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O Brasil precisa atualizar o antivírus

País entende que cibersegurança é importante, mas esquece de fazer o básico no dia a dia

25 de julho, sexta-feira

Nessa data, mas em 1978, nasceu alguém muito importante para a ciência: Louise Brown, o primeiro bebê de proveta do mundo!👶🏻🧪 Completando 47 anos hoje, Louise foi concebida in vitro e inseminada em sua mãe Lesley Brown pelo fisiologista Robert Edwards e o ginecologista e obstetra Patrick Steptoe, todos britânicos. Pra saber mais sobre esse mundo fascinante da fertilização in vitro, chega aqui nessa matéria do nosso grande irmão TecMundo.

Enquanto inteligência artificial, conectividade e automação avançam no mundo dos negócios, o mercado imobiliário também precisou se reinventar. Morar bem, hoje em dia, vai além de localização: envolve a necessidade de uma infraestrutura preparada para a vida digital, com soluções que economizam tempo e espaços que acompanham o ritmo louco híbrido entre casa e trabalho. A procura por moradias mais inteligentes, conectadas e flexíveis é um reflexo direto de como estamos nos relacionando com a tecnologia.

E o novo empreendimento Triunfo Campo Belo mostrou que tá ligado nas tendências. Com infraestrutura tecnológica de ponta, ele facilita a vida de quem já trabalha com dados, videochamadas e milhares de abas abertas — no navegador e na cabeça — no dia a dia. A localização estratégica, próxima a eixos corporativos e ao aeroporto, só completa o combo. Se o mercado exige agilidade, morar em um lugar que entende isso é um bônus valioso.

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SEGURANÇA
O BRASIL PRECISA ATUALIZAR O ANTIVÍRUS

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Imagem: Giphy

Por Igor Almenara

O Brasil conquistou o 12º lugar no ranking global de segurança cibernética em 2024, de acordo com o Relatório de Cibersegurança 2025: Panorama e Insights, da Brasscom. Um avanço considerável? Talvez. Mas quando se lê o relatório com lupa — como qualquer gestor deveria — a realidade é menos heroica e mais contraditória.

Somos referência em inovação financeira. O Pix virou benchmark global e o Open Banking brasileiro é um dos mais robustos do mundo. Mas, ao mesmo tempo, o país continua uma vitrine ambulante de vulnerabilidades digitais. A cada novo protocolo implementado, uma nova porta aberta. É como construir cofres inteligentes e deixar a chave embaixo do tapete.

🏃🏻‍♂️ Investimos — mas corremos atrás do prejuízo

A projeção de investimentos em segurança cibernética até 2028 é de R$ 104,6 bilhões, segundo a Brasscom — um crescimento de 43,8%. Só em 2025, devem entrar R$ 21,6 bilhões no setor. A pergunta que paira é: estamos investindo por estratégia ou por desespero?

Os números de ataques sugerem a segunda opção: 38% da população brasileira foi alvo de golpe bancário ou tentativa em março de 2025. O custo médio de uma violação de dados? US$ 1,36 milhão. E, claro, 60 milhões de tentativas de ataques só em 2023.

Enquanto isso, a prioridade das empresas brasileiras ainda tropeça na execução. Segurança de TI é a segunda maior preocupação estratégica para 2025, mas aparece apenas em quarto lugar nas intenções reais de investimento em tecnologia. O típico caso de “quero muito, mas não agora”.

👷🏻 Tem pouca gente para trabalhar

Há boas iniciativas. O programa Hackers do Bem, liderado por SENAI-SP, RNP e Softex, com apoio do MCTI, pretende formar 30 mil profissionais em cibersegurança. O investimento? R$ 32,6 milhões. Parece muito, mas talvez seja pouco diante da dimensão do problema — e da escassez crônica de talentos no setor.

Para você ter uma ideia: em 2023, somente 1.849 profissionais de Segurança da Informação chegaram à formatura.

A taxa de crescimento de profissionais da área (16,1% ao ano) também é positiva, mas peca por ignorar funções complementares — como analistas, engenheiros e especialistas em infraestrutura. Enquanto isso, as vagas continuam abertas (e expostas).

Você tem um CISO? (não é dente, não, esse é “siso”; é um Chief Information Security Officer, claro). Se tem, sabe o que ele deveria fazer? O relatório mostra que muitos tomadores de decisão não compreendem completamente o que está em jogo. Segurança é prioridade nas tendências tecnológicas, mas isso não vira investimento real — fica no mundo das ideias.

A Brasscom resume com precisão desconfortável: o Brasil é um “early adopter, but late finisher”. Inova rápido, mas implementa mal. É um retrato fiel do cenário digital atual: empresas que embarcam em novas tecnologias sem o mínimo planejamento de segurança, como se bastasse instalar um antivírus premium e seguir em frente.

  • Quase todo mundo (97%) acredita que tecnologias avançadas, como IA, são fundamentais para se proteger de ataques cibernéticos, mas só um terço coloca essa ideia em prática;

  • 79% das empresas estão expostas a ataques cibernéticos — reconhecem, mas não fazem nada quanto a isso;

  • 66% relatam sobrecarga no setor, dado o aumento de incidentes.

Dá para resolver, sim. Mas tem que pensar. “A segurança cibernética é um compromisso organizacional que exige investimento, planejamento e engajamento de todos os níveis da empresa”. Você tá fazendo sua tarefa de casa?

Se quiser continuar a leitura, vale a recomendação: nosso grande irmão, TecMundo, elaborou um tanto mais sobre o relatório da Brasscom.

