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Como serão as guerras?

8 de maio, quinta-feira

Hoje se comemora o Dia Nacional do Turismo no Brasil. Aproveita e testa aqui seus conhecimentos sobre esse país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza.

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INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

IA não vai criar guerras. A gente já faz isso muito bem sozinho.

Imagem: Giphy


Por Felipe Vidal

Skynet não deve nos destruir. Nem o HAL-9000, muito menos um Ultron da vida. As inteligências artificiais viraram o pesadelo moderno da destruição em massa, mas, se depender do nosso histórico, não é com elas que precisamos nos preocupar. A verdade é que estamos destruindo o planeta há séculos com a boa e velha inteligência natural.

A questão é: como as IAs estão sendo — e continuarão sendo — usadas como apoio estratégico em conflitos armados. Rússia vs. Ucrânia, Israel vs. Palestina, EUA vs. qualquer país com uma gota de petróleo. A IA já mudou os rumos das guerras. Só que talvez não do jeito que você pensa.

🪖Objeto de desejo

Segundo uma pesquisa da Verified Market Research, o mercado global de IA militar foi avaliado em cerca de R$ 98 bilhões em 2024 e a projeção é que ele ultrapasse os R$ 200 bilhões até 2031. Nada surpreendente. Há pelo menos uma década, EUA, China e Rússia vêm despejando bilhões para liderar essa corrida.

Em 2017, antes mesmo do boom das IAs generativas, Vladimir Putin já cravava: “quem controlar a IA, governará o mundo.” Depois da era nuclear e da era do petróleo, a nova disputa global tem um novo combustível: algoritmos.

E as chamadas “armas automatizadas” são o sonho de qualquer exército. De acordo com o Departamento de Defesa dos EUA, elas são definidas como “armas automatizadas que, uma vez ativadas, selecionam e abatem alvos sem intervenção adicional de um operador humano”.

Ainda não chegamos lá por completo, mas estamos perigosamente perto. Hoje, drones com controle remoto (e alguma supervisão humana) já fazem parte da rotina de guerra. Aí vem a pergunta: quanto tempo até que eles tomem decisões sozinhos?

💣Guerras continuarão sendo guerras

Armas de destruição em massa continuarão a existir. A diferença é que agora elas estarão mais “espertas” e com algoritmos capazes de aprender, rastrear e destruir com eficiência inédita.

Mas o perigo não está só na destruição, e sim no julgamento. Quem garante que uma IA consiga distinguir entre um terrorista e um civil no meio do fogo cruzado?

🎲 Dados são as novas balas

Mais do que armas físicas, o que movimenta a IA hoje é dado, muito dado. Na celebração de 50 anos da Microsoft, uma engenheira interrompeu o CEO da divisão de IA para acusar a empresa de “ter sangue nas mãos”. A denúncia veio acompanhada de alegações de que a companhia estaria colaborando com o governo de Israel no conflito contra a Palestina.

Não há confirmação de que Israel usa os servidores da Azure para fins militares. Mas não é segredo que tecnologias de IA já são usadas globalmente para mapeamento de alvos, espionagem e desenvolvimento de armas.

A IA militar não é apenas uma ferramenta, ela carrega ideologia. Os dados com os quais esses sistemas são treinados têm viés. E a gente sabe: quem controla os dados, controla a narrativa.

Em um cenário extremo, será que a IA vai optar pela paz ou pela destruição? A resposta não está no código, mas em quem programa. Somos nós, com nossos preconceitos e interesses que alimentamos essas máquinas. E isso, por si só, já é um baita problema.

Ajude o brifão a ficar ainda melhor. Quebra essa e responde a pesquisa!

🏃‍♀️ ️ Don't leave, just read (pra ler rapidinho)

O resumo que sai caro

☝️ O que rolou? O WhatsApp vai ganhar novas funções de IA generativa para resumir mensagens, traduzir conteúdos e até gerar imagens a partir de texto. Mas, para trazer a novidade, a Meta vai precisar de acesso a todas as mensagens, inclusive as criptografadas.

👀 Pra ficar de olho: A empresa diz que só vai usar as informações com o consentimento do usuário, mas ninguém aqui acredita em papai noel, não é mesmo? Com a novidade, o WhatsApp tem cada vez mais acesso aos nossos dados. O risco é que a empresa use novos recursos, aparentemente muito úteis, como cortina de fumaça para aumentar a vigilância. 

