Trump vs. China pelo TikTok

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^{_{TECNOLOGIA & MERCADO}}
TRUMP VS. CHINA PELO TIKTOK

Por Igor Almenara

Para você e outras 1,5 bilhão de pessoas, o TikTok pode ser só uma plataforma de vídeos curtos e dancinhas. Mas para Donald Trump e Xi Jinping, é um assunto de Estado.

Em mais um capítulo da novela “Bane ou Desbane?”, o ministro do Comércio da China disse que o governo chinês está disposto a cooperar com os Estados Unidos para “resolver os problemas” envolvendo a rede social. O que isso significa na prática? Ninguém sabe ainda.

🗯️ O impasse do algoritmo

A legislação norte-americana exige que o TikTok seja controlado por uma empresa dos EUA. O problema é que a ByteDance, dona do app, não quer abrir mão do brinquedo — e quem pode culpá-los?

O algoritmo da plataforma é o verdadeiro tesouro aqui. Ao entregar o TikTok para outra companhia, a ByteDance abriria a caixa-preta que explica por que você passa três horas vendo receitas de café gelado e vídeos de gatos dançando. Nas mãos erradas (ou certas), isso pode virar uma mina de ouro.

🍊 Trump passou a amar o TikTok

Vale lembrar: o TikTok já foi oficialmente banido nos Estados Unidos — por pouco tempo. Assim que assumiu a presidência, Donald Trump assinou uma canetada liberando o app de novo, e desde então vem empurrando o assunto com a barriga, prorrogando prazos e alimentando o suspense.

Curiosamente, a China não parece muito preocupada. Segundo o diretor-gerente do Indo-Pacific Program, uma entidade que tenta intermediar o diálogo entre os dois países, Pequim até ficou satisfeita com a “solução diplomática” de Trump. Mas até agora, ninguém sabe se a decisão final vai respeitar de fato a legislação americana.

Aliás, o próprio Trump também colocou bastante lenha na fogueira para banir o TikTok no seu primeiro mandato.

🤳🏻 O TikTok como campo de batalha

Nos Estados Unidos, o TikTok já é fonte de notícias para 43% dos jovens adultos, superando qualquer outra rede social, de acordo com o Pew Research Center. O país segue dividido sobre o futuro do app: um terço dos americanos quer o banimento, outro terço é contra, e o restante ainda está rolando o feed pra decidir.

Para as autoridades dos EUA, o risco não é a dancinha — é o algoritmo. O medo é que ele possa ser usado como ferramenta de manipulação de opinião pública; mas sejamos honestos: é bem mais provável que o TikTok continue apenas cumprindo sua função original — deixar todo mundo distraído, com uma janela de atenção cada vez menor, assistindo a vídeos gerados por IA.

🤔 No fim das contas...

O TikTok é mais do que um aplicativo: é um espelho do nosso tempo. Enquanto políticos discutem segurança nacional e empresas brigam por controle de dados, o usuário comum só quer mais um vídeo de cachorro fofo pra ver antes de dormir.

Fato é que essa novela ainda dura, e ainda deve durar, alguns bons anos.

👀 DE OLHO NO TECMUNDO ^{_{(o grande irmão)}}

• IPO da OpenAI – Empresa deve abrir capital e busca avaliação de US$ 1 trilhão

• Entenda o motivo – Seu próximo celular será mais caro por causa da IA

• Meta baniu contas – Óculos Ray-Ban Meta é usado para gravar assédio em casas de massagem

• Segredos comercias vazados – Cellebrite, que vende gadget hacker, tem reunião invadida

• Mais uma dele – Trump ordena que EUA retomem testes de armas nucleares “imediatamente”

• Brasil assinou – EUA não assinaram tratado contra cibercrime da ONU

📄 ️COLUNA ^{_{(por Igor Lopes)}}

As grandes marcas enfrentam um paradoxo: como falar com milhões sem soar robótico? A coluna de hoje revela que o segredo do sucesso está na hiperpersonalização em escala, usando Inteligência Artificial para ir além das mensagens genéricas.

Descubra na coluna de Igor Lopes como empresas como o Zé Delivery transformam dados em proximidade e relevância — enviando, por exemplo, o alerta de cerveja no momento exato do jogo — e entenda por que a IA é a ferramenta que permite às marcas acertarem o tom, evitarem o bloqueio e, finalmente, transformarem simples notificações em experiências de consumo memoráveis.

