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Missões espaciais de 2025

29 de maio, quinta-feira
Foi hoje que as observações de um eclipse solar confirmaram a teoria da relatividade de Einstein. Aqui trazemos oito exemplos da teoria - na vida real - para finalmente você entender. De nada.
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ESPAÇO
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Imagem: Giphy
por Nilton Kleina
Tá vendo aquela Lua que brilha lá no céu? O nosso único satélite natural nunca foi esquecido, mas 2025 tem sido especialmente importante em termos de missões espaciais não tripuladas tendo ele como destino final.
De repente, um congestionamento digno de São Paulo se formou e o calendário de lançamentos de sondas para órbita ou solo lunar já está recheado neste ano. Tem todo tipo de interesse envolvido nessas missões, do científico ao comercial, com algumas consequências para os próximos anos.
Próxima parada
Não é Guerra Fria de novo, mas os motivos para a viagem são muitos: pesquisas geram avanços na ciência (como exploração do solo, energia e Física) e direcionam inovação para outros setores, há um potencial na exploração de recursos da Lua e, do ponto de vista dos países, é forma de demonstração de poder tecnológico.
Uma diferença agora é a estratégia da NASA. Ela incentiva empresas a fazerem os próprios lançamentos, alguns com cargas e instrumentos científicos da agência dos EUA, em vez de bancar tudo sozinha. O programa Serviços Comerciais de Carga Lunar (CLPS) já tem 14 parcerias estabelecidas, com contratos que chegam no máximo a US$ 2,6 bilhões e são pagos até 2028. É uma carona bem cara, mas que funciona para os dois lados.
E não pense que só os EUA cresceram os olhos para cima da Lua: a China foi em 2024 a primeira a coletar e trazer para o planeta solo do famoso lado mais distante da Lua, mas o próximo lançamento, o Chang'e 7, deve ficar para o ano que vem. A Índia também prepara uma nova missão só para 2027, a Chandrayaan-4.
Save the date
As viagens que já partiram, terminaram ou estão em andamento na Lua em 2025 são as seguintes:
Lunar Trailblazer: uma pequena sonda espacial da NASA para orbitar o satélite e fazer mapeamentos de água e gelo em crateras. Em 27 de fevereiro, um dia depois do lançamento, teve problemas técnicos e perdeu contato com a central de controle;
Blue Ghost Mission 1: missão privada da companhia Firefly Aerospace, com lançamento da SpaceX. Pousou com sucesso em solo lunar em março e ficou duas semanas em funcionamento até perder energia;
IM-2 "Athena": a sonda da Intuitive Machines é a sucessora do primeiro módulo privado a chegar com sucesso na Lua e carregava equipamentos para perfurar o solo lunar em busca de gelo. Em março, ficou na posição errada ao pousar e não chegou a cumprir a missão;
Hakuto-R Mission 2 "Resilience": projeto japonês de uma empresa chamada Ispace, ela escolheu um trajeto mais econômico até a Lua e só tentará o pouso no começo de junho;
E tem ainda quem está na fila e pretende fazer o lançamento em 2025:
Blue Moon Mk-1: módulo espacial da Blue Origin, a empresa de Jeff Bezos, que pretende levar carga e também passageiros no futuro. A primeira encomenda da NASA deve ser lançada ao espaço no segundo semestre;
IM-3: outro lançamento da Intuitive Machines, agora para testar instrumentos científicos mais avançados. Programado para o fim de 2025;
Griffin Mission-1: missão da empresa Astrobotic que originalmente levaria um rover da NASA, que desistiu da missão e foi substituída por um veículo da companhia Astrolab. A ideia é explorar e testar tecnologias de um futuro equipamento de grande porte, com lançamento também previsto para o fim do ano;
Lunar Pathfinder: um projeto da agência espacial europeia para orbitar a Lua e atuar na comunicação entre a Terra e módulos que estejam no satélite natural. Pode ser lançado no fim de 2025, mas há chances de ser adiado em um ano;
Percebeu a quantidade de problemas? Segundo a NASA, apenas cerca de 55% das 111 missões lunares entre 1958 até 2023 foram bem sucedidas. O resto deu errado ou passou de ano raspando, cumprindo parcialmente os objetivos.