👀 DE OLHO NO TECMUNDO (o grande irmão)

  • Flips e Folds 7 – A Samsung iniciou a pré-venda dos dobráveis que chegam a partir de R$ R$ 6,7 mil

  • “Lei Elon Musk” – Boulos apresenta projeto que obriga big techs a pagarem usuários

  • Robô canibal – Cientistas criam robô que se desenvolve absorvendo peças de outras máquinas

  • US$ 464 milhões – Sony compra parte da Bandai Namco e o motivo não são apenas jogos

  • Não conhecia nem o CEO – Trump queria “quebrar” a Nvidia, até entender a dimensão da empresa

  • Melhor amigo? – CEO da OpenAI alerta sobre “dependência emocional excessiva” do ChatGPT

📄COLUNA (por Igor Lopes)

Sua mãe mandava você brincar lá fora, mas a nova geração está mais interessada em conversar com... inteligência artificial! Uma pesquisa reveladora mostra que mais da metade dos adolescentes usa companheiros de IA, e 31% deles consideram essa interação tão boa quanto a com amigos reais.

Descubra na coluna de Igor Lopes por que esse fenômeno está crescendo, os riscos por trás da tela (incluindo casos chocantes de trauma) e o que pais e reguladores precisam fazer para proteger os jovens nesse novo cenário digital.

Igor Lopes
Founder do Innovation Hub e co-founder do Transformação Digital e Canaltech. Jornalista com quase 20 anos de experiência em tecnologia e inovação, com passagens por eventos globais e colunas na BandNewsTV, ITForum, Terra, Times Brasil/CNBC e The BRIEF/TecMundo.

🏃‍♀️ ️ RESUMÃO DO BRIFÃO (o remember da semana)

🗸 Executivos de casas de apostas e do IBJR conversaram com o TecMundo, rebatendo críticas ao setor e à "desinformação". Eles defenderam o entretenimento das apostas, atacaram o mercado ilegal e as acusações da CPI das Bets e de outros setores. A entrevista completa está disponível no YouTube do TecMundo.

🗸 A Delta Air Linesusando IA generativa pra precificar passagens aéreas nos EUA, cobrindo 20% dos voos domésticos até 2025. A tecnologia da Fetcherr ajusta valores em tempo real, mas a prática já tá gerando polêmica, com muitos a chamando de "predatória" por preocupações com o encarecimento para os consumidores.

🗸 O ministro Fernando Haddad garantiu que o Brasil não vai ceder nas negociações com os EUA sobre o "tarifaço" de 50% de Trump, apesar do "ghosting" americano. Haddad prometeu um plano de contingência para setores afetados e acredita que a medida sem lógica comercial tem ligação com a "paixão" entre Trump e Bolsonaro.

🗸 Os índices S&P 500 e Nasdaq bateram recordes, puxados pela Alphabet e outras gigantes. Investidores estão otimistas com possíveis acordos para aliviar as tarifas de Trump, previstas para agosto. A alta reflete a expectativa de lucros corporativos mais fortes e consumo aquecido, tudo isso antes de balanços importantes da Alphabet e Tesla.

🗸 O governo brasileiro quer criar um "GPS nacional" pra diminuir a dependência de tecnologias estrangeiras, especialmente por temer que os EUA desativem o GPS aqui. Um grupo de estudos tem 180 dias pra propor um sistema de posição, navegação e tempo (PNT) brasileiro, buscando identificar vulnerabilidades e impulsionar nossa própria geolocalização.

🗸 A Reka AI, startup fundada por ex-pesquisadores do Google e Meta, arrecadou US$ 110 milhões em financiamento, atingindo valor de US$ 1 bilhão. Com apoio da Nvidia e Snowflake, a Reka desenvolve modelos de IA personalizados para empresas. A parceria visa integrar esses modelos e otimizar o uso das GPUs Nvidia, impulsionando a expansão da startup no mercado.

🗸 O crescimento dos data centers de IA, como o projeto Stargate, está gerando preocupações enormes com o alto consumo de água e energia. No Brasil, iniciativas do TikTok e Scala Data Center já causam medo de escassez hídrica e energética, além da falta de transparência. Balancear acesso e impacto ambiental é o grande desafio para o futuro.

🗸 O Nobel de Economia, Paul Krugman, rasgou elogios ao nosso Pix! Em artigo, ele destacou a eficiência, rapidez, baixos custos e a inclusão financeira que o sistema oferece. Krugman ainda comparou o Pix favoravelmente ao Zelle americano, criticando a lentidão dos EUA em adotar algo parecido, e o vê como um modelo para o futuro do dinheiro globalmente.

✍️ A REDAÇÃO RECOMENDA

  • Ascensão e queda (livro, 248 páginas, em português)

    Tomando 10 dos maiores impérios da humanidade, o autor Paul Strathern analisa a história do mundo por meio da hegemonia dessas superpotências.

  • vinte mil léguas (podcast, 3 temporadas, em português)

    Aqui, a ciência é compreendida por meio dos livros, como o clássico “A origem das espécies”, de Darwin. Conhecimento puro do mais fino!

  • Tubarão: por trás do clássico (documentário, 89 min, legendado)

    Um clássico do cinema de um ponto de vista novo. Entenda por que esse filme impactou o cinema.

Nosso bem mais valioso é a capacidade de proteger a nós mesmos, nossos direitos e nosso futuro em um mundo cada vez mais orientado por dados.

Timsux Wales, consultor de cibersegurança e pesquisador

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