🏃‍♀️ ️ RESUMÃO DO BRIFÃO ^{_{(o remember da semana)}}

🗸 Elon Musk prometeu que seus robôs humanoides Optimus serão "cirurgiões incríveis" no futuro. Em conferência, ele desviou do tema carros elétricos para focar nos robôs, que, segundo ele, podem acabar com a pobreza e garantir acesso à melhor medicina. Musk usou a promessa para reforçar o pedido de aprovação de um pacote bilionário de bônus e "construir um exército de robôs". Leia mais.

🗸 Os EUA, sob Trump, cogitam restringir a exportação de softwares cruciais, como CRM e ERP, para a China. A jogada é uma retaliação por Pequim ter limitado a venda de terras raras. A medida pode prejudicar a economia global e apertar a vida chinesa, mas o governo estuda alternativas mais leves, já que a China prometeu revide com força. Leia mais.

🗸 O Departamento de Energia dos EUA (DOE) e a AMD fecharam uma parceria de US$ 1 bilhão para construir supercomputadores com IA de última geração. O acordo prevê chips AMD para máquinas como o Discovery e o Lux, que serão usados para pesquisa científica, segurança nacional e, até, simulação de tratamentos de câncer. O objetivo é acelerar a base americana de ciência e inovação. Leia mais.

🗸 Os "Garotos Google", Larry Page e Sergey Brin, ficaram US$ 50 bilhões mais ricos em três meses, graças à alta de 35% nas ações da Alphabet. Sua fortuna combinada, de US$ 439 bilhões, rivaliza com a de Elon Musk. A disparada veio após a Google ganhar um caso antitruste e fechar um mega-acordo com a Anthropic, acalmando o medo de ficar para trás na corrida da IA. Leia mais.

🗸 Elon Musk lançou a Grokipedia, sua própria enciclopédia de IA, mas a polêmica é que muitos artigos foram plagiados da rival que ele critica, a Wikipedia. Além de copiar, alguns textos foram alterados para contradizer o consenso (como em aquecimento global). A Wikimedia Foundation ironizou, dizendo que até a Grokipedia precisa do conhecimento humano da Wikipedia para existir. Leia mais.

🗸 A Apple fez história e se tornou a terceira gigante de tech a bater US$ 4 trilhões em valor de mercado, junto de Nvidia e Microsoft. O salto foi impulsionado pela forte demanda do novo iPhone 17 e do ultrafino iPhone Air, principalmente na China. O sucesso aliviou a tensão dos investidores, preocupados com a demora da empresa em apresentar uma estratégia robusta para a corrida da IA. Leia mais.

🗸 O Azure, serviço de nuvem da Microsoft, teve uma instabilidade global nesta quarta-feira, afetando o Microsoft 365 e a Xbox Network. A Microsoft admitiu que o problema foi uma "alteração de configuração inadvertida" no sistema de distribuição. A falha ocorre poucos dias após a queda da AWS, da Amazon, e reforça o debate sobre a centralização da computação em nuvem. Leia mais.

🗸 O Nubank alcançou um marco histórico, tornando-se a empresa brasileira mais valiosa em valor de mercado, ultrapassando Petrobras e Itaú. O banco digital, com mais de 123 milhões de clientes, atingiu US$ 76,7 bilhões graças à alta de 53,7% nas ações. Agora, é a segunda mais valiosa da América Latina, atrás só do Mercado Livre. Leia mais.

✍️ A REDAÇÃO RECOMENDA

• Halloween: o legado de Michael Myers (livro, 352 páginas, em português)

  Se você é fã de slasher, este é o guia definitivo e cheio de fofocas de bastidores sobre a clássica franquia Halloween e seu assassino icônico, Michael Myers!

• V/H/S/ Halloween (filme, 114 min, dublado e legendado)

  Um grupo encontra fitas de vídeo macabras de Halloween que contam histórias sangrentas, transformando o "doces ou travessuras" numa luta aterrorizante pela sobrevivência.

• A origem do Halloween (vídeo, 10 minutos, em português)

  Prepare-se para entender como o Dia das Bruxas (Halloween) não é só filme de terror: este vídeo te conta como a festa nasceu da mistura de um festival celta com as celebrações católicas!