O conto da IA milagrosa

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  • O quanto a IA economiza pras empresas?

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O CONTO DA IA MILAGROSA

Por Felipe Vidal

Desde que o ChatGPT furou a bolha em 2022, a indústria da tecnologia e os grandes investidores apontaram o caminho dourado pro futuro: IA. Três anos depois, a coisa parece ter saído um pouco de controle, e até mesmo chuveiro elétrico tem função inteligente — que, na verdade, sempre existiu e só ganhou uma roupagem nova.

Mas, como todo fenômeno da história da humanidade, a inteligência artificial é somente uma longa febre passageira? Pode até ser que não seja febre, mas segundo os cabeças do MIT, essa história de IA já está dando uma dor de cabeça pra muitas empresas que devem estar se perguntando onde está o pote de ouro prometido?

O relatório “The GenAI Divide: State of AI in Business 2025” tem um dado muito legal. Esse levantamento explica que 95% das organizações que investiram em projetos de IA generativa não estão obtendo retorno — parece que o tiro saiu pela culatra.

🛒 Na volta a gente compra

A pesquisa do pessoal do MIT sugere que apenas 5% dos investimentos em IA estão gerando algum tipo de retorno. Como você já deve imaginar, esses investimentos não são nada pequenos e giram em torno de uns R$ 200 milhões.

Um dos problemas dessa adoção desenfreada na IA está na implementação. Sim, muitas empresas começaram a adotar ferramentas de IA, mas poucas delas conseguiram caminhar pra uma boa implementação. Como essa aplicação não está sendo realizada, essas companhias recorrem a soluções genéricas, como o ChatGPT.

Esse é basicamente um padrão de “só estou dando uma olhadinha” quando você entra na loja. A empresa X começa a testar, gosta do piloto, mas na hora H dá pra trás e recorre ao GPT. O motivo? A integração é complicada, precisa se adequar ao fluxo de trabalho, etc., etc., etc.

O MIT explica que os pilotos são um tipo de vilão nessa brincadeira. Somente 5% das ferramentas de IA corporativas personalizadas chegam à produção. Já os chatbots, como o Copilot e ChatGPT, são fáceis, flexíveis, todo mundo conhece e são tranquilos pra implementar. Mas será que eles in natura suprem as necessidades daquela empresa?

Mas, como o que mais existe é empresa pão dura por aí, o relatório demonstra que tem muito funcionário usando ferramentas de IA pessoais pra automatizar seus trabalhos. Enquanto apenas 40% das empresas entrevistadas disse ter comprado algum modelo de linguagem, 90% dos funcionários fazem uso regular de alguma ferramenta de IA. É muita coisa.

🍝 Sem almoço grátis pra empresas

Um caso explicado no relatório fala de um advogado em uma firma de médio calibre que gastou US$ 50 mil pra implantar uma ferramenta de análise. Mesmo assim, o profissional preferiu seguir usando o ChatGPT porque era mais flexível e ele podia direcionar a conversa pra onde queria, diferente do recurso contratado, bem mais travado.

Isso me faz questionar ou pensar em três aspectos da IA no mundo corporativo. Primeiro, o ChatGPT é realmente algo revolucionário no trabalho mundial. Segundo, as empresas caíram em um conto de fadas e só estão se dando conta agora? Terceiro, a IA generativa me lembra um time de futebol brasileiro.

O ChatGPT é um sucesso absoluto, então não preciso me alongar nessa parte. Porém, o fato das empresas descobrirem que simplesmente implantar IA em seu ecossistema não vai resolver os problemas é cômico. Mais cômico ainda deve ter sido a reação desses CEOs e investidores, já que apenas 5% dos investimentos dão algum retorno.

No fim, o relatório do MIT explica que muitas dessas funções que seriam totalmente feitas pelas IAs só podem ser feitas por humanos. Não há mágica, truques, ou invenções mirabolantes, quando o calo aperta e a tarefa é complexa, é o humano que vai fazer. Sim, a IA vai auxiliar na produtividade em alguns casos, mas não podemos pensar que essa tecnologia é a solução dos problemas corporativos.

Essa ideia das IAs generativas nas empresas parece futebol. Um time investe em um jogador caro, ganha títulos, triplica a receita, e todos os outros acham que vão seguir o mesmo caminho se também comprarem um jogador caro. A contratação vem, as derrotas aparecem, e o sentimento de frustração surge.

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🏃‍♀️ ️ DON'T LEAVE, JUST READ ^{_{(pra ler rapidinho)}}

💸 Perdeu a chance

A Tesla de Elon Musk rejeitou uma oferta de acordo de US$ 60 milhões em um processo judicial e, em seguida, perdeu o caso, resultando em um veredicto de US$ 243 milhões contra a empresa.

O caso envolvia a morte de uma pessoa e ferimentos graves em outra, causados por um acidente com um carro com o sistema Autopilot ligado. A Tesla negou qualquer irregularidade e disse que vai recorrer da decisão.

💰 Rumo ao Tetra Tri!

De acordo com uma análise da BestBrokers, a Meta pode ser a próxima empresa a atingir o valor de mercado de US$ 4 trilhões, talvez até 2027! A empresa está investindo pesado em IA e no metaverso, o que tem reconquistado a confiança dos investidores.

Outras empresas, como Broadcom, Amazon e TSMC, também estão na corrida pra alcançar essa marca. A briga mostra que o dinheiro está indo para as áreas de IA, chips e plataformas digitais.

🧑🏻‍⚖️ Processando DE NOVO (sim, de novo…)

Elon Musk está processando a Apple e a OpenAI (sim, novamente, ninguém aguenta mais isso), acusando as duas de formarem um "cartel" pra dominar o mercado de inteligência artificial. O processo, movido porsua empresa de IA xAI e pela X Corp., alega que a parceria entre a Apple e a OpenAI é uma conspiração pra sufocar a concorrência.

Musk continua afirmando que a Apple favorece o ChatGPT na sua App Store, o que prejudica rivais como o seu próprio chatbot, o Grok, e protege o monopólio do iPhone.

👀 Founder mode? Explica

Em um estilo de gestão que ele chama de "founder mode" (“modo fundador” no nosso belíssimo idioma), o CEO do Airbnb, Brian Chesky, gerencia diretamente entre 40 a 50 funcionários. Ele acredita que, em vez de delegar tudo, é essencial ter um relacionamento próximo com as pessoas que estão fazendo o trabalho.

Chesky e outros CEOs, como Jensen Huang da Nvidia, que checa a folha de pagamento de todos os 42 mil funcionários, defendem essa abordagem mais prática para manter a empresa ágil e focada.

🤖 IA: I am inevitable

De acordo com um relatório da Morgan Stanley, as empresas podem economizar quase US$ 1 trilhão por ano ao adotar a inteligência artificial. A análise aponta que a IA pode gerar benefícios líquidos anuais de US$ 920 bilhões para as empresas do S&P 500.

A maior parte dessa economia viria da redução de custos com pessoal e do aumento da produtividade. O relatório sugere que 90% dos empregos serão impactados de alguma forma pela automação, mas isso não significa que eles se tornarão obsoletos.

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