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Pra dentro da cabeça
Sem Natiruts, só implantes cerebrais

23 de maio, sexta-feira
Em 1932, o quarteto de estudantes conhecidos como MMDC (Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo) foi assassinado em São Paulo por tropas getulistas dando início à Revolução Constitucionalista. A repercussão do episódio levou grupos econômicos e políticos locais a apoiarem um levante contra o governo federal.
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Pra dentro da cabeça - matéria principal do dia
Resumão do Brifão - o que rolou de mais importante na semana. bem rapidinho.
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INOVAÇÃO
Pra dentro da cabeça

Imagem: Giphy
Por Igor Almenara
Implantes cerebrais não são exatamente novidade — mas, até agora, nenhum deles saiu do laboratório para realmente ganhar escala. Isso pode estar prestes a mudar. E quem está de olho nesse futuro digno de Cyberpunk 2077 é ninguém menos que a Apple.
Sim, a mesma Apple dos iPhones, iPads e do caríssimo (e futurista) Vision Pro. A história veio à tona agora em maio, por meio de uma reportagem do Wall Street Journal, revelando que a gigante da maçã está trabalhando junto com a Synchron, uma empresa especializada em interfaces cérebro-computador, para abrir caminho nesse setor que ainda parece sci-fi demais pra ser real.
O projeto mais promissor da Synchron atende pelo nome de Stentrode — e é, basicamente, um “concorrente” do Neuralink de Elon Musk. Mas com um detalhe importante: ele dispensa aquelas cirurgias complexas que mexem direto no crânio. Em vez disso, o implante é colocado em uma veia próxima ao córtex motor. A missão continua ambiciosa: permitir que você controle dispositivos só com a força do pensamento.
Por enquanto, nada disso chegou ao consumidor final, mas a Apple já está se preparando. O Vision Pro, por exemplo, já é compatível com o protocolo de comunicação BCI (brain-computer interface), o que mostra que o ecossistema está sendo desenhado com esse tipo de interação em mente. E, sejamos honestos, o Vision Pro parece ter sido feito para esse tipo de uso.
🧠 Controle telepático
Apesar do hype e do brilho nos olhos dos fãs de tecnologia futurista, a ideia aqui não é criar superpoderes — pelo menos, não ainda. O objetivo atual é bem mais pé no chão (e mais necessário): oferecer novas formas de interação com dispositivos Apple para pessoas com deficiências psicomotoras.
Esse “controle telepático” já mostra resultados práticos. O primeiro paciente da Neuralink, por exemplo, conseguiu jogar Counter-Strike, Civilization VI e até Mario Kart, tudo isso sem depender de aparatos complexos para compensar sua tetraplegia.
Além disso, implantes do tipo vêm se mostrando promissores para ajudar pessoas que perderam a fala após um AVC. Um estudo de 2023 das universidades da Califórnia em São Francisco e Berkeley conseguiu devolver a uma paciente a capacidade de se comunicar por texto com mais agilidade e autonomia.
Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019, 8,4% da população brasileira acima de 2 anos tem algum tipo de deficiência. São 17,3 milhões de pessoas — e a PNAD Contínua de 2022 já fala em 18,6 milhões. É um público gigante que pode se beneficiar (e muito) dessa revolução silenciosa.
🛑Segure a ansiedade
A entrada de uma empresa do porte da Apple nesse segmento é um ótimo sinal: mostra que o assunto está saindo dos papers e ganhando tração no mercado. Mas a estrada ainda é longa — técnica, ética e comercialmente.
Mesmo assim, é um avanço importante. E, se tudo caminhar como esperamos, essa tecnologia pode deixar de ser coisa de laboratório ou de RPG futurista e, enfim, chegar a quem mais precisa dela. Porque inclusão, nesse caso, é mais do que uma buzzword: é um caminho real para autonomia e dignidade.
😎 ️ Resumão do Brifão (o que rolou de mais importante na semana)
O Google I/O foi praticamente um showcase do Gemini 2. A IA do Google agora está embutida até na alma: busca, Gmail, Shopping, Android XR, Automotive, Studio, Firebase. A cobertura completa (e traduzida) tá no TecMundo. Vale o play.
A Xiaomi vai investir uma bolada de US$ 6,9 bilhões nos próximos 10 anos para desenvolver seus próprios chips. A missão? Escalar o monte sagrado do hard-tech e fugir da dependência geopolítica. O primeiro chip estreou ontem.
A Apple quer colocar IA nos nossos olhos até 2026, segundo a Bloomberg. Os óculos inteligentes da empresa virão com câmera, microfone, alto-falante e Siri integrada - em uma tentativa de tirar o ranço do Vision Pro. Enquanto isso, a ideia de um Apple Watch com câmera foi deixada de lado.
A OpenAI vai gastar US$ 6,5 bilhões para comprar a startup de Jony Ive, designer dos primeiros iPhones. A ideia é criar dispositivos com IA generativa e cara (literalmente) da Apple. Vem aí um iPhone premium com uma assistente melhor?
A Microsoft apresentou no Build 2025 seus novos agentes autônomos de IA — bots que não só respondem, mas tomam decisões por conta própria. E ainda trouxe para o Azure os modelos Grok 3 e Grok 3 Mini, da xAI (empresa do Elon Musk). As big techs estão montando exércitos invisíveis.
O Senado dos EUA aprovou o avanço da regulação das stablecoins. E mais: passou uma lei federal que criminaliza pornografia de vingança e o uso de deepfakes com conteúdo sexual sem consentimento. O mau uso da IA agora é crime federal.
A Gradiente venceu mais um round contra a Apple. O STJ manteve a validade da marca “G Gradiente Iphone” no Brasil por 5 votos a 3. A briga pelo nome continua e com vitória brasuca.
A Anatel deve soltar o edital do leilão do 6G em outubro de 2026. A corrida pela internet que ainda nem chegou já começou. E você aí com sinal caindo no elevador.
A Rússia tem usado o Brasil como “fábrica de espiões” nos últimos anos, enviando agentes disfarçados que se passavam por cidadãos brasileiros. O objetivo era usar os benefícios do passaporte nacional, que permite entrar em vários países sem visto. Alguns espiões foram pegos.

👀 De olho no TecMundo (o grande irmão)
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THE BRIEFCAST
A GEN Z é MIMIMI?

Levamos esse papo pra 3ª temporada do The BRIEFcast.
Episódio já disponível no YouTube.
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Inteligência Artificial Artificial (podcast, 1h, em português)
Como a narrativa do apocalipse pelas máquinas serve de cortina de fumaça pra ocultar problemas reais e imediatos trazidos pela popularização da inteligência artificial.
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Como o checkout do Google vai afetar os as lojas online.
🦜 Frase do dia
“De fato, somos pobres se formos apenas sãos.”
Donald Woods Winnicott
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