- The BRIEF
- Posts
- Nada de TCC com o ChatGPT
Nada de TCC com o ChatGPT
Universidades correm (ou ao menos deveriam correr) para se adaptar, restringir ou abraçar o uso da IA.


4 de setembro, quinta-feira
A Lei Eusébio de Queirós, sancionada em 4 de setembro de 1850, há 175 anos, foi uma medida crucial que proibiu o tráfico transatlântico de escravizados para o Brasil. A lei, batizada com o nome do então Ministro da Justiça que a propôs, marcou o início do fim do comércio de escravizados no país. Embora a escravidão só tenha sido abolida anos mais tarde, em 1888, essa legislação é considerada um passo decisivo do Brasil em direção à liberdade.
CONTEÚDO PATROCINADO POR BLIP ID

Imagem: Giphy
Se antes a inteligência artificial conversacional era só um burburinho, atualmente ela se tornou o motor central do e‑commerce, conduzindo desde a captação de leads até o fechamento de vendas, com eficiência e naturalidade.
E a nossa velha amiga não para por aí. De acordo com um estudo da MarketsAndMarkets, o mercado de IA conversacional seguirá em expansão, indo de US$ 13,2 bilhões, em 2024, para US$ 49,9 bilhões até 2030. Ou seja: as interações inteligentes, sejam por voz ou texto, já são o “novo normal”, e elas vão continuar salvando a pele (e o tempo) de milhares de pessoas.
Por isso, nada mais justo do que ter um palco à altura para discutir o que vem aí. Essa é a proposta do Blip id 2025: reunir os principais nomes do mercado para debater como as interações inteligentes estão moldando o futuro dos negócios.
👀 Quem avisa, amigo é
A quarta edição do maior evento de IA conversacional da América Latina acontece em 4 de setembro (sim, hoje mesmo), a partir das 9h.
Líderes de empresas como Meta, Google, Microsoft, Mercado Pago, SoftBank e muitos outros se reunirão para mapear os rumos da inteligência artificial na experiência do cliente em diferentes mercados.
Dá para acompanhar uma amostra do evento online, por zero reais, com direito a transmissão ao vivo dos principais palcos, talks com especialistas em IA conversacional e palestras e conteúdos desenvolvidos para uma audiência global.
⚡ O QUE VOCÊ VAI VER?
Nada de TCC com o ChatGPT - matéria principal do dia
De olho no TecMundo - matérias direto do nosso grande irmão
Don’t leave, just read - notícias importantes pra ler rapidinho
A sentença do Google
Você conhece o CAIO?
Morte misteriosa na Microsoft
Diretor financeiro da xAI pede pra sair
A redação recomenda - dicas de conteúdos diferentões para consumir
Frase do dia - para refletir, concordar, discordar e compartilhar
Recebeu a news de um amigo? |
IA
NADA DE TCC COM O CHATGPT

Imagem: Giphy
Por Nilton Kleina
Da segunda metade da década de 1980 em diante, quando os microcomputadores e os PCs pessoais se tornaram gradualmente mais acessíveis, a educação mudou de forma radical do ensino básico às universidades. O mesmo aconteceu quando veio a internet comercial (em 1995 no Brasil) e a explosão dos smartphones, em especial pós-2010.
Ou seja, não é nenhuma surpresa que a IA generativa também já provoque alterações significativas nesse ambiente. O ChatGPT, que foi a pedra fundamental dessa atual onda, tem quase três anos de vida (o que é menos que a maioria das graduações!), mas nesse período os avanços foram muitos nesse setor tão acelerado.
No ensino superior, de onde saem muitos futuros profissionais das mais variadas áreas, isso também está acontecendo em pontos bem específicos. Não, você não vai trocar o seu orientador por um chatbot, mas professores já devem estar preparados para que a universidade continue sendo uma conexão do estudante com o futuro na indústria ou pesquisa.
🕰️ Tempos modernos
ChatGPT, Claude, Gemini e derivados hoje são aplicativos instalados em smartphones ou rapidamente acessados em notebooks por universitários. Produzir relatórios, respostas, fórmulas e até apresentações de slides têm se tornado uma tarefa cada vez mais terceirizada para essas ferramentas.
O risco que muitos críticos apontam é o fim do pensamento crítico e das atividades criativas do ambiente acadêmico, com trabalhos entregues por meio de um copiar e colar que, muitas vezes, é enviado até com o prompt que foi usado.
Defensores da adoção da IA generativa no ambiente universitário, por outro lado, citam que esse uso pode ter um efeito positivo a longo prazo nessas instituições. A facilidade no uso de chatbots para criar conteúdos automatizados obriga professores a alterar métodos de ensino considerados antiquados para formas mais criativas de fixação de conteúdo e de avaliações, que precisam envolver esse raciocínio criativo para além da escrita de um relatório, por exemplo.
Aqui, estamos falando de adaptações realmente práticas, como avaliações de oralidade e até tarefas em papel e caneta com entrega em sala, ou até o uso de IA generativa na construção de testes, webapps e jogos que coloquem em prática o conhecimento adquirido. São alterações práticas e perfeitamente viáveis, longe de sonhos exagerados como “educação por avatares de IA”.
Para fazer professores respirarem aliviados: como argumenta a socióloga Tressie McMillan Cottom, na verdade os educadores agora são mais necessários do que antes — eles precisam lidar com essa sobrecarga de informações em sala de aula e ajudar estudantes a compreenderem um contexto. E também é necessário manter o fluxo da tarefa de aprender, como o ato de fazer conexões, analisar e responder mesmo estando errado, algo que um chatbot de IA hoje não permite ao entregar resultados prontos.
👷🏻 Muito trabalho pela frente
A que ponto estamos desse cenário? Uma pesquisa da Cátedra Oscar Sala da USP envolvendo mais de 150 instituições de ensino superior no país verificou que o uso da IA segue quase sem regulamentação no ensino superior brasileiro e sem padrões definidos sobre o tema, com poucas exceções.
Muitos docentes estão mais perdidos que cachorro em dia de mudança, sem saber ao menos se devem apresentar essas ferramentas em sala para justamente conscientizar os estudantes sobre riscos e possibilidades — o que seria um passo melhor do que fingir que elas nem sequer existem. Essa cartilha da Unesco, por exemplo, traz caminhos interessantes e conselhos para os dilemas éticos que surgirem.
E tem que correr, viu? Enquanto nem mesmo as instituições sabem como lidar, o que permitir e de que modo utilizar IAs generativas de forma padronizada, a exigência do mercado só cresce: novos colaboradores de setores como saúde, economia, comunicação e administração hoje ao menos precisam ter noção do potencial dessas plataformas e a universidade deve ser uma das portas de entrada para estudos mais pesados.


