📰 De segunda a sexta

taxidermia, trabalho diferente e coautoria

22 de janeiro, Segunda 

Começando a semana com esse vídeo 10/10 feito pela turma da Fapesp sobre como a taxidermia (o famoso empalhamento) é usada para o auxílio de coleções científicas, didáticas e museológicas. Assunto diferente, mas bem legal. E narrado por um profissional que faz parte do time de Melhores Pessoas. 

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Imagem: Giphy

Faz-se mudança 

Esta redação não confundiu os dias. Sabemos que hoje é segunda-feira, mas vamos refletir sobre mudanças nos dias e regime de trabalho, que também envolve a sexta-feira. 

O primeiro pontapé para essa alteração veio de projetos de semana de 4 dias, que deram uma esfriada com a pressão do retorno ao presencial.  

📅No entanto, modelos que visam otimizar o dia a dia e saúde mental da turma colaboradora ainda estão pipocando. Esse é o caso de empresas que permitem a segunda-feira mínima e short friday (“sexta curta”, em PT-BR), que libera a galera para encerrar o expediente mais cedo nesse dia da semana sem desconto na folha de pagamento.

De 2022 para cá, vem reinando um clima de insegurança até mesmo em empresas consideradas um sonho na carreira – como a Google. O motivo vocês já sabem: demissões em massa, que falamos aqui quase sempre.  

Em meio a esse turbilhão de mudanças, a Geração Z está dominando os escritórios e, como vocês também sabem, essa turma curte questionar tudo e mais um pouco.

Não tankou 

E boa parte dessas “dúvidas” se transforma em threads no X/Twitter ou em vídeos no TikTok, pelo menos lá nos States. Foi de lá que saiu o quiet quitting, segunda-feira mínima e outros movimentos.

Meses atrás viralizou na rede um vídeo da gringa @brielleybelly123, que basicamente chorou devido ao sistema de trabalho das 9 às 17h (“9 to 5”, em inglês) de seu primeiro emprego.  

“Eu também não tenho tempo nem energia para preparar meu jantar. Tipo, eu não tenho energia para malhar”, disse ela.  

O rolê dividiu opiniões no mundo: enquanto algumas pessoas acharam o puro suco do mimimi, afinal a vida dos adultos é assim há décadas; outras viram fundamento na queixa. 

Passou como um vento 


O motivo? O trabalho não se refere somente ao tempo gasto dentro da firma: é preciso acordar cedo, se arrumar, tomar café, pegar ônibus ou dirigir para chegar até lá — o que em alguns casos pode levar horas. Se o colaborador tiver filhos, então... A rotina é ainda mais (in)tensa.  

De fato, você só vai chegar em casa à noite e fazer várias tarefas domésticas, caso não more com os pais. Assim, o final de semana passa voando. 

Os colaboradores de outras gerações chegaram ao mercado entendendo isso como uma “norma”. Porém, alguns jovens comparam essa realidade a um filme de terror.

Tipo de comportamento que levam algumas pessoas a classificá-los como “preguiçosos”, “mimados” ou “difícil de lidar/trabalhar”. O perfil abaixo, com milhões de visualizações, é um exemplo (zoeiro) dessa relação nos EUA.

@champagnecruze

Happy first full work week of 2024. Hope its a good one! 😂 #corporate #corporatehumor #generations #relateable

A volta do que não foi 

Fato é que essa galera vai, em breve, ser maioria nos escritórios do Brasil e do mundo. No setor de tecnologia nacional, ela já está nesse patamar: ocupa 35% dos cargos, conforme um estudo de 2021 da Revelo, firma especializada em conectar profissionais de tech a empregadores. 

🔎Mas é aquilo, desde que o mundo é mundo, os jovens questionam as coisas – é isso que move transformações. A turma nascida na década de 1980 (ou antes) não discorda tanto dos jovens, em especial quando tenta equilibrar trabalho com o cuidado dos filhos, por exemplo. Diante dessas demandas, o trabalho não é o mesmo desde 2020.

Pergunta em off: até que ponto essa diferença de geração faz sentido para o público brasileiro? 

Um artigo da Harvard Business Review, apontava lá em 2021 que o futuro do trabalho seria mais flexível. Algo similar foi apontado pela Microsoft na época da pandemia. Mas a empresa contrariou a própria pesquisa e chamou o povo de volta ao presencial. 