E isso acontece pela alta complexidade da missão, fatores climáticos ou técnicos que fogem do controle dos cientistas e até a ousadia e alegria da humanidade. De uns anos para cá, os lançamentos envolvem mais carga, veículos de maior porte e tentam pousar em locais de mais difícil acesso, com maior potencial de exploração.
Apesar de custar uma grana alta, até mesmo essas missões são consideradas bem sucedidas por serem um aprendizado: não dá para repetir o mesmo erro duas vezes.
Ausência confirmada
Percebeu do que a gente ainda não falou aqui? Todas essas missões não são tripuladas — e pode guardar o passaporte, porque cada vez mais fica evidente que essa não é mais uma prioridade.
Desde 1972, na missão Apollo 17, a humanidade não volta para a Lua. A expectativa era de que a NASA voltasse para lá em breve, mas isso agora depende também de um presidente conhecido por ser... imprevisível.
Na última revisão fiscal, Trump cortou 24% do orçamento total de US$ 24,8 bilhões da agência e 47% do orçamento científico. Ele ainda antecipou a aposentadoria de um foguete de lançamento para a Lua depois de uma única missão para voltar a fincar a bandeira na Lua: a Artemis 3, agora também ameaçada.
E já rolam algumas críticas de que as ações de Trump tenham ainda o dedo de outra pessoa: Elon Musk, conselheiro, ex-funcionário e financiador da campanha, que há anos fala em colonizar Marte — e de olho nos contratos para liderar esses esforços com a sua SpaceX.


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🏃♀️ ️ DON'T LEAVE, JUST READ (pra ler rapidinho)
👓 Google Parker
O Google está preparando o lançamento de seus óculos inteligentes com IA generativa, desenvolvidos em parceria com a Warby Parker. O dispositivo não vai depender de celular e contará com assistente de IA embarcado, visor discreto com informações em tempo real e comandos por voz. A previsão de estreia é 2026, com foco em aplicações como tradução instantânea, navegação, identificação de objetos e suporte contextual.
Por que importa? O Google quer disputar espaço num mercado onde a Meta e a Apple já se posicionam. A ideia é tornar a IA usável no dia a dia, sem telas, apps ou distrações.
🚗 Colisão
O acordo entre a Amazon e a montadora Stellantis (dona da Fiat, Jeep, Peugeot, entre outras) para desenvolver sistemas de software embarcados em veículos parou na estrada. O plano era integrar a Alexa e a AWS em um novo sistema operacional chamado STLA SmartCockpit, previsto para estrear em 2024, mas atrasos técnicos e tretas estratégicas azedaram a relação.
Por que importa? A corrida pelo carro conectado virou guerra de plataformas. As montadoras querem independência tecnológica, enquanto big techs querem dominar com seus ecossistemas.
🕵️ Tá preso!
A Polícia Civil de São Paulo localizou o autor do ataque hacker que, em fevereiro, derrubou os sistemas do Governo do Estado, segundo reportagem exclusiva do TecMundo. O responsável é um jovem de 22 anos, que agiu sozinho, a partir de Minas Gerais. O ataque afetou sistemas internos, e-mails e serviços digitais, o que deu ruim em órgãos como o Poupatempo. O hacker disse que a motivação era ideológica e, por isso, nem pediu resgate.
Por que importa? O caso deixa claro como a fragilidade das infraestruturas públicas no Brasil e mostra como um ataque individual pode derrubar serviços gigantes.
🕹️ Criptoboy
A GameStop, rede de lojas de games que virou meme de Wall Street, anunciou a compra de USD 500 milhões em Bitcoin como parte de uma nova estratégia financeira. A empresa falou sobre planos de lançamento de serviços de carteira digital.
Por que importa? A GameStop está tentando repetir o movimento de empresas como MicroStrategy e Tesla, que usam o Bitcoin como reserva de valor para chamar a atenção do mercado. Há quem curta, mas há quem veja isso mais como desespero do que estratégia.
✍️ A REDAÇÃO RECOMENDA
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Para engajar de verdade os funcionários, ensine-os.
O novo CTO (report, no seu tempo, em inglês)
5 mudanças de mentalidade para o novo perfil de CTO.
Tudo aquilo que o homem ignora, não existe para ele. Por isso o universo de cada um, se resume no tamanho de seu saber.
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