro ransomware com poder de IA", que usa a tecnologia para executar ataques de forma mais eficiente.

🗸 A criptomoeda da família Trump, a WLFI, começou a ser negociada publicamente, avaliando a participação deles em cerca de US$ 5 bilhões. O lançamento do token em meio à campanha presidencial levanta questões sobre conflitos de interesse, mas a criptomoeda já se tornou a principal fonte de riqueza de Donald Trump, que defende uma abordagem menos rigorosa para o mercado cripto.

🗸 A Tesla está contestando um veredicto de mais de US$ 242 milhões sobre seu sistema Autopilot. A empresa alega que a decisão do júri da Flórida, que a considerou parcialmente responsável por um acidente fatal em 2019, vai “contra a lei e o bom senso”. Os advogados da Tesla argumentam que, se mantida, a decisão pode prejudicar a inovação e o desenvolvimento de novas tecnologias de segurança, insistindo que a culpa do acidente foi totalmente do motorista.

🗸 Um juiz federal ordenou que o Google compartilhe seus dados de busca com concorrentes, como pena por suas práticas anticompetitivas. O juiz recusou a ideia de forçar o Google a vender o Chrome, mas proibiu a empresa de fazer acordos de exclusividade e de vincular contratos da Play Store à distribuição de seus apps. A decisão visa diminuir o monopólio da gigante no mercado de buscas, mas o Google ainda pode recorrer.

🗸 Um funcionário da Microsoft foi encontrado morto no pátio da sede da empresa em Redmond, nos EUA. A polícia foi acionada na segunda-feira, após o corpo ser descoberto, mas afirmou que a morte não parece ter sido causada por um crime. A identidade e a causa da morte não foram divulgadas, e não há indícios de risco para a comunidade ou outros funcionários.

✍️ A REDAÇÃO RECOMENDA

• O sol é para todos (livro, 349 páginas, em português)

  Nessa história clássica, uma garota no sul dos EUA dos anos 1930 enxerga o mundo do preconceito enquanto seu pai, um advogado, defende um homem negro acusado injustamente.

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  Um papo com dois especialistas que te mostram como as tecnologias exponenciais estão abrindo um universo de oportunidades para empreendedores em qualquer lugar do mundo.