🚀 O futuro é agora

YouTube vira TV, IA aprende sozinha, Wikipedia já escreveu o amanhã – e a BYD, Meta e Musk redefinem o jogo.

14 de fevereiro, sexta-feira

20 aninhos! Foi em 14 de fevereiro de 2005 que o domínio “youtube.com” foi registrado, dando início à plataforma de vídeos que revolucionaria a maneira como consumimos conteúdo online. Em pouco tempo, o YouTube se tornaria um dos maiores sites do mundo e parte essencial da cultura digital.

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Happy The Simpsons GIF

Imagem: Giphy

O YouTube agora é (quase) uma TV

Pela primeira vez, as pessoas estão assistindo mais YouTube na TV do que no celular. Segundo o CEO Neal Mohan, a plataforma já acumula mais de 1 bilhão de horas de conteúdo reproduzido diariamente nas telas grandes. Nos últimos dois anos, o YouTube se manteve como o serviço de streaming mais assistido nos EUA.

Esse crescimento não é por acaso: a empresa tem transformado sua interface para se parecer cada vez mais com uma plataforma tradicional de streaming. A versão para smart TVs ganhou recursos como comentários e descrições exibidos na lateral da tela, temporadas organizadas para facilitar a navegação entre episódios e até uma função para criadores adicionarem comentários em tempo real a jogos e eventos. 

O YouTube TV, serviço de TV por assinatura da empresa, ultrapassou 8 milhões de assinantes, enquanto YouTube Premium e Music já somam mais de 100 milhões de usuários. Apesar do aumento no preço da assinatura, a empresa promete continuar aprimorando recursos como multiview e Key Plays.

Honda e Nissan desistem de fusão

A fusão entre Honda e Nissan, que poderia movimentar US$ 60 bilhões e fortalecer a indústria automotiva japonesa contra concorrentes chineses, foi oficialmente cancelada. O plano, que incluía a Mitsubishi, estava em negociação há pouco mais de um mês e era crucial para a sobrevivência da Nissan, que enfrenta queda drástica nos lucros e teria apenas mais um ano de fôlego financeiro.

Em vez da fusão, as montadoras seguirão com uma parceria estratégica focada em veículos elétricos e inteligentes. Segundo comunicado oficial, a decisão foi tomada após os CEOs avaliarem as condições de mercado e os impactos da integração. No entanto, fontes próximas à negociação afirmam que o impasse veio de uma exigência da Honda para que a Nissan se tornasse uma subsidiária, algo que a marca não aceitou.

Apesar da recusa, a Honda claramente tinha mais poder na mesa de negociação: sua lucratividade cresceu 5% no último ano, enquanto os ganhos da Nissan despencaram mais de 90% em 2024. A empresa também já reduziu sua previsão de lucro operacional anual em quase 70%, o que levanta dúvidas sobre sua capacidade de enfrentar o futuro sem o suporte da fusão.

Meta desliza enquanto rivais tropeçam

Enquanto Amazon, Google, Microsoft, Apple e Tesla decepcionam Wall Street com resultados abaixo das expectativas, a Meta segue em disparada. As ações da empresa já subiram 22% este ano, impulsionadas pelo sucesso de sua estratégia de inteligência artificial, que tem impacto direto no tempo de uso das plataformas e nas vendas de anúncios.

Ao contrário de suas concorrentes, que investem bilhões em IA para atrair clientes externos, a Meta usa suas próprias ferramentas para melhorar a experiência dos usuários e impulsionar seu modelo de negócios. O resultado? Um aumento de 8% no tempo gasto no Facebook e de 6% no Instagram. Além disso, 4 milhões de anunciantes já utilizam as ferramentas de IA generativa da empresa, quadruplicando o número em apenas seis meses.

O grande trunfo da Meta pode estar na abordagem open-source da sua IA, com os modelos Llama atraindo atenção global. Embora o software seja gratuito, Mark Zuckerberg aposta que futuras licenças e restrições estratégicas podem transformar essa tecnologia em uma nova máquina de dinheiro. Com a chegada do Llama 4, a Meta busca consolidar sua liderança no setor – e, por enquanto, os investidores estão comprando essa visão.

Olho de Deus na mira

A BYD decidiu tornar seu sistema de assistência ao motorista, God’s Eye, um item de série em quase todos os seus futuros modelos – inclusive nos mais acessíveis –, sem custo adicional para os compradores. Com isso, a montadora chinesa aposta na massificação da tecnologia como diferencial competitivo, desafiando rivais como Tesla e Xpeng no mercado de veículos elétricos inteligentes. M

A estratégia segue a lógica de escala da BYD: ao equipar milhões de veículos com o God’s Eye, a empresa reduz custos e amplia sua base de dados para melhorar a tecnologia, algo essencial na corrida pela condução autônoma. A montadora também aposta em inteligência artificial, anunciando a futura integração de softwares da DeepSeek, a startup chinesa que vem sacudindo o setor de IA com modelos avançados e de baixo custo. 

O CEO da BYD, Wang Chuanfu, vê a direção assistida como o próximo must-have do setor automotivo, comparando sua adoção à popularização de cintos de segurança e airbags. A empresa, que vendeu mais de 4 milhões de veículos em 2024 e planeja chegar a 6 milhões este ano, também lidera uma guerra de preços que tem pressionado concorrentes menores. 

TL;DR

Ainda mais little e mais BRIEF

🚗 O Departamento de Estado dos EUA apagou discretamente a Tesla de um contrato de US$ 400 milhões para veículos blindados, em meio à crescente influência de Musk no governo Trump.

🧠 Um estudo mostrou que IAs aprendem melhor sozinhas, desafiando a necessidade de dados rotulados por humanos no treinamento.

💾 A Wikipedia já catalogou o futuro, prevendo desde a mineração do último Bitcoin até o fim dos oceanos da Terra.

👨‍💻 O sucesso da DeepSeek reforça a força do ensino chinês em IA, mas enfrenta desafios de um governo controlador e um mercado exaustivo.

O ser humano é formado por um espírito e um corpo, por um coração que bate ao som dos sentimentos.

Violeta Parra

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