👀 DE OLHO NO TECMUNDO (o grande irmão)
Design inédito – iPhone 17 Pro Max vaza em vídeo; veja mais
Vazamento de dados – Cloudflare confirma leak após ciberataques em massa
Nova geração – China apresenta mísseis nucleares, drones e mais armas
Para instalar malware – Grupo Silver Fox ataca Windows 11
“Bom senso” – Tesla cita Musk para tenta anular multa em júri por acidente com o Autopilot
R$ 54 milhões – Disney vai pagar processo por coletar dados de crianças no YouTube
🏃♀️ ️ DON'T LEAVE, JUST READ (pra ler rapidinho)
👨🏻⚖️ A sentença do Google
Um juiz federal determinou que o Google deve compartilhar seus dados de busca com concorrentes como penalidade por práticas anticompetitivas. O juiz rejeitou o pedido do Departamento de Justiça para que o Google vendesse seu navegador Chrome, considerado uma medida drástica.
Em vez disso, a decisão proíbe a empresa de fechar acordos de exclusividade para a distribuição de seus serviços e de amarrar contratos do Play Store à distribuição de seus apps. Essa decisão, que o Google pode apelar, visa reduzir o monopólio da empresa no mercado de buscas.
🤔 Você conhece o CAIO?
A nova fronteira da IA, a IA Agêntica, se tornou a grande prioridade das empresas, e os CAIOs (diretores de IA) estão correndo para implementá-la. No entanto, esses líderes enfrentam o desafio de lidar com a confusão em torno do termo, já que o mercado está repleto de definições diferentes e empresas usando o termo para funcionalidades que já existiam, mas com um novo nome.
Além disso, eles precisam lidar com os riscos de segurança, já que a IA Agente pode cometer erros que se acumulam e levam a resultados desastrosos.
😨 Morte misteriosa na Microsoft
Um funcionário da Microsoft foi encontrado morto no pátio da sede da empresa em Redmond, nos Estados Unidos, na última segunda-feira, dia 1º. A polícia foi acionada por volta das 16h40, após o corpo ter sido descoberto.
O caso está sendo investigado, mas as autoridades locais afirmaram que a morte não parece ter sido causada por um crime, nem há indícios de risco para a comunidade ou outros funcionários da empresa. A identidade do funcionário e a causa da morte não foram divulgadas.
🧢️ Pediu o boné
O diretor financeiro da xAI, Mike Liberatore, deixou a startup de IA de Elon Musk após apenas alguns meses no cargo, segundo o Wall Street Journal. A saída dele ocorre em um momento de intensa competição entre empresas de IA, como OpenAI, Google e Anthropic.
Liberatore, que havia sido nomeado em abril, participou de uma captação de recursos de US$ 5 bilhões para a xAI. A saída dele segue a de outros executivos da empresa, como o cofundador Igor Babuschkin e o chefe jurídico Robert Keele.
✍️ A REDAÇÃO RECOMENDA
Escolha Seus Inimigos com Sabedoria (livro, 288 páginas, em português)
Em vez de focar nos concorrentes, este livro te ensina a usar a raiva dos seus "inimigos" (aqueles que duvidaram de você) para turbinar o seu negócio e alcançar o sucesso.
Impuros (série, 50 episódios, 5 temporadas)
Num Rio de Janeiro dos anos 90, um empresário com veia de bandido cria um império do crime e entra num jogo de gato e rato com um policial federal igualmente viciado em adrenalina.
Por que não podemos dividir por zero (vídeo, 7 minutos, em inglês)
Em matemática, a divisão por zero é o "buraco negro" das equações, mas a gente dá um jeito de contornar isso com um pontinho no infinito.
O futuro da IA não é substituir os humanos, mas sim aumentar as capacidades dos humanos.
O que achou da news de hoje? 🕵️Conte aí embaixo pra que possamos melhorar nosso conteúdo! |
Faça Login ou Inscrever-se para participar de pesquisas. |
Somos o The BRIEF, o briefing diário de inovação, tecnologia e negócios com inteligência e personalidade pra quem precisa estar por dentro de tudo sem perder tempo e o bom humor. Uma criação original do TecMundo.