📰 NFT de fã

tokens sociais, tiktok e empreendedorismo

15 de março, Sexta 

Quando você pensar no porquê uma empresa compra outra, lembre-se que hoje, mas em 1994, a Adobe Systems comprou a Aldus Corporation. Na época, a Aldus era dona do PageMaker, programa que facilitou demais a vida dos produtores de revistas e jornais e que gerou uma boa fonte de renda para a firma. Hoje, a solução foi substituída pela InDesign, um dos carros-chefe da empresa dona do Photoshop. 

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Imagem: Giphy

Fazer uma social 

Não, não voltamos no tempo. O ano realmente é 2024 e o boom dos tokens não fungíveis (NFTs) aconteceu em 2021. Agora, a bola é dos tokens sociais. Esses ativos são vinculados a criadores de conteúdos, marcas ou artistas. Tipo uma criptomoeda personalizada, que dá aos fãs ou membros da comunidade a oportunidade de desbloquear experiências. 

De acordo com o relatório The Social Token Report: The State of Social Tokens in 2023 da Purple Trader, grandes players estão investindo alto no novo ativo digital. São mais de USD 403 milhões em capital de risco investidos. Os fan tokens totalizaram USD 62 bilhões em vendas no ano de 2022, 17% de aumento em comparação ao ano anterior. E a tendência é continuar subindo. 

NãoFT

Olhando por alto, os tokens sociais podem parecer com NFTs, mas existem diferenças claras entre os dois. Lembre-se: tokens não fungíveis são propriedades únicas. Elas incentivavam a busca por coleções. Os sociais, por sua vez, podem ter a mesma função, sem serem diferenciados um do outro e podem ser trocados por experiências. 

Apesar de serem duas coisas distintas, eles podem ser combinados. Uma junção dos dois permite que criadores de conteúdo garantam sua propriedade intelectual e da sua imagem. 

Tem de limão e laranja 

Do mesmo jeito que os NFTs, os tokens sociais são baseados em blockchains e podem ser comprados nas exchanges, centralizadas ou descentralizadas. Uma das mais conhecidas atualmente é a Chiliz, desenvolvida pela Socios.com, vinculada ao futebol. Lembra da criptomoeda ether? A Ethereum criou a plataforma criptográfica Rally. 

Outro token social atual é o Whale, criado por Whale Shark, um colecionador de NFT que deu acesso parcial ao seu acervo com o token. Também há outras empresas crescendo rapidamente e alavancando os novos ativos digitais, como a incubadora Seed Club e a operadora de mercado Fyooz. Há ainda o BitClout, para que os donos dos tokens negociem suas propriedades. 

Vai um aí? 

Existem três principais categorias de tokens sociais. São eles: os de criador (ou pessoais, que são vinculados a alguém), os tokens comunitários (usados para governança descentralizada) e os de plataforma (que incentivam participação em sites e podem ser usados como gorjetas para criadores de conteúdo). 

Talvez, para fãs, os primeiros sejam os mais interessantes. E eles nem são algo novo. Em 1997, por exemplo, David Bowie emitiu Bowie Bonds, título que assegurou a renda de álbuns anteriores e pagou juros anuais de 7,9% até 2007, monetizando diretamente o trabalho do artista. Outros músicos, atletas e personalidades podem seguir, quase 30 anos depois, o caminho, oferecendo acesso a arquivos ou mesmo conversas por vídeo ou texto com os seguidores. 

Vale mesmo a pena? 

Claro, como bem lembra a história do guerreiro Joseph Klimber, que nem tudo são flores. Os tokens sociais têm riscos. Eles dependem da produção contínua de conteúdo do criador e isso pode levar esses profissionais ao esgotamento. Também existe a questão da regulamentação. Ou melhor, da ausência dela, já que os tokens sociais ainda não foram regularizados. E eles ainda podem se desvalorizar com o tempo. 

Por outro lado, os ativos oferecem aos usuários um envolvimento da comunidade, governança descentralizada, renda passiva, independência artística e oportunidade de investimento. Os "pontos de recompensa" ainda são melhores que os oferecidos por cartões de crédito, por exemplo, e, o uso de blockchain dificulta as transações fraudulentas. No fim das contas, a decisão pelo investimento nos tokens sociais fica a critério do comprador. 

Imagem: Giphy

SXSW 2024

Briefer que é Briefer sabe que tá rolando o South by Southwest Conference & Festival, o famoso SXSW. E a Inteligência Artificial, como era de se esperar, foi destaque. IA multimodal, agentes de autoaperfeiçoamento e wearables com assistentes de bordo foram algumas das tendências vistas por lá.

Tudo pode soar muito maneiro, mas a real é que alguns especialistas, como a futurista Amy Webb, fundadora e CEO do Future Today Institute, alertou a galera que com o uso cada vez maior de IA, a ética precisa de atenção. Ou seja, para que todas essas trends sejam bem aplicadas, vamos precisar de maior governança, alinhamento e respeito à privacidade. Um salve pra Amy!

