Novo ano de cara nova

harmonização, carro voador e manha

18 de janeiro, Quinta 

Você não clicou errado, briefer! Trocamos de plataforma e refizemos a nossa harmonização digital, que tinha lá os seus problemas (acontece nas melhores news). Desejamos que, com essa mudança, você possa ter uma experiência ainda mais positiva, fluida e inteligente com a gente. Depois conte o que você achou, beleza? 

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Imagem: Giphy

Demorou, mas voou 

Dentre as previsões erradas do filme De volta para o futuro II estão o uso do DeLorean voador e o tráfego nas nuvens em 2015. Demorou, mas, menos de uma década depois do esperado, o mercado de eVTOLs (electric vertical take-off and landing), os famosos ~carros voadores~, deve finalmente decolar ba-dum-tss. 

Empresas do Brasil e do mundo estão colocando em prática o plano. E pense em um mercado que vai gerar grana: o banco norte-americano JPMorgan já projeta um faturamento de USD 1,5 trilhão para 2040. As apostas sobre os carros voadores vêm das promessas das fabricantes do setor. 

De malas prontas

E esse é o caso da startup alemã Volocopter, que espera aprovação da agência reguladora aeroespacial europeia (EASA) para colocar o VoloCity no ar na abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, no final de julho. A aeronave elétrica de dois lugares fará três rotas na Cidade Luz, com alcance de 35 km. 

🌎Além dela, há a também além Lilium, que desenvolveu um veículo maior, para seis passageiros. Sem pressa, a firma quer a autorização da EASA em 2025. Lá fora, há outros exemplos, como a holandesa Pal-V, que entrega neste início de ano o primeiro lote de 90 veículos. 

O chinês EHANG 216-S, da Gohobby, promete maior adaptabilidade à cidade (e vai operar no nosso país). Marca mais conhecida, a Hyundai apresentou na CES 2024 o protótipo S-A2, capaz de fazer até 64 km e com previsão de chegada ao mercado em 2028. Nos EUA, a primeira certificação da Federal Aviation Administration (FAA) foi para o Model A, da Alef Aeronautics, que pode tanto voar quanto trafegar em vias terrestres (!). 

Made in Br

Apesar das rivais internacionais, as empresas brasileiras também querem lutar pelo mercado. E nessa briga tem cachorro grande. A Embraer conta com a subsidiária Eve no desenvolvimento do seu carro elétrico voador, cujo primeiro voo teste deve rolar ainda em 2024. Já foram quase 3 mil encomendas, mas as vendas só começam em 2026. 

Conceito do e-VTOL da Eve, subsidiária da Embraer. Fonte: Embraer/Reprodução

Operando comercialmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, a expectativa é atingir mais de 12 milhões de passageiros por ano até 2035. Cada veículo custará USD 3 milhões (cerca de R$ 14 milhões).  

a startup cearense Vertical Connect também está buscando seu lugar ao sol. O e-VTOL Gênesis deve entrar em operação também até 2026, com homologação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O diferencial do modelo nordestino é o valor: com custo de produção de R$ 1,5 milhão, ele deverá ser vendido por, no máximo, R$ 2 milhões.  

Quase Quinto Elemento

Os preços atuais são altos, mas analistas especializados em mobilidade e aeroespacial da McKinsey preveem um cenário em que os e-VTOLs serão mais acessíveis. 

As cidades estarão repletas de vertiportos (tipo os helipontos), espalhados pelos bairros como pontos de táxis. Só que, mesmo trabalhando com um futuro hipotético, esses experts mantêm o pé no chão: nada de viagens mais longas do que 240 quilômetros. Nesse caso, é melhor ir de carro ou pegar um avião mesmo.  

Sonhando com o pé no chão

Para Kersten Heineke (expert de sustentabilidade da consultoria), a experiência será complementar aos meios de transporte atuais. Ou seja, não deve substituí-los, mas rodar de modo integrado a apps de mobilidade: o último trecho seria complementado com um veículo pequeno e de baixa emissão, como bicicleta elétrica. 

Benedikt Kloss (expert em mobilidade), por sua vez, avalia que os e-VTOL vão, a princípio, operar com pilotos; depois devem contar com um controlador humano em solo, como ocorre com drones. E, só após essas etapas, devem rodar de modo 100% autônomo. 

