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📰 Meta, Musk e Memecoins
Big Techs mudam de rota na diversidade
7 de fevereiro, sexta-feira
Há 21 anos, Mark Zuckerberg e sua turma deram o pontapé inicial no que viria a ser uma das redes sociais mais influentes do mundo. O Facebook transformou a forma como as pessoas se conectam, compartilham informações e interagem online, marcando um antes e depois na comunicação digital.
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Imagem: Giphy
Inclusão de fachada
O Google decidiu abandonar suas metas de diversidade, alegando que precisa se alinhar às ordens executivas do governo Trump, que proíbem políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) em contratos federais. A gigante da tecnologia havia estabelecido em 2020 o objetivo de aumentar a presença de grupos sub-representados em cargos de liderança em 30% até 2025, mas agora afirma que não adotará mais metas aspiracionais.
A decisão reflete um movimento mais amplo no setor de tecnologia, onde empresas como Meta e Amazon também estão revendo suas iniciativas de diversidade diante da nova postura política dos EUA. O Google, que já registrou avanços na contratação de profissionais negros e latinos desde 2020, afirma que continuará investindo em escritórios fora do Vale do Silício e Nova York e manterá grupos de afinidade para funcionários de diferentes origens. No entanto, o fim das metas de diversidade marca uma guinada na abordagem adotada nos últimos anos.
A mudança ocorre em um momento de crescente resistência corporativa às políticas de DEI, impulsionada pela vitória de Trump e suas diretrizes contra o que chama de “discriminação ilegal”. Embora o Google afirme que segue comprometido com a equidade e oportunidades para todos, a decisão pode impactar diretamente a representatividade dentro da empresa e reacender o debate sobre o papel das big techs na promoção da diversidade no mercado de trabalho.
Alguém me desconfigurou
As vendas da Tesla na Europa começaram 2025 em marcha lenta — e com sinais de pane no sistema. Dados iniciais de janeiro mostram quedas drásticas em mercados-chave: -63% na França, -59% na Alemanha e -44% na Suécia. No Reino Unido, onde as vendas de elétricos cresceram 35% no mês, a Tesla andou para trás (-12%) e sequer colocou um modelo no top 10 dos mais vendidos.
O cenário se soma ao fraco desempenho de 2024, quando a marca já havia recuado 13% no continente. Entre os culpados estão a linha de produtos envelhecida e pouco diversificada da montadora, que aposta no facelift do Model Y para reverter o jogo. Já o Cybertruck, estrela recente da Tesla, sequer pode rodar nas ruas europeias devido a restrições de tamanho e peso.
Mas talvez o maior problema seja o próprio Elon Musk. O CEO tem se envolvido cada vez mais na política europeia, flertando com a extrema-direita e criando atritos públicos. Enquanto concorrentes ampliam seus portfólios, Musk segue apostando em cortes de preços e promessas futuras.
Bom xibom xibombombom
Por outro lado, Mark Zuckerberg está começando 2025 no modo turbo. O CEO da Meta já ficou US$ 40 bilhões mais rico só este ano, graças à disparada das ações da empresa, que subiram por 12 pregões consecutivos. O otimismo dos investidores com a estratégia de IA da companhia adicionou impressionantes US$ 235 bilhões ao seu valor de mercado, que agora beira US$ 1,8 trilhão.
Com isso, a fortuna de Zuckerberg saltou para US$ 248 bilhões, encostando em Jeff Bezos, que soma US$ 260 bilhões após um ganho de “apenas” US$ 21 bilhões em 2025. Ainda assim, ambos continuam bem atrás de Elon Musk, que reina absoluto no topo do ranking dos bilionários, com US$ 424 bilhões.
Enquanto isso, Larry Ellison (Oracle) e Bernard Arnault (LVMH) vêm mais atrás, com US$ 194 bilhões e US$ 191 bilhões, respectivamente.
"Solução? Eu tenho”
Matthew Prince, cofundador da Cloudflare, tem um plano ambicioso para reverter o colapso do modelo de negócios do jornalismo na era da IA: em vez de depender de assinaturas ou anúncios duvidosos, ele propõe que os grandes modelos de linguagem (LLMs), como os da OpenAI e Anthropic, paguem pelo acesso ao conteúdo que atualmente extraem de graça.
Segundo a Cloudflare, a OpenAI já acessa sites 250 vezes mais do que gera tráfego de retorno, enquanto a Anthropic chega a um absurdo 6.000:1. Prince acredita que bloquear esses bots por padrão pode forçar as empresas de IA a pagar pelo conteúdo, criando um novo mercado.
A ideia de Prince já começou a ser implementada com o AI Audit, ferramenta da Cloudflare que permite aos sites monitorar e bloquear crawlers de IA. Hoje, o bloqueio é opcional, mas em breve será a regra, tornando escasso o acesso dos modelos de IA aos dados da web. A lógica é simples: se todo mundo fechar as portas ao mesmo tempo, as big techs precisarão negociar pagamentos com os donos do conteúdo.
A mordida do DOGE
Elon Musk e o Departamento de Eficiência Governamental (o famoso DOGE) estão no centro de uma nova polêmica em Washington. Três sindicatos federais processaram o Departamento do Tesouro, acusando o secretário Scott Bessent de conceder acesso indevido a dados sensíveis ao time de Musk.
Segundo a ação, Bessent afastou um funcionário que resistia à liberação dessas informações e permitiu que o DOGE acessasse computadores do Bureau of the Fiscal Service, órgão que gerencia pagamentos e arrecadações do governo. A Casa Branca minimizou a controvérsia, afirmando que Musk segue todas as leis federais e que seu papel no DOGE é voluntário.
Trump, por sua vez, justificou o acesso aos dados como parte do plano de cortar gastos governamentais. Inicialmente, Musk prometeu economizar US$ 2 trilhões, o equivalente a quase um terço do orçamento federal de 2024, mas já reduziu essa meta para US$ 1 trilhão. Com Ramaswamy deixando o comitê no mês passado, Musk agora lidera sozinho a iniciativa de enxugamento da máquina pública.
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TL;DR
Ainda mais little e mais BRIEF
💸 Enquanto traders apostavam na criptomoeda TRUMP, exchanges descentralizadas e a blockchain Solana faturaram bilhões com taxas e aumento de transações.
⚖ O embate judicial entre Musk e Altman sobre o futuro da OpenAI pode durar até 2027, envolvendo disputas sobre controle da IA e bilhões em investimentos.
🤖 Falando em OpenAI, a empresa reformulou sua identidade visual, destacando um design mais “humano”.
🤳 Pra terminar OpenAI, a empresa - em parceria com a Jony Ive - quer criar um dispositivo para substituir os smartphones, mas o desafio tecnológico e a concorrência com Apple e Google ainda são enormes.
💹 A Nvidia sofre pressão com concorrência crescente e dúvidas sobre investimentos em IA, mas o Bank of America ainda aposta em forte recuperação em 2025.
🌎 O derretimento acelerado da Groenlândia redesenha a geopolítica do Ártico e pode elevar o nível do mar em até um metro ainda neste século.
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Onde há vontade, há um caminho. Temos a vontade para uma revolução mundial.
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