📰 O que é, o que é

recorde doido, invisível e trilhão

26 de janeiro, Sexta 

Talvez você nunca tenha ouvido falar no nome de Vesna Vulovic. Mas saiba, briefer, que a jovem tem um dos recordes mais extremos já registrados. Reza a lenda que neste dia, mas em 1972, ela sobreviveu a uma queda de mais de 10 mil metros sem paraquedas, ocasionada por um acidente aéreo. Vulonic passou alguns meses hospitalizada e teve como sequela apenas uma pequena limitação de movimentos em uma perna.  Sobrevivente que chama. 

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Imagem: Giphy

Aquilo que você usa, mas não vê 

O seu acesso a recursos bancários e financeiros mudou nos últimos anos sem que você nem percebesse. E tudo isso é parte de um conceito chamado Invisible Banking (“banco invisível”, em PT-BR). 

Essa tendência permite automatizar transações do dia a dia em ambiente digital por meio de techs como IA. Ou seja, os processos se tornam invisíveis a partir do momento em que recursos e esforços físicos viram coisa do passado. 

Assim, operações que antes ficavam apenas a cargo dos bancos passam para a alçada dos clientes de maneira 100% digital – com menos telemarketing e filas 🙏. No Brasil, essa mudança foi acelerada pela pandemia, quando inovações importantes chegaram no pedaço: open banking, open finance e Pix. No futuro, ainda teremos o Drex (antigo real digital). 

Alexa, faz um Pix 

Um estudo da KPMG indica que para uma instituição bancária funcionar como invisible banking ela deve se apoiar em tecnologia, apelidada como “Enlightened Virtual Assistant” (EVA).  

Nessa esteira, a empresa projeta que até 2030 assistentes virtuais, como a Alexa, ganhem protagonismo na hora de realizar qualquer operação — empréstimo, transferência, pagamentos e afins. 

A consultoria também indica um futuro em que os apps de banco deixam de existir. Aliás, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, já deu a letra: isso acontecerá daqui um ano (!) no contexto do open finance.

No caso, será desenvolvido o superapp brasileiro, ambiente que integrará todo e qualquer serviço, produto e operação bancária em um só lugar. 

Como já deu para notar seremos menos dependentes de alguns recursos físicos, como agências bancárias, cartão de crédito, caixa eletrônico e cédulas de papel. 

Money, que é good... 

O Brasil é um belo exemplo nesse sentido: em 2023 a circulação de dinheiro vivo teve a segunda maior queda anual da história: recuou 0,2% (R$ 342,3 bilhões para R$ 341,6 bilhões), em relação ao ano anterior, de acordo com um levantamento do Poder 360.  

E, é claro, o Pix tomou o protagonismo não só do dinheiro como também do cartão de débito. Segundo uma previsão da firma de pagamentos Ebanx, o sistema deve abocanhar 40% do mercado brazuca até 2026. 

Pix e seus números (absurdos). Fonte: Agência gov/Reprodução

E, assim como rolaram outras iniciativas, essa novidade passará por um processo complexo de testes, integrações, melhorias e foco fortíssimo em segurança.  

Todo cuidado é pouco 

A invisibilidade do sistema também traz o risco de nos tornarmos alheios ou mais distraídos quanto à gestão da nossa grana. Assim criar recursos que ampliem o bem-estar financeiro para a população será essencial.  

Já o ecossistema bancário deve ampliar não só iniciativas de desenvolvimento tecnológico como também selar parcerias com fintechs e startups de diferentes segmentos.

O banco invisível deve, por fim, refletir-se (em parte) na sustentabilidade, pois exigirá menos recursos físicos, como falamos ali em cima. E aí, se animou com esse novo mundo do dinheiro? 

Show do trilhão 💵💵💵

A Microsoft entrou para o clube exclusivo dos “tri-trilionários” depois de bater, pela primeira vez, o valor de mercado de USD 3 trilhões — por motivos de IA.  O resultado coloca a empresa a um passinho da Apple no pódio das mais valiosas. No mundo das ações, é tipo uma corrida de Fórmula 1: ora a Microsoft ultrapassa, ora a Maçã retoma a liderança. 


Mudando um pouco de assunto, a empresa fundada por Bill Gates também demitiu nesta semana 1,9 mil colaboradores das divisões de games Xbox, ZeniMax e Activision Blizzard — recém-adquirida pela big tech por USD 69 milhões. A maior parte dessa galera trabalhava em produções como Call of Duty e Candy Crush. 

