24 de janeiro, Quarta 

Começamos esta quarta de pré-feriado em SP com ela, a fofura felina: pega esta explicação sobre o hábito dos gatos de amassar pãozinho. 

Amy Webb ou Amy Lee? 

Já pensou viver sem smartphone? Não estamos falando em dar uma pausa no uso do dispositivo, e sim de ele desaparecer. Doideira, né? Mas essa é uma das apostas da futurista Amy Webb, que prevê essa mudança para até 2031 (!). A aposta da expert não é recente: rolou lá em 2018 em seu relatório anual Tech Trends Report.  

Já na época, Amy enxergava os próximos anos como um retorno à lógica dos aparelhos de funções individuais do final da década de 1990 e metade de 2000: como DVD/Bluray player, discman, iPod e afins. Pensou que o comeback estava só na calça cargo? 

Cada coisa em seu lugar 

Lá em 2021, falamos sobre uma tendência de desmembramento de recursos de smartphone. Essa transformação viria na esteira do crescimento de dispositivos sem fio, internet 5G e realidade virtual/aumentada/mista.  

No relatório de 2023, por sua vez, a futurista destaca avanços na “human interface” (“interface humana”, em PT-BR). Isso inclui tecnologias, como lentes de contato inteligentes, comandos por gesto (usando as mãos, cabeça e olhos) e interface computador-cérebro. 

Porém, ela recorda que esse desenvolvimento todo vem acompanhado de preocupações sobre questões de privacidade e ética.  

Chama a Gisele 

Já em sua carta anual aberta sobre tendências para 2024, ela ressaltou um forte comeback de vestíveis, usando o AI Pin da Humane como exemplo. Para quem não se lembra, esse é um pequeno dispositivo que traz alguns recursos de smartphone, cujo acesso ocorre por meio de um miniprojetor – ou seja, sem uma tela física.  

No entanto, o preço salgado (o mesmo de um celular comum) e falta de clareza sobre as vantagens em ter um AI Pin podem fazê-lo flopar. 

“Depois, há todos os avanços na eletrônica flexível: baterias finas e dobráveis vão chegar aos wearables e às roupas inteligentes. As baterias flexíveis, que utilizam materiais avançados como o grafeno, mudarão a nossa orientação para tudo, desde cuidados de saúde até moda”, completou ela.  

Ele não é bobo e nem inocente 

Parece tudo distante, contudo, tendências comportamentais apontam para essa direção “smartphoneless”. As redes sociais estão deixando de ser atrativas como eram antes: dentre as razões estão à volta de atividades ao ar livre, canseira de tanta tela e bombardeamento de informações. 

Enquanto isso, jovens voltaram a usar máquinas fotográficas analógicas e o dumbphone (celulares sem recursos de smartphone) passou a ser uma alternativa para pessoas que querem fugir do online “full time”. 

Update de iPod 

Mas não dá para generalizar. O Brasil, por exemplo, é o terceiro maior consumidor de redes sociais, de acordo com um levantamento da Comscore, firma de análise de internet. Isso representa 131,5 milhões de pessoas. As três plataformas mais usadas são YouTube, Facebook e Instagram, respectivamente. 

Será que em longo prazo isso faria as pessoas a optarem por dispositivos com funções diferentes do que um smartphone novo todo ano? De cá, a gente só sonha com um pequeno aparelho de reprodução de música com app do Spotify (não é publi). 

Dança das cadeiras 🪑💃

O Nubank tem novidades na chefia: Livia Chanes, ex-country manager, agora é a CEO da empresa no Brasil. Enquanto isso, Cristina Junqueira, cofundadora que ocupava o cargo, vai focar em espalhar o roxinho pela América Latina, com olhos bem abertos para o México e Colômbia.  

Chanes entrou na empresa há quatro anos como VP de Produtos e agora assume o comando prometendo manter seu ritmo acelerado. Engenheira formada pela USP, ex-McKinsey e ex-Itaú, ela vai fazer parte também da diretoria executiva da Nu Holdings, o grande guarda-chuva por trás do Nubank. 

Job garantido 🤖💼 

Ei, você aí preocupado com a IA roubando seu emprego, pode respirar aliviado. Um estudo do MIT mostrou que, por enquanto, essa tecnologia não vai substituir a maioria das profissões, pois, em boa parte dela,  contratar uma pessoa sai mais barato do que obter uma máquina.  

Por enquanto, podemos ficar tranquilos e deixar a IA fazer o que faz de melhor: nos ajudar, não nos substituir!

Coreôs em baixa 🙅‍♂️

O TikTok está enfrentando um dilema, de acordo com uma análise do Sensor Tower, firma de inteligência de mercado. Apesar de arrasar em downloads e gastos dos usuários, em 2023 o app não conquistou o topo em usuários ativos, perdendo para o bom e velho Facebook e sua turma. 

O TikTok Shop até bombou entre os vendedores, porém o excesso de anúncios afastou a galera compradora. 

Assinar > comprar 💵

O relatório “GXI 2024”, publicado pela Equinix, companhia global de infra, estima que 80% das empresas vão operar sua infraestrutura digital por meio de serviços baseados em assinatura até 2026.

Essa mudança  está relacionada à alta demanda por tecnologias cada vez mais robustas e que necessitam o processamento de grandes volumes de dados, como IA, 5G e computação de alto desempenho. 

Ou seja, optar por serviços de assinatura nesse contexto está também, segundo o report, servindo como recurso competitivo em diversos ecossistemas digitais.
 

TL;DR

Ainda mais little e mais BRIEF

👎Um estudo da AWS AI revelou que mais da metade do conteúdo da internet é traduzido por máquinas, muitas vezes com qualidade questionável.  

📳O gabinete do procurador-geral de New Hampshire, nos EUA, está investigando um suposto robô que imita a voz do Presidente Joe Biden e faz ligações para desencorajar eleitores a votarem na eleição primária. 

👨‍⚖️A Amazon foi multada em 32 milhões de euros na França por vigilância "excessiva" de funcionários, incluindo práticas ilegais de monitoramento de atividades.  

📈Hoje sim, hoje não, hoje sim! A Apple retomou o título de empresa mais valiosa do mundo, ultrapassando a Microsoft e beirando a marca dos USD 3 trilhões em valor de mercado. 

🌎A Honor e Oppo, fabricantes chinesas de celulares, estão se preparando para entrar no mercado brasileiro, com a Honor já montando equipe e planejando importações a partir de abril. 

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