📰 Pessimismo ou realismo?

desemprego, futurismo e fofoca

12 de março, Terça 

Comemoramos nesta terça o Dia do Bibliotecário. A data foi escolhida para homenagear Manuel Bastos Tigre, a primeira pessoa a exercer essa profissão no país como concursado. E a história de como ele se encontrou nessa atividade é mó legal. 

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Imagem: Giphy

Até amanhã 

Estamos quase no meio do caminho entre o ano 2000 e o ano 2050. Do começo deste século (e milênio) para cá, a forma como nos relacionamos com o trabalho mudou. Houve aumento significativo no número de pessoas que trabalham de maneira remota, mas há ainda coisas que se mantiveram, como a carga horária, apesar de alguns lugares tentarem diminuir as 40/44 horas semanais. 

Para aqueles de nós que não terão a sorte de se aposentar nos próximos 26 anos, vários especialistas analisam o que esperar do mercado de trabalho em 2050. Os futurologistas esperam mais automação, mais pessoas fazendo bico, sem estabilidade, e até uma maior dedicação ao trabalho artístico e intelectual. 

Cara-crachá 

Antes de avançar tanto no tempo, vale relembrar um pouco o que o pessoal em 2017 achava que vai acontecer em 2030. Analistas da McKinsey destacavam, há sete anos, que metade das atividades atuais poderiam ser automatizadas com tecnologias existentes, mas apenas 5% podem ser totalmente automatizadas. 

Isso pode custar empregos, mas, com o envelhecimento da população, outras oportunidades se abrem. A demanda nos próximos seis anos por cuidados e enfermeiros pode abrir até 85 milhões de vagas. Além desses empregos, deve haver aumento de trabalho para engenheiros, cientistas, profissionais de TI, gerentes, educadores e profissionais criativos. 

Envie seu currículo 

Colocando mais duas décadas no calendário, há quem imagine profissionais multitarefas, eternamente em atualização. Em 2050, a expectativa é que as empresas não tenham equipes formais. Haverá também uma redução na carga horária. Infelizmente, isso significa também um salário menor. 

Por outro lado, a futurista Rosa Alegria prevê uma queda na diferença de remuneração entre os trabalhadores, reduzindo o desemprego. Além disso, ela crê que a implantação de sistemas de renda básica universal vão promover mais serviços autônomos, dando tempo livre e flexibilidade para que as pessoas se voltem para uma cultura de autorrealização. 

Eu, robô 

Outro detalhe observado pelos analistas é o crescimento dos robôs como colegas de trabalho. Alexey Malanov acredita que os assistentes pessoais serão totalmente adaptados à personalidade dos usuários. O autor Jacob Morgan faz coro quanto ao uso da tecnologia, mas ele difere dos colegas por achar que a maioria das pessoas vai continuar trabalhando como já acontece, só que em empregos ainda não inventados. 

O mais interessante na visão de Morgan é que ele não se refere apenas a trabalhadores de escritórios. Profissionais de atendimento ao público e serviços, como varejo, esquecidos por muitos, devem enxergar acordos mais flexíveis. Isso se houver trabalho... 

Sem vagas 

Para quem ainda estiver em idade ativa, 2050 pode representar um ambiente totalmente novo ou até nenhum. Os economistas Carl Frey e Michael Osborne, da Universidade de Oxford, veem 40% das funções perdidas para a automação. Mark Spelman, membro do comitê executivo do Fórum Econômico Mundial, também enxerga o desemprego em massa, já que os acionistas ditam o que é produtivo. 

“Mas se utilizarmos a tecnologia para reduzir acidentes, produzir alimentos para as pessoas e poupar tempo – isso proporciona um grande valor social. Portanto, no futuro, precisaremos reunir valor para a sociedade e para os acionistas”, contrapôs Spelman. 

Por aqui pelo Brasil, o Projeto Milênio, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, vê três cenários. Um deles, cita o mesmo desemprego de Spelman. O outro, ainda mais pessimista, detalha a nova Revolução Industrial, com as máquinas ocupando as vagas em uma velocidade maior. 

Por fim, no futuro positivo, há a chegada de novas profissões.  Como em 'A Fantástica Fábrica de Chocolates': no começo, o pai de Charlie perde o emprego para as máquinas, mas acaba voltando ao mercado como profissional que as conserta. 

Não custa lembrar que, nos anos 1980, os anos 2010 imaginados eram bem diferentes do que vivemos. Só vai dar para saber quando chegarmos lá. 

Imagem: Giphy

SXSW

Webb Bet 🔮

No seu primeiro fim de semana, o SXSW já trouxe um dos seus eventos mais esperados: a palestra da renomada futurista Amy Webb, que sempre antecipa as tendências para o resto do ano. E qual a aposta da nossa Mãe Ditech para 2024? Preparem-se para uma enxurrada de dispositivos inteligentes! 

