📰 Menos flores, mais cargos

dia da mulher, liderança e conquista de espaço

8 de março, Sexta 

Neste Dia das Mulheres, indicamos esta reportagem mara do Nexo Jornal que apresenta a biografia de três mulheres que deram os seus nomes na história do samba como compositoras, cantoras e personalidades desse ritmo tão BR. 

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Imagem: Giphy

Cadê o espaço que era meu? 

Quem vê a dominância masculina nas áreas de tecnologia pode esquecer que o setor já foi predominantemente feminino. Na primeira metade do século XX, surgiram as primeiras programadoras. Sim, “AS”, pois o projeto ENIAC era composto por mulheres. Porém, há cerca de 50 anos, governo e indústria notaram o poder da área e fizeram de tudo para retirá-las de lá. 

O tempo passou e chegaram as tentativas de reinserir meninas na TI. Mas, além desse movimento, é preciso dar espaço para que elas liderem. Algo que, apesar de pequenas melhorias, ainda precisa avançar. 

Quem não tem teto de vidro 

Segundo o relatório Women in the Workspace, da McKinsey em parceria com a ONG LeanIn.Org, mulheres brancas ocupam 21% dos cargos de liderança contra 61% de homens brancos. O cenário é ainda mais difícil para mulheres negras, que representam apenas 5% desses c-levels.  

Para quem vê o copo meio cheio, é de se celebrar que houve um crescimento, de 2015 para cá, de 17% para 28% nas mulheres ocupando cargos executivos. Mas a real é que o copo está meio vazio. Em 2022, para cada mulher promovida a diretora, duas saiam dos cargos nas empresas.

Os motivos variam desde mulheres que conseguiam melhores oportunidades às que deixavam o mercado de trabalho. Para se ter uma ideia, 43% das chefes sofreram burnout, contra 31% dos homens de mesmo cargo. O diagnóstico chega depois da falta de aceitação, preconceito, estereótipos e a não legitimação da liderança. 

Elas por elas 

Ainda tem um problema extra em companhias de tecnologia fundadas por homens. Em 2017, a pesquisa “Mulheres na Liderança Tecnológica” do Silicon Valley Bank (SVB) já apontava a bronca. Em startups, elas chegavam no máximo à chefia do setor de recursos humanos, financeiro ou marketing. 

Em empresas fundadas por mulheres, as líderes representam 47% das CEOs e 26% das diretoras de operações. Dá para dizer que uma mulher entende outra, pois as startups fundadas por elas também tendem a ter mais dificuldades de captar recursos do que aquelas criadas por homens — 27% contra 15%. 

No Brasil, segundo levantamento do BMA Advogados, apenas 1% das companhias abertas tem mulheres como CEOs ou presidentes de conselhos de administração. São apenas 16 executivas, sendo 14 à frente dos conselhos e apenas duas presidentes: Tarciana Medeiros, primeira mulher presidente do Banco do Brasil em mais de 200 anos da instituição, e Jeane Tsutsui, do Fleury. 

Por falar nele... 

A pesquisa “Women in the boardroom: a global perspective”, da Deloitte, analisou empresas de 51 países e separou dados específicos de cada um. Em Pindorama, o estudo observou um aumento de 1,8% nas posições de líderes ocupadas por mulheres, chegando a 10,4% em cargos de conselhos de administração (19,7% no total do mundo). 

As áreas com maior presença feminina são tecnologia, mídia e telecomunicações; bens de consumo; energia; manufatura e serviços financeiros, principalmente nos comitês de auditoria e governança. Só que o prazo médio de mulheres como membros dos conselhos segue menor que o dos homens, com 4,4 anos contra 5,8 anos. 

E agora, Maria? 

Todo ano, comentamos aqui no The BRIEF sobre o que as mulheres oferecem e recebem de volta do setor de tecnologia. Em pleno 2024, dá para ver que é um mito dizer que não são ambiciosas. Infelizmente, elas enfrentam "degraus quebrados", impedindo o avanço na carreira, e constantes microagressões. 

Para que conquistem cada vez mais espaço nos setores de liderança, elas precisam ter o trabalho reconhecido e a régua similar a dos homens. As empresas de tecnologia (e até outros setores) devem reconhecer os gargalos e enfrentá-los, com metas que permitam a ascensão na carreira delas. Ah, e no Dia das Mulheres, bora trocar flores e bombons por cargos de liderança. 

Imagem: Giphy

Bitcoin

Vale mais do que dinheiro 📀

A recente alta do bitcoin pode alterar os planos do Federal Reserve (Fed) norte-americano de reduzir as taxas de juros, segundo análise do JPMorgan. O banco aponta que a euforia em ativos de risco como o bitcoin pode resultar em taxas de juros elevadas por mais tempo. 

"Cortes prematuros nas taxas podem inflacionar ainda mais os preços dos ativos ou impulsionar outra onda de inflação", alerta o JPMorgan. A criptomoeda, inclusive, supera o ouro em termos de alocação em portfólios de investidores. Os novos ETFs de bitcoin no mercado à vista podem alcançar um patrimônio de USD 62 bilhões em breve.