Se você ficou curioso pra saber quais foram os outros temas bombásticos do evento, temos uma dica: a equipe do blog do Cubo Itaú esteve no SXSW 2024 e separou 10 tendências em alta nos próximos meses. Só clicar e ficar atualizado. De nada.

SXSW [2]

Pegou mal 🙁

Ontem a gente comentou que o público do SXSW aplaudiu o discurso dos cineastas Daniel Kwan e Daniel Scheinert, que debateram a perda de valor do lado “humano” no capitalismo moderno, via popularização da IA. Pois em outro evento, rolou o oposto. 

Antes da estreia da comédia romântica "O Dublê", foi exibido um vídeo com a jornalista de tecnologia Kara Swisher, falando maravilhas sobre a IA. Frases como "pare de resistir e aprenda sobre IA" e "use a IA para acelerar" ecoaram, mas o público, composto majoritariamente por escritores e atores, vaiou sem dó

Parece que não estão tão animados com a "revolução da IA", especialmente aqueles que enfrentaram greves em 2023 por temerem a perda de empregos devido à automação e à IA.  

TikTok

Pegou muito mal

Quem também não reagiu bem foi a China, no caso do projeto de lei aprovado pelos EUA que pode banir o TikTok do país se a empresa não for vendida para algum grupo norte-americano. Pequim acusou os EUA de "comportamento de bandido" e prometeu medidas para proteger seus interesses.

O projeto ainda enfrenta desafios no Senado, mas o presidente Joe Biden sinalizou que o assinaria. Enquanto isso, o CEO do TikTok, Shou Chew, promete lutar contra o banimento, incentivando usuários a defenderem seus "direitos constitucionais". 

Paralelamente, o ex-Secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, está formando um grupo de investidores para comprar o TikTok, caso a legislação seja aprovada. A situação põe em jogo 300 mil empregos e levanta questões sobre concorrência e segurança nacional. 

Empreendedorismo

Voz e vez

O poder do afroconsumo feminino no Brasil é um fenômeno que vem ganhando destaque. Representando 28% da população feminina do país, as mulheres negras, com suas demandas e critérios específicos, impulsionam um mercado vigoroso. Elas não apenas valorizam a ancestralidade e a diversidade, mas também buscam produtos que respeitem suas características físicas e culturais. 

Em um artigo para a Exame, a CEO da Plataforma PretaHub e presidente do Instituto Feira Preta, Adriana Barbosa, explica que essa força é evidenciada pelo poder econômico da população negra no Brasil, estimado em R$ 1,46 trilhão. As marcas que entendem e respeitam essa realidade ganham lealdade e preferência. Segundo uma pesquisa da PretaHub/Instituto Locomotiva, 97% dos consumidores negros seriam mais fiéis a produtos que valorizam a cultura afro-brasileira. 

No Festival Feira Preta, por exemplo, 98% dos consumidores valorizam a temática negra em produtos e serviços. O afroempreendedorismo e as marcas que atendem ao público negro estão, portanto, não apenas seguindo uma tendência, mas reconhecendo e valorizando um segmento essencial e influente do mercado brasileiro.

Cripto

Feito corda de caranguejo 🦀

O bitcoin continua sua subida, ultrapassando USD 72 mil pela primeira vez em sua história de 15 anos. Esse recente sucesso levanta uma pergunta crítica: será que outras criptomoedas seguirão o mesmo caminho? 

Observadores do mercado preveem uma possível "temporada de altcoins", onde lucros de investimentos em bitcoin e ethereum seriam realocados para ativos mais especulativos como solana e chainlink. Em períodos anteriores, o dinheiro chegou a fluir para plataformas blockchain como Cardano e tokens DeFi durante o pico da Covid em 2021.

Esse salto acontece após uma queda acentuada que levou à perda de mais de USD 2 trilhões no valor de mercado das criptomoedas. Agora, com o apoio de dez fundos negociados em bolsa (ETFs) de gigantes como BlackRock e Fidelity, o bitcoin mostra sua força resiliente no mercado financeiro digital.

Por outro lado, a introdução de ETFs regulamentados pode mudar a dinâmica do mercado, com investidores institucionais preferindo bitcoin e ether, potencialmente reduzindo a volatilidade e as negociações especulativas.

TL;DR

Ainda mais little e mais BRIEF

👨‍🔬 Em julgamento no Reino Unido, foi decidido que o cientista da computação australiano Craig Wright não é o inventor do Bitcoin, Satoshi Nakamoto.

🎤 Ontem a gente falou que o Elon Musk mandou cancelar o talk show que o Don Lemon faria para o X poucas horas depois de ser entrevistado. Mas quem assistiu, disse que não teve nada de mais… 

🚀 Na terceira tentativa, a SpaceX lançou com sucesso o foguete Starship, que, no entanto, se desintegrou durante a reentrada, após se separar do Super Heavy Booster.

📉 De acordo com a Serasa, 6,7 milhões de empresas começaram o ano inadimplentes. Uma delas é a Subway, que está devendo R$ 482 milhões por aqui e entrou com um pedido de recuperação judicial.

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dá para baixar 

O futuro pertence àqueles que se preparam para ele hoje.  

Malcolm X 

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