Essas maravilhas tecnológicas vão além do ChatGPT. Imaginem aparelhos que não só conversam, mas agem. Webb explica que para treinar IAs poderosas, dados como os visuais e sensoriais são essenciais. Exemplo? Apple's Vision Pro – óculos de realidade aumentada, que conta com 14 câmeras. E não para por aí: temos o Rabbit e o AI Pin, gadgets que obedecem à voz e se personalizam com o uso.

Mas esse avanço traz dilemas. Com tantos dados capturados, a privacidade fica em xeque. Webb alerta para um futuro tecnológico onde o controle pode se concentrar nas mãos de poucos, gerando riscos de "tecnoautoritarismo". 

Criptomoedas

Contos das criptos 🪁

Parece mesmo que o bitcoin está de volta, depois de um longo inverno, atingindo seu novo ápice histórico de USD 72.662. E neste rastro está levando uma galera consigo, como a Coinbase, gigante das exchanges, cujas ações ultrapassaram o preço de listagem direta pela primeira vez desde 2021. Na estava com alta de 5.8%, a $256,62. 

Após superar suas máximas anteriores, o bitcoin vem impulsionando um mercado já em alta, com investidores ávidos por ETFs. Essa facilidade de acesso atraiu um recorde de USD 2,24 bilhões em investimentos, somando mais de USD 55 bilhões em dois meses. 

E não para por aí: ações de empresas ligadas a criptos, como a MicroStrategy, também disparam, com um salto impressionante para cerca de USD 1.600 por ação. Apesar de problemas técnicos recentes, a Coinbase mantém a confiança dos investidores. 

Marketing de influência

Amigas e rivais 📼

Elon Musk quer levar sua presença a todos os cantos da internet. “Inspirado” no YouTube, o executivo introduzirá no X (eterno Twitter) um serviço de streaming de vídeo, permitindo aos usuários assistir a conteúdos longos diretamente em SmartTVs Samsung e Amazon Fire TV. 

A nova direção "video-first" do X visa expandir a visualização de vídeos, saindo das limitadas caixas de conteúdo dos feeds para as grandes telas. Este movimento surge em um momento crítico para a plataforma, que enfrenta uma queda de 30% em seu uso desde 2024. 

Com isso, o X investe em atrair criadores e anunciantes, introduzindo ferramentas para publicidade em vídeos de criadores selecionados. A eficácia dessa estratégia na atração de usuários, especialmente via SmartTVs, ainda está por ser comprovada, mas indica uma busca significativa do X em reinventar sua abordagem e manter sua relevância. 

IA

Fofoca real 👑

Desde que a IA generativa caiu nas mãos (e no gosto) do público geral, é natural desconfiarmos de qualquer imagem que viraliza na web. Mas o que acontece quando, em meio a um já existente tsunami de rumores, Kate Middleton tem uma foto sua com os filhos foi removida das grandes agências de fotos por ser "manipulada". Loucura total.

É fato que a Princesa de Gales passou por uma cirurgia há algumas semanas e está meio sumida da mídia. Mas esse sumiço está chamando atenção por ser mais longo (e mais discreto) do que estamos acostumados com a realeza britânica. As teorias na internet variam entre um problema mais sério de saúde até implantes de silicones nas nádegas e uma franja mal cortada. Aí ela manda uma foto com os filhos no Dia das Mães do Reino Unido para mostrar que está tudo bem - e essa foto é removida.

Surpreendentemente, Middleton admite ter sido a autora da edição. "Como muitos fotógrafos amadores, às vezes experimento com edição", explicou ela nas redes sociais. Agências como Associated Press e Getty retiraram a foto, citando manipulação na mão da princesa Charlotte. A AP apontou uma "inconsistência no alinhamento" da mão esquerda da infante.

TL;DR

Ainda mais little e mais BRIEF

🤑 O fundador do Telegram, Pavel Durov, tem fé que o app será lucrativo no próximo ano e considera até um IPO futuro. Ele espera a empresa já esteja gerando "centenas de milhões de dólares" em receita através de anúncios e assinaturas.

👽 Um estudo recente sugere que sinais inicialmente ligados à tecnologia alienígena eram na verdade a vibração de um caminhão passando.

🤖 A startup Covariant, derivada da OpenAI, desenvolveu um modelo de robô, o RFM-1, que combina habilidades e recursos de tecnologia para treinar outros robôs em ambientes industriais.

🕴️A fundação de Elon Musk tem bilhões em caixa, mas faz poucas doações, muitas das quais beneficiam seus próprios interesses e projetos.

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Pat McGrath

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