Marko Kolanovic, do JPMorgan, sugere que a escalada do bitcoin acima de USD 60 mil, junto com recordes no mercado de ações, indica um acúmulo de "espuma" em ativos de risco. Esse cenário pode levar o FED a repensar cortes nas taxas de juros, evitando inflação adicional. Atualmente, o mercado espera pelo menos três reduções nas taxas em 2024, com a primeira prevista para junho.

Jabá de nós mesmos

Liderança é coisa séria

A verdade é que quem trabalha tem chefe — ou teve pelo menos uma vez na vida. Outra verdade é que nem todo mundo está pronto para ser chefe, mas tem horas que o mercado acaba fazendo escolhas pelas pessoas. É sobre isso — e sobre as polêmicas que vêm disso — que se trata o primeiro episódio da nova temporada do The BRIEFcast.

Mobilidade 🚘

Vruuum…

Ontem a gente falou que a Stellantis prometeu investir R$ 30 bilhões no Brasil até 2030. Mas essa não é a única grana que vai entrar de carro no País. Os investimentos no setor automotivo até 20232 podem chegar a R$ 95 bilhões e até passar para R$ 117 bilhões, segundo a Anfavea. 

Esse movimento foi acelerado recentemente com o programa Mover, do Governo Federal, que destinará R$ 19,3 bilhões para carros mais seguros e ecológicos até 2028. O efeito já é visível: só nesta semana, foram anunciados R$ 41 bilhões em investimentos. 

Além da Stellantis, dona da Jeep e da Fiat, também se comprometeram recentemente a investir na produção nacional a Toyota (R$ 11 bilhões), Volkswagen (R$ 16 bilhões), General Motors (R$ 17 bilhões) e a Great Wall Motor (R$ 10 bilhões). Outras montadoras como Hyundai, Renault e Nissan também incluíram o Brasil em seus planos de expansão. 

Geração $ 🤑

“Bom, xibom, xibom bom bom”

Acredite se quiser, mas os millenials estão prestes a se tornar a geração mais rica da história, com uma heranças estimadas em impressionantes USD 90 trilhões em propriedades e ações — segundo o The Wealth Report da Knight Frank. 

Nos Estados Unidos, o número de pessoas com fortunas acima de USD 30 milhões cresceu 4,3% no último ano. Mas claro que essa bonança está reservada principalmente para os já nascidos em berço de ouro, acirrando a desigualdade

Este cenário sinaliza grandes mudanças nas indústrias, como adaptações às preferências dos millenials, que estão mais focados em investimentos com propósito (66% deles, contra 49% da Geração X). A preocupação com as mudanças climáticas também dominam essa geração, influenciando fortemente seus hábitos de consumo e investimento. 

Conectividade global

Pinguim wi-fi 🐧

A revolução digital chegou ao lugar mais remoto da Terra: a Antártida. Graças ao Starlink, da SpaceX, a conectividade de alta velocidade agora é realidade nesse continente gélido. 

Matty Jordan, da Base Scott, é prova disso: seus TikToks sobre a expedição de Shackleton em 1907 alcançaram milhões, algo impensável há poucos anos. A solidão dos exploradores do passado, limitados a comunicações raras via navios, contrasta drasticamente com essa nova era.

O Starlink marca o fim de uma longa história de isolamento e dificuldades de comunicação na Antártida. Antes, tentativas de comunicação sem fio, como a de Douglas Mawson em 1911, enfrentavam barreiras imensas, desde tempestades a limitações tecnológicas. Agora, com satélites de Elon Musk sobrevoando o continente, cientistas e residentes podem compartilhar suas descobertas e experiências diárias com o mundo em tempo real.

TL;DR

Ainda mais little e mais BRIEF

🛜Se tem internet na Antártida, está faltando na sede da Google. O novo edifício "Bay View", focado em inteligência artificial generativa, enfrenta problemas de conexão sem fio inconstante, obrigando funcionários a dependerem de cabos ethernet ou hotspots de celular.

🔞As mudanças nas regras da União Europeia não estão afetando só as big techs: o Pornhub está reclamando que não se enquadra como "Very Large Online Platform" — o que o deixa sujeito a mais restrições. 

🥊OS EUA terão sua versão de Popó x Bambam: a Netflix vai promover uma luta entre Jake Paul e Mike Tyson

🚕A 99 lançou a "opção múltipla" para viagens, permitindo escolha simultânea entre 99Pop, 99Moto, 99Plus e 99Táxi em sete capitais, e promete expansão nacional até março.

A Redação Recomenda

Achados para ler, ouvir e assistir

Microgressão ou piada inofensiva? (leitura, 6min, em português) 
o texto é de Portugal, mas é adequado para o BR  

Como a A24 se tornou queridinha em Hollywood (vídeo, 9min55, em inglês) 
e quais estratégias foram adotadas para chegar lá 

Relatório: tendências de gestão de pessoas 2024 (e-book, no seu tempo, em português) 
para favoritar :) 

Ergonomia: qual a importância de escolher uma cadeira nova? (leitura, 4min, em português) 
spoiler: nem sempre a cadeira gamer é a melhor opção 

Sua autoestima é determinada por você. Você não precisa depender de alguém lhe dizendo quem você é  

Beyoncé

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