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Uma crise existencial no Nubank

Fintech brasileira corre o risco de ter que tirar a menção a ser ou não um banco em 2026, mas vai regularizar a situação.

4 de dezembro, quinta-feira

Hoje, 4 de dezembro, faz aniversário um dos hábitos mais populares a até alguns anos atrás: o jornal de domingo! Em 1791, há 234 anos, foi publicada a primeira edição dominical do pioneiro britânico The Observer. O curioso é que ele existe até hoje, mostrando que a notícia de qualidade sempre teve um público cativo. O dia celebra a longevidade do bom conteúdo e a prova de que resistir a mais de dois séculos e a todas as newsletters digitais, como a nossa 😎, é para poucos. 🗞️👑

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MERCADO & TECNOLOGIA
UMA CRISE EXISTENCIAL NO NUBANK

Imagem: Giphy

Por Nilton Kleina

Ao ler ou ouvir o nome Nubank, carinhosamente chamado de “roxinho” pelos mais íntimos, você logo associa ele com a imagem de um banco. Aí vem o plot twist: por mais óbvio que isso pareça, na verdade, essa figura tão comum do mercado tecnicamente não seria um banco.

Mudanças recentes em regras do Banco Central do Brasil (BC) colocaram obstáculos para que fintechs utilizem oficialmente “banco” e variantes no próprio nome caso não tenham a autorização necessária para operar como esse tipo de instituição.

Entre virar apenas “Nu”, adotar outro nome e obter licença bancária, ela escolheu a terceira opção — e outras concorrentes desse mesmo segmento podem optar pelo mesmo caminho em breve.

🏦 Ser ou não ser banco? Eis a questão

As normas que balançaram o mercado das fintechs que usam banco no nome é a Resolução Conjunta N° 17 do próprio BC e do Conselho Monetário Nacional (CMN).

  • Segundo o documento, fica vedado às instituições "utilizar termos que sugiram atividade ou modalidade de instituição (...) para a qual não tenham autorização de funcionamento específica", seja em português ou língua estrangeira;

  • Essa medida vale para qualquer meio de comunicação e apresentação ao público e envolve o nome empresarial, o nome fantasia, a marca e o domínio de sites ou perfis nas redes;

  • No lugar, as companhias podem trazer no nome "termos que deixem claro aos clientes e usuários a modalidade da instituição" — como ser uma instituição de pagamento, serviço de crédito e corretora, por exemplo;

  • Quem estiver fora das regras precisa elaborar um "plano de adequação" em até 120 dias com procedimentos que serão adotados e como será a adequação no prazo de até um ano;

Como diz o filósofo Arnaldo Cezar Coelho, a regra é clara: se chama de banco, mas ali nas burocracias não é banco? Vai ter que trocar.

E o que exatamente muda além do nome? Ao contrário de fintechs que são tão comuns hoje em dia, o banco tem uma regulamentação mais rigorosa, inclusive a proteção da bufunfa pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) e ter que prestar contas de movimentações financeiras ao Fisco.

Por outro lado, bancos permitem o oferecimento de ainda mais serviços e têm uma agência física para atendimento presencial. Sabe aquele meme do "Abre conta em um banco que existe"? Dentro de alguns meses, ele pode ficar datado.

🟪 Só Nu, sem bank?

A regra gerou um burburinho justificado nas redes sociais e gerou até fios de nomes como Nath Finanças, que ajudou a explicar o caso.

O Nubank está longe de ser o único afetado, pois são até 20 casos mapeados pelo BC, mas talvez seja o caso mais famoso: são 110 milhões de clientes no Brasil em 12 anos de operação, em uma trajetória que faz ela ser uma das empresas mais valiosas do país.

Depois de alguns dias de silêncio, veio a resposta: o Nubank comunicou que pretende obter uma licença bancária no Brasil, o que não deve resultar em "qualquer impacto para os clientes" ou "alterações materiais" nos trâmites financeiros.

Ela ainda confirmou que já "cumpre todas as exigências regulatórias" ao operar com outras licenças financeiras, o que significa que deve se adequar também às novas regras no prazo de 2026. 

