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30 de outubro, Quarta
Foi em um dia assim, mas em 1888, que o primeiro registro de patente de uma caneta esferográfica foi emitido para John J. Loud. A ideia de Loud era criar um instrumento que escrevesse em superfícies ásperas, como madeira e couro, onde as elegantes canetas-tinteiro não chegavam. A invenção tinha uma pequena bola de aço que rodava para liberar a tinta, mas era grosseira demais para a escrita comum e acabou não conquistando o mercado. A patente, então, ficou no esquecimento… mas abriu caminho para o surgimento das “bic” que conhecemos hoje.
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Imagem: Giphy
Fofoca? Aceito
A semana começou animada com a nova troca de farpas entre Microsoft e Google. Em um post cheio de alfinetadas, a advogada da Microsoft, Rima Alaily, acusou o Google de bancar, às escondidas, grupos de fachada para descreditar a Microsoft e enganar o público e reguladores antitruste.
Um dos alvos é a Open Cloud Coalition, que, segundo Alaily, parece ser composta por pequenas empresas europeias de nuvem, mas que na verdade estariam ali só para disfarçar o verdadeiro chefe: o Google. A Open Cloud Coalition, diz a Microsoft, é mais um capítulo em uma série de campanhas “sombrias” bancadas pelo Google para confundir as autoridades reguladoras.
Um outro grupo mencionado é o CFSL, liderado pela ex-lobista do Google, Ryan Triplette. Já o Google, sempre sereno, respondeu dizendo que "apoiamos publicamente o CFSL há mais de dois anos" e que todos no mercado já trabalharam para “Google, Microsoft ou Amazon” em algum momento.
Futuro sombrio
O Medium, que sempre se gabou dos autores que escrevem na plataforma, está enfrentando uma invasão de posts gerados por IA, o que a coloca no epicentro de um embate digital.
Segundo uma análise recente da startup Pangram Labs, quase metade dos textos publicados ali são escritos por bots. Mesmo assim, o CEO do Medium, Tony Stubblebine, não está nada impressionado com os resultados da análise, afirmando que a maioria desses artigos não passa do spam. Sua lógica? Se ninguém lê, ninguém se importa.
Stubblebine diz que o Medium filtra esses textos com moderação humana e um sistema anti-spam robusto, impedindo que o “AI slop” chegue ao público. Mas enquanto o Medium tenta manter seu feed limpo, especialistas temem que a internet como um todo se torne cada vez mais uma versão do “Dead Internet Theory”: um vasto mar de conteúdo não-humano, onde encontrar um texto genuíno será quase tão raro quanto ver uma foto sem filtro.
Toda glória ao Jesus Caranguejo
Daí que você leu a nota anterior e ficou sem saber o que é AI slop. Calma que a gente explica: é aquele tipo de “lixo digital” que invade nossas timelines com imagens e conteúdos gerados por IA – tão absurdos que parecem saídos de um pesadelo cyberpunk.
Estamos falando das infames fotos de “Jesus caranguejo”, das crianças com membros extras e das manchetes sobre celebridades sendo presas, todas cortesia das novas e onipresentes inteligências artificiais generativas. É a evolução do bom e velho spam, só que agora com efeitos visuais dignos de memes surreais.
E o objetivo? Basicamente, atrair cliques e gerar tráfego para sites que vivem de anúncios, jogando na nossa cara uma overdose de bizarrices. O problema é que, no meio desse conteúdo “caça-clique”, material de qualidade acaba soterrado. Então, da próxima vez que topar com uma foto suspeita, respire fundo, investigue a fonte e talvez até aproveite o show de horrores, afinal, estamos todos presos no circo do slop.
Instabusca
Meta está entrando na guerra das buscas para reduzir sua dependência de Google e Microsoft, segundo uma reportagem do “The Information”. A empresa de Mark Zuckerberg estaria desenvolvendo um motor de busca próprio com IA, capaz de gerar resumos sobre eventos recentes no chatbot Meta AI, integrado ao Instagram e Facebook.
Hoje, esse bot ainda recorre ao Google e Bing, mas parece que a Meta já está a caminho de se livrar desse “apoio” — a empresa foi vista há meses com um web crawler coletando dados na internet. A ideia é que o novo buscador da Meta ofereça não só informações gerais, mas também localização, mirando até no Google Maps.
Além disso, a empresa fechou um acordo com a Reuters para usar notícias recentes como fonte, um movimento que traz credibilidade e tenta evitar conflitos legais (ao contrário de seu concorrente Perplexity, atualmente enfrentando News Corp nos tribunais).
TL;DR
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🎼 A Universal Music Group anunciou uma parceria com a startup Klay Vision para desenvolver o modelo ético de geração de música por IA, KLayMM, prometendo respeitar direitos autorais e colaborar com artistas.
📈 As ações da Tesla subiram 22% após aumento de 17% nos lucros do terceiro trimestre, impulsionados por vendas de baterias e créditos regulatórios, enquanto a empresa prevê novos modelos e crescimento de até 30% em 2025.
📚 A autora Margaret Atwood diz não temer a ascensão da IA generativa, considerando-a ruim para poesia e limitada na criação de ficção, mas alerta que, se fosse jovem e atuasse nas artes visuais, estaria preocupada.
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