Sexta-feira muito louca 

Bill Gates disse recentemente que, com o avanço da IA, as pessoas iriam trabalhar só 3 dias na semana — o que duvidamos pelo menos por uns bons anos. A real é que talvez, trabalhemos menos horas por dia ou por semana – e não necessariamente por causa do avanço das techs.  

Ou, quem sabe, a tendência seja, daqui um tempo a lógica de flexibilidade retornar aos debates diante das novas demandas dos colaboradores. A short friday aponta para esse caminho: empresas que aderiram ao benefício têm visto resultados positivos, como na produtividade e ampliação da qualidade de vida da galera.

Mas essas mudanças não servem para todo tipo de negócio e cargo; ao mesmo tempo as empresas podem decidir as regras para essa realidade. Será que a moda pega? 

CoAItoria 👩‍💻

A escritora japonesa Rie Kudan, uma das mais premiadas do país asiático, revelou na que em torno de 5% de seu último romance, Tokyo-to Dojo-to, foi escrito com o ChatGPT. De acordo com a autora, a ferramenta tinha permitido com que ela liberasse seu potencial criativo. 

A obra foi vencedora do Prêmio Akutagawa, semana passada, tendo sido considerada “perfeita” pelo júri — durante a cerimônia, Kudan informou sobre o trabalho colaborativo.

O interessante dessa história toda é que a enredo se passa em uma versão futurista de Tóquio, em que a IA é um assunto presente. Valeria aqui a licença poética? 

Hora de recalcular a rota?🧐


Tempos preocupantes para negócios B2B, de e-commerce e healthcare. Um levantamento da BrightEdge, firma estadunidense especializada em SEO, descobriu que esses são os setores mais impactados pela Experiência de Pesquisa Generativa (SGE, na sigla em inglês) do Google. O reflexo nesses nichos será de 48%, 49% e 76%, respectivamente. 

Em maio do ano passado, a big tech integrou a IA tanto no motor de busca quanto no chatbot Bard nos EUA, Índia e Japão. No Brasil, a novidade chegou em novembro.  E, conforme o estudo, 84% das pesquisas vão ser impulsionadas por essa tech, o que deve se refletir sobre tráfego de marcas e publishers.  

“O Google será capaz de analisar o contexto, o sentimento, a intenção e as nuances de cada pesquisa individual e, em resposta, expressar uma opinião, dizendo aos usuários o que considerar e com o que se preocupar”, explica a empresa.  

Agradando o mercado  💵


Tio Mark começou 2024 com animação torando: as ações da Meta bateram recorde na sexta (19) e chegaram a USD 384,36 (+2,2%). O resultado? A companhia zerou a queda acumulada de 77% desde sua máxima, alcançada em setembro de 2021. 

Para quem não se lembra, 2022 e uma parte de 2023 não foram favoráveis para a gigante das redes sociais. Mark apostou todas as fichas no metaverso, que iria demorar para vingar, e a IA roubou toda a cena de tecnologia. No meio disso tudo, rolou uma forte pressão dos investidores por grana em meio à crise global e no mercado de publicidade on-line. 

A saída foi adotar “o ano da eficiência”, fechar projetos (inclusive do metaverso) que não trariam retorno rápido e demitir equipes. Essa estratégia deu certo, tanto que experts do mercado acreditam que a Meta vá exibir lucro recorde no anúncio do 4º trimestre e ano todo de 2023, marcado para 1 de fevereiro. 

Finalmente? 🤳

A Samsung fechou uma parceria com o Instagram para integrar recursos nativos da câmera da série Galaxy S24. O objetivo é aprimorar a experiência dos usuários e resolver uma das maiores reclamações sobre a marca: processamento de imagens na rede social tanto no feed quanto stories. 

No pacote está o “Super HDR”, estabilização em gravações de vídeo, modo Nightography (utilizado em situações de baixa luminosidade), funções alimentadas por IA e mais. Essa é também uma maneira de a Samsung se fortalecer diante do avanço da Apple no mercado – e suas capacidades diferenciadas de câmera para o Insta. 

Pensamentos de Segunda

é uma insano o quão fortes os pneus são
um cachorro com blusa de lã é quase um lobo em pele de cordeiro 
alguém já fez elogios sobre você que você jamais saberá 
você não consegue ver o limite da sua visão 

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William Burroughs 

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