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O ouro branco que dá choque no bolso

Vai ter bateria para todo mundo, sim!

22 de agosto, sexta-feira

Hoje é o Dia do Folclore no Brasil! Uma data para celebrar as lendas, os mitos, as festas e todas as histórias passadas de geração em geração. É o dia do Saci-Pererê, da Mula Sem Cabeça, do Curupira e de todos aqueles seres que fazem a gente ter um friozinho na barriga e, ao mesmo tempo, nos fazem rir. É sempre bom lembrar que valorizar nossa cultura é bom demais!

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MERCADO & TECNOLOGIA
O OURO BRANCO QUE DÁ CHOQUE NO BOLSO

Season 20 Singing GIF by The Simpsons

Imagem: Giphy

Por Igor Almenara

Se tem uma coisa que anda deixando investidores, governos e indústrias elétricos — literalmente — é o lítio. O minério virou a menina dos olhos do setor de baterias e está com os preços inflados no mercado global. Não é pra menos: sem ele, nada de celular, notebook, carro elétrico e muito menos plano verde para o futuro.

O jogo tem três frentes bem definidas: quem tem a reserva no quintal, quem consegue tirar o minério da terra e quem refina o material até virar bateria de consumo. E, nessa corrida, tem gringo pesado como a ExxonMobil (EUA), a Ioneer (Austrália), a EnergyX (EUA) e… uma brasileirinha discreta que você provavelmente nunca ouviu falar.

💰 Vale do lítio: o tesouro mineiro

A Companhia Brasileira de Lítio (CBL) nasceu em 1985 e opera desde 1991. Sempre low profile, a empresa passou até por uma repaginada de marca em 2024, mas segue quase invisível fora do circuito especializado. Só que o discreto pode ser valioso: a CBL explora o chamado Vale do Lítio, projeto do governo de Minas Gerais que inclui 14 cidades do norte e nordeste do estado, região com algumas das maiores reservas do país.

No início, a companhia atendia áreas como a indústria automotiva, de medicamentos, vidros e cerâmica. Mas foi em 2023 que ela mergulhou de cabeça na produção de carbonato de lítio (LCE), peça-chave das baterias modernas. Na época, 2/3 das 1,5 mil toneladas extraídas já tinham destino certo: alimentar a demanda das fabricantes de baterias.

🌎 Demanda global, preços explosivos

Pra ter ideia da fome mundial, só em 2023 a demanda internacional bateu 800 mil toneladas de LCE, segundo a InfoMoney. E a previsão é de que esse número chegue a 2 milhões de toneladas em 2030.

E se o mercado já estava aquecido, veio mais lenha na fogueira em agosto de 2025: a China suspendeu temporariamente a produção na mina Jianxiawo, a maior do país. O resultado foi um pico atípico no preço do minério — e claro, especuladores esfregando as mãos.

📡 Refino de peso e alternativas no radar

Na outra ponta do processo, gigantes como a Tesla estão torrando bilhões para construir refinarias próprias e garantir o abastecimento. Mas o setor também olha com carinho para alternativas: as baterias de íon de sódio, por exemplo, que têm um material 1.000 vezes mais abundante (e barato) que o lítio. A Bloomberg estima que até 2035 essa tecnologia substitua 272 mil toneladas da demanda de lítio.

🤷🏻 Por que isso importa?

Simples: toda a indústria de veículos elétricos depende do que está sendo decidido agora. Legislações ambientais e pressão comercial estão empurrando o mercado para baterias mais verdes e eficientes. E, se tem uma certeza, é que vai dar muito dinheiro.

👀 DE OLHO NO TECMUNDO (o grande irmão)

📄COLUNA (por Igor Lopes)

A próxima revolução dos computadores pessoais já começou: os AI PCs, equipados com unidades de processamento neural (NPUs), prometem mais que velocidade. Eles oferecem segurança e eficiência ao processar tarefas de IA localmente, sem depender da nuvem.

Descubra na coluna de Igor Lopes como essa nova categoria de máquinas garante mais privacidade, reduz a latência e aumenta a produtividade para consumidores e empresas, tornando-se a aposta ideal para quem busca renovar o parque tecnológico com uma infraestrutura preparada para o futuro.