Já foi cedo


☝️ O que rolou? O cargo de prompt engineer — o profissional que cria comandos para falar com a IA do jeito certo — pode estar com os dias contados. Os modelos de IA estão se tornando mais intuitivos e eficazes em compreender comandos em linguagem natural, reduzindo a necessidade de alguém especializado em escrever “prompts perfeitos”. Segundo especialistas, a profissão que pagava até USD 300 mil por ano já está virando peça de museu.

👀 Pra ficar de olho: Se a profissão destaque de 2024 já está obsoleta, quais outras poderão desaparecer em poucos anos ou meses? Nas próximas edições vamos trazer uma reflexão mais aprofundada sobre isso. Fica esperto!

Convenção das IAs


☝️ O que rolou? A Microsoft anunciou que vai adotar o padrão A2A, criado pelo Google, para permitir que agentes de inteligência artificial "conversem" entre si. Com isso, IAs que hoje funcionam de forma isolada, tipo CoPilot e Gemini, vão poder trocar infos e executar tarefas em conjunto, mesmo que estejam em plataformas diferentes. Exemplo: um agente da Microsoft poderia agendar uma reunião para você enquanto um agente do Google redige os convites por e-mail. 

Outros provedores de modelos de IA, como o próprio Google e a OpenAI, também anunciaram a adoção do MCP no início deste ano. A decisão da Microsoft reflete um movimento mais amplo da indústria em direção a protocolos compartilhados para agentes de IA, visando facilitar a colaboração e a interoperabilidade entre diferentes sistemas e plataformas.

👀 Pra ficar de olho: Embora isso facilite bastante a automação da vida digital, também levanta questões sérias sobre vigilância, transparência e concentração de poder. Perguntas que ficam em aberto: como saber qual IA executou a tarefa? ou onde os nossos dados estão rodando? 

*ironicamente questionamos as próprias IAs sobre os impactos dessa notícia e usamos ChatGPT no processo de desenvolvimento da nota. Tudo com supervisão e edição humana, claro.

(A)IBM


☝️ O que rolou? Durante a conferência IBM Think, Arvind Krishna, o CEO da centenária, anunciou uma série de produtos e serviços de IA e destacou que esse segmento da empresa já está avaliado em USD 6 bilhões. Desde 2019, com a aquisição da Red Hat, a empresa iniciou sua transição de fabricante de mainframe para uma empresa de inteligência artificial. E os resultados já vieram, com as ações subindo 14% no ano. Fora isso, a adoção dessa estratégia trouxe economias anuais bem gordas, na casa dos USD 3 bilhões, enquanto a margem de lucro subiu 5%. Além da IA, a IBM também vem colocando uma grana e esforços na Computação Quântica. Segundo o presidente, eles vão investir pesado (USD 150 bilhões) nos próximos cinco anos nessas iniciativas.

👀 Pra ficar de olho: Em termos de força de trabalho, a IBM utilizou agentes de IA para substituir centenas de empregos em recursos humanos, mas contratou em áreas como programação, vendas e marketing. Krishna disse que, embora a IA automatize tarefas rotineiras, ela permite um maior investimento em funções que exigem pensamento crítico e interação humana. 

👀 De olho no TecMundo (o grande irmão)

  • Sexto sentido - Conheça o novo robô da Amazon que sente o toque de objetos

  • Novos recursos - Netflix muda visual em TVs e celulares e ganha busca por IA

  • O ano era… - O que aconteceu na tecnologia em 2015?

  • O papa é tech! - Conclave recorre a tecnologias para evitar vazamentos na eleição

THE BRIEFCAST
Treta ou mito geracionais: já ouviu falar?

Levamos esse papo pra 3ª temporada do The BRIEFcast.
Ep 1 já disponível no nosso YouTube.

🧠 Think Tank

Já parou para pensar em como estamos criando um grande inconsciente artificial com a IA? Isso porque muitas vezes as plataformas vão lembrar e saber coisas sobre a gente que nem mesmo a gente se lembra ou percebeu. Aqui um texto para pra reflexão.

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