Não é só coisa da sua cabeça 🚩🚩

A saúde mental no trabalho virou um alerta vermelho, e uma pesquisa da Pipo Saúde, corretora de planos de saúde, com quase 9 mil pessoas dá o toque: quase metade tem risco de ter transtornos mentais. Condições como insônia, sedentarismo e sobrepeso são companheiros frequentes dessa galera.  

Os números não mentem: em 2023, as licenças ligadas à saúde mental subiram 38% em comparação a 2022. A pandemia ajudou a diminuir o tabu sobreo tema, mas a pressão e insegurança no trabalho continuam lá no alto.  

E as empresas? Bom, parece que só um terço delas oferece algum apoio na área nesse segmento. Ainda tem muito chão pela frente para transformar essa preocupação em ação de verdade nas organizações. 

Pal que nasce torto 🥁

Se você ainda não ouviu falar de Palworld, nós te desejamos boas-vindas! Como foi passar os últimos dias dentro de uma caverna? O game parece uma mistura de Pokémon com Zelda e já vendeu 5 milhões de cópias em poucos dias. 

Nele, você pode construir bases e conviver com criaturinhas chamadas Pals (calma pessoal da 5ª série!) que podem te ajudar para tudo, desde lutar até cuidar de afazeres. O famoso “pal para toda obra” (badum tss). 

E os altos números não acabam aí: Palworld virou febre no Steam, com 1,5 milhão de jogadores ao mesmo tempo e mais de 74 milhões de horas de jogo. Até Counter-Strike 2 e Dota 2 ficaram para trás. A grande expectativa vem sobre quando o processinho será movido pela Nintendo... 

Viagem à IA 🚀🤖

A Google Research anunciou nesta semana o Lumiere, IA que gera vídeos realistas a partir de um prompt de texto em apenas 5 segundos. De acordo com a divisão da Alphabet, a ferramenta tem o diferencial de criar “toda a duração temporal do vídeo de uma só vez”, devido à introdução de uma arquitetura chamada Space-Time U-Net.

Portanto, trata-se de um baita avanço em relação a modelos de difusão anteriores, que geravam vídeos frame a frame, de maneira distinta. 

Conforme a empresa, o Lumiere supera um dos grandes desafios desse tipo de sistema: reproduzir movimentos “realistas, diversos e coerentes”. Com ele, é possível inclusive estilizar vídeos, aplicar cinemagrafia e outros recursos.  

De cá, achamos o novo modelo similar, porém mais aprimorado do que o Imagen, outra IA testada há um tempo pela Google – nenhuma delas está disponível ao público. Além dessas versões, a big tech já tinha anunciado o VideoPoet, que permite criar vídeos longos a partir de imagens e vídeos. Será que a big tech depois vai fazer uma espécie de Megazord dessas techs? 

Thumbs Up 👍

Para a startup norte-americana January AI, cujo app promete uma análise completíssima dos alimentos na glicemia de cada usuário — para isso, basta tirar a fotinho do prato a ser consumido. A ferramenta também combina essas informações a insights ou orientações específicas para manter a saúde em dia, como atividades físicas e qualidade do sono. 

O recurso promete ser essencial neste mundão em que a diabetes 2 só cresce – a previsão é de que o número de vítimas salte 46% até 2050 para 1,3 bilhão, segundo um estudo do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde da Universidade de Washington, nos EUA. 

A firma já conseguiu quase USD 43 milhões em investimentos e até gente famosa do mundo tech entrou nessa, como: Marc Benioff (cofundador e CEO da Salesforce), Steve Chen (um dos criadores do YouTube) e Marisa Mayer (ex-CEO do Yahoo). 

Thumbs Down 👎

Para a demora com que o Brasil está enfrentando a desinformação on-line em pleno ano de eleição. Especialistas ouvidos pelo G1 apontam que o governo e o Congresso estão meio devagar nessa luta.  

O desafio é grande: criar um ambiente eleitoral justo e informado em meio a uma maré de conteúdo manipulado (sobretudo deepfake), cujas técnicas só ficam mais sofisticadas em cada ano. 

Até março o TSE quer criar regras para enquadrar o uso de IA na propaganda eleitoral, mas as redes sociais estão fazendo muito pouco no lado da fiscalização. Já a regulação da IA pode rolar até abril, porém o texto-base não engloba sistemas generativos. 

 

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