Ou seja, se você já estava quase sem dormir pensando que o Nubank poderia perder o nome tão tradicional, já pode ficar tranquilo.

👀 DE OLHO NO TECMUNDO (o grande irmão)

🏃‍♀️ ️ DON'T LEAVE, JUST READ (pra ler rapidinho)

🌴 TikTok de férias no Nordeste?

O TikTok finalmente oficializou a construção de seu primeiro data center da América Latina, que será instalado no Complexo Industrial do Pecém, no Ceará, com um investimento bilionário estimado em mais de R$ 200 bilhões. A megaestrutura deve entrar em operação até 2027.

O objetivo é ampliar a contribuição da plataforma para o ecossistema digital brasileiro. Para mitigar o impacto ambiental, a empresa promete usar energia 100% renovável (eólica) e implementar um sistema de resfriamento de água em circuito fechado. Leia mais.

🤖 “Robombeiro” apaga incêndio em evento no Japão

A feira International Robot Exhibition em Tóquio foi invadida por robôs superinteligentes, prontos para roubar nossos empregos — e nossos corações! A Kawasaki Heavy Industries mostrou um humanoide controlado remotamente que não só combateu um incêndio com uma mangueira, mas também resgatou um gato de brinquedo.

Já a Fanuc apresentou um braço robótico com IA que obedece a comandos de voz, montando dados para mostrar o número cinco. A expectativa é que esses novos robôs ajudem em áreas de desastre e resolvam a escassez de mão de obra. O futuro é agora, e ele sabe apagar fogo! Leia mais.

🤦🏻 Nota baixa pra IA

Um novo relatório do Future of Life Institute deu nota baixa para a segurança das gigantes da Inteligência Artificial. Empresas como OpenAI, Meta e xAI (do Elon Musk) estão "muito aquém dos padrões globais", focando na corrida pela superinteligência, mas sem estratégias robustas de controle.

O estudo revelou que todos os modelos testados estão vulneráveis a "jailbreaks" (técnicas para quebrar as regras) e criticou a falta de regulamentação. A Meta foi a pior avaliada, com nota F, enquanto a Anthropic levou um C — o que mostra que o mercado de IA ainda precisa estudar muito mais sobre segurança. Leia mais.

🧄 Alho contra a concorrência

A OpenAI declarou "código vermelho" interno e está focando todos os esforços no aprimoramento do ChatGPT devido à forte concorrência de modelos como o Gemini 3 (Google) e Claude Opus 4.5 (Anthropic). Para combater a queda no número de usuários ativos, a empresa estaria desenvolvendo um novo LLM (Grande Modelo de Linguagem) ultrassecreto, apelidado de "Garlic" (Alho), que se destacou em testes internos.

O novo modelo é focado em raciocínio e codificação, e deve ser lançado no início de 2026 como GPT-5.2 ou GPT-5.5, marcando uma transição para IAs mais especializadas. Leia mais.

✍️ A REDAÇÃO RECOMENDA

  • Ultra-aprendizado, de Scott H. Young (livro, 304 páginas, em português)

    O livro de Scott H. Young apresenta a estratégia do Ultra-aprendizado, com nove princípios inovadores, para você adquirir qualquer habilidade mais rápido, impulsionar sua carreira e alcançar objetivos ambiciosos. 🧠🔑

  • O regresso (filme, 158 min, dublado e legendado)

    O lendário explorador Hugh Glass (Leonardo DiCaprio) é atacado por um urso e abandonado à morte, mas sobrevive ao inverno implacável em busca de vingança contra o homem que o traiu. 🐻❄️

  • Jogador N.º1 (filme, 130 min, dublado e legendado)

    Dirigido por Steven Spielberg, este filme mostra um jovem que vive em 2045 e precisa vencer um perigoso jogo ao encontrar um "Easter Egg" no OASIS, a imensa realidade virtual que sustenta o futuro do mundo. 🎮🌐

Um banco é um lugar onde te emprestam um guarda-chuva quando o tempo está bom e pedem de volta quando começa a chover.

Robert Frost, poeta estadunidense

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