Igor Lopes
Founder do Innovation Hub e co-founder do Transformação Digital e Canaltech. Jornalista com quase 20 anos de experiência em tecnologia e inovação, com passagens por eventos globais e colunas na BandNewsTV, ITForum, Terra, Times Brasil/CNBC e The BRIEF/TecMundo.

🏃‍♀️ ️ RESUMÃO DO BRIFÃO (o remember da semana)

🗸 O governo dos EUA está usando rastreadores secretos em remessas de chips de IA para evitar que cheguem à China. A medida, que já afetou produtos da Nvidia e AMD, busca coibir desvios e reunir provas contra empresas que burlam as restrições de exportação, intensificando a disputa tecnológica entre os dois países.

🗸 O CEO da OpenAI, Sam Altman, acredita que a Inteligência Artificial Geral (AGI) pode fazer as pessoas terem famílias maiores no futuro! Segundo ele, a tecnologia vai criar um mundo com mais recursos e tempo livre, permitindo que a sociedade se volte mais para a família e a comunidade, que são fontes de felicidade.

🗸 O cofundador do Nubank, David Vélez, vendeu 33 milhões de ações, o que rendeu cerca de US$ 432 milhões. Segundo a fintech, a grana será usada para planejamento de patrimônio de Vélez, que já prometeu doar a maior parte de sua fortuna. A venda rola após o banco digital ter um lucro líquido recorde de US$ 637 milhões.

🗸 Para combater trapaças com IA, o Google e a McKinsey & Company estão voltando às entrevistas de emprego presenciais. A medida quer garantir a autenticidade das respostas e avaliar as habilidades reais dos candidatos, que têm usado ferramentas de inteligência artificial para gerar respostas prontas em processos online.

🗸 Para acelerar na corrida da IA, Mark Zuckerberg está reorganizando a equipe da Meta, dividindo a divisão de inteligência artificial em quatro grupos. A ideia é focar em pesquisa, superinteligência, produtos e infraestrutura para competir com os rivais. A mudança, que pode levar à saída de alguns executivos, mostra que a Meta está disposta a tudo para se manter relevante no mercado.

🗸 No novo QG do JPMorgan em Nova York, a tecnologia é onipresente. O prédio de US$ 3 bilhões permite que os 14 mil funcionários entrem usando apenas a palma da mão e peçam café e comida por QR code. A ideia é usar a tecnologia para aumentar a produtividade da equipe, que agora trabalha cinco dias por semana no escritório.

🗸 Apesar da queda recente, a Nvidia deve apresentar um relatório de lucros que pode impulsionar suas ações, segundo analistas da Wedbush. Eles acreditam que a história da IA está apenas no começo e que ainda há muito potencial de crescimento. A Wedbush vê a queda como uma chance de compra, já que empresas e governos estão aumentando seus investimentos na área.

🗸 Preocupações com uma possível "bolha da IA" fizeram as ações de tecnologia caírem pela segunda vez, afetando empresas como Nvidia e Meta. A mudança no humor do mercado foi impulsionada por um relatório do MIT, que indica que a maioria das empresas não está tendo retorno com IA, e por um comentário de Sam Altman, que admitiu acreditar na bolha.

✍️ A REDAÇÃO RECOMENDA

  • Hollow Knight (videogame, para PC, Mac, Linux, Switch, PS4 e XOne)

    Mergulhe em um mundo de insetos superestilosos, explore cavernas sombrias e lute contra chefões bizarros pra descobrir os segredos de um reino em ruínas.

  • Inimigo meu (filme, 109 min, legendado e dublado)

    Nesse clássico do cinema, depois de um pouso forçado, um humano e um alienígena devem superar as diferenças para sobreviverem.

  • Caixa de pássaros (livro, 272 páginas, em português)

    Para sobreviver a um mundo pós-apocalíptico, uma mulher e seus filhos precisam fazer uma jornada perigosa, onde abrir os olhos pode ser a última coisa que eles fazem.

Quando você acredita no seu sonho e na sua visão, você começa a atrair seus próprios recursos. Ninguém nasceu para fracassar.

Myles Munroe, autor de best-sellers, pastor e palestrante bahamiano

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