📰 Abriu a torneira

doadores, vazamento do algoritmo e críticas

4 de junho, Terça  

Os algoritmos das redes sociais nos mostraram esta reportagem bem legal da DW, que fala sobre termos um dos maiores registros de doadores de medula. Achamos a info supimpa e queríamos compartilhar as boas vibes com vocês, honoráveis briefers.  

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Imagem: giphy

Vazou tudo do Google?  

Senta que lá vem textão, pois o tema é babado. Enquanto curtíamos um dos poucos feriadões do ano, um baita vazamento sobre o suposto funcionamento do algoritmo do Google bombava na internet.  

🔎O arquivo com mais de 2,5 mil páginas foi obtido via GitHub (talvez a Google tenha publicado por acidente) e enviado pelo leaker e expert em SEO Erfan Azimi ao empresário estadunidense Rand Fishkin. Ele avaliou o documento com seu amigo e expert em SEO Mike King. 

O assunto ganhou notoriedade a partir de um post no blog da SparkToro, empresa estadunidense de software cofundada por Fishkin, na quinta-feira (27). Logo se espalhou para os principais veículos do mundo.  

Dois dias depois dessa postagem original, a empresa de Mountain View confirmou a veracidade dos arquivos  ao site The Verge, mas avisou:  

“Alertamos sobre fazer suposições imprecisas sobre a Pesquisa [do Google] com base em informações fora de contexto, desatualizadas ou incompletas”.  

Detalhes que importam  

Resumindo a conversa: nem tudo que está nos docs seria 100% acurado e aplicado na atualidade pelo motor. Por outro lado, geral estranhou o potencial de a gigante ter ~ocultado~ vários aspectos relacionados ao rankeamento de páginas.  

O arquivo não mostra coisas, como o peso de elementos específicos do algoritmo de classificação de pesquisa nem prova quais elementos são usados nesses sistemas. Mas traz detalhes de dados coletados pela companhia.  

Ok, o que há de relevante nesse vazamento ? Seriam mais de 14 mil atributos de rankeamento , logo não cabem nesta news. Porém vamos destacar alguns, que já foram negados por googlers no passado.  

  • As Taxas de cliques (CTR) e tempo de permanência dos usuários em uma página seriam consideradas métricas para definir o ranqueamento dos sites.  

  • Um site mais popular poderia ser privilegiado em relação a outros mais desconhecidos, mesmo que tivesse informação de qualidade duvidosa. Ou seja, aquele papo de reputação e conteúdo de qualidade nem sempre seria real.  

  • A assinatura ou indicativo de autoria pode até não ser usada para rankeamento, mas há indícios de que a big tech monitora esse aspecto.  

  • Já teria rolado coleta de dados, como de histórico, via Chrome para ranquear e refinar a qualidade dos resultados no mecanismo de busca.  

O documento indica que há atributos específicos para exibição de seções de um site, que podem mudar conforme pesquisas anteriores no motor.

A volta do biscoito (que não assou)

Esse último caso nos remeteu ao fim dos cookies de terceiros no navegador, adiado várias vezes, mas previsto para entrar em vigor em 2025 .  

Para quem está por fora, o projeto fará parte do Private Sandbox, iniciativa que vai desligar aos poucos o rastreamento de dados de usuários — geralmente usado para segmentar conteúdo.  

Isso já está sendo testado com algumas pessoas por meio do sistema de  Proteção antirrastreamento, o que, portanto