Apesar do otimismo da indústria, há uma certa preocupação com o cronograma desses lançamentos, com previsões de 10 anos para voos mais frequentes. De todo modo, é uma área interessante, afinal as pessoas gastam mais de USD 400 bilhões anualmente em serviços de táxi e afins.

Voando, são mais USD 100 bilhões injetados. A oportunidade está no ar para queira agarrá-la. 

📲Chegou! 

A Samsung anunciou ontem (16) sua nova linha de celulares da série Galaxy S24, baseada em recursos de inteligência artificial. O repórter Wellington Arruda viu tudo de pertinho lá em San José, na Califórnia, e contou que o grande destaque dos aparelhos ficou na parte de software. 

“Os novos Galaxy S24 trazem recursos baseados em IA para comunicação, criação, produtividade e criatividade. No país, a empresa divide os lançamentos entre os chipsets Exynos 2400 (S24 e S24+) e Snapdragon 8 Gen 3 (S24 Ultra)”, explicou. 

Ainda nesse quesito, Arruda contou que os smartphones vão sair de fábrica com Android 14 e poderão ser atualizados até a versão 21 do sistema operacional.

Algo que deve ampliar sua competitividade em relação à Apple. O hands on e demais detalhes da família Galaxy S24 podem ser conferidos nesta matéria exclusiva. 

💰iSold 

Por falar na disputa, depois de uma corrida de 12 anos, a Apple ultrapassou a Samsung, assumindo o trono do mercado de smartphones com 20,1% de participação, enquanto a sul-coreana ficou com 19,4%.  

A Maçã nadou contra a corrente e aumentou suas vendas em 3,7%, com 234,6 milhões de iPhone vendidos. Enquanto isso, a Samsung exibiu queda de 13,6%.  

Dados da consultoria Canalys indicam que as vendas globais encolheram 5% em 2023, uma leve recuperação ante os –12% de 2022. Empresas como Xiaomi e Oppo sentiram o baque, mas a surpresa veio da chinesa Transsion, que cresceu 30,8% na Ásia.  

😤Manha de bilionário 

Elon Musk, o CEO da Tesla, quer avançar em IA e robótica. Mas, para isso, quer pelo menos 25% de controle acionário da empresa. Musk, que tem a fatia de 13% da montadora, ameaçou desenvolver essas tecnologias de maneira externa, caso o desejo não seja atendido.  

Seus comentários provocaram controvérsia, com críticas de que isso seria uma busca não só por poder e dinheiro, mas também apoio de investidores. O bilionário jura que seu interesse é garantir a quantidade certa de influência, e não enriquecer. 

🟣N possibilidades 

O Nubank atingiu a impressionante recuperação de 176% em suas ações desde sua baixa recorde, em junho de 2022. Em entrevista à Bloomberg o CEO, David Velez, disse que a estratégia de oferecer cartões de crédito de baixo limite e apps fáceis foi a chave para a atrair milhões de clientes na América Latina.  

E não dá para negar que deu certo: sua base de clientes dobrou para 90 milhões desde o IPO do roxinho, em dezembro de 2021.  

O banco digital ainda reforçou seu valor ao ter uma das ações mais populares dentre gestores de fundos no Rio de Janeiro e ganhar o apoio de nomes como Warren Buffett. Com planos de expansão para além da LatAM, o Nu promete seguir desafiando gigantes internacionais do setor.   

TL;DR

Ainda mais little e mais BRIEF

😡Mais um: CEO da Salesforce e dono da revista Time acusa empresas de IA de roubarem propriedade intelectual para desenvolver tecnologias. 

🚨O Google demitiu (de novo) centenas de funcionários, principalmente da unidade Large Customer Sales, responsável pela venda de publicidade para grandes empresas. Se esse povo está apertado, não está fácil para ninguém mesmo. 

💬A Amazon está testando uma ferramenta de IA que permite aos compradores fazer perguntas sobre produtos específicos — te poupando de ter que ler descrições detalhadas. 

📈A Levante prevê que o Ibovespa atinja 156 mil pontos até o final de 2024, salto de 21%, impulsionado pela queda da inflação, redução da taxa Selic e crescimento do PIB. 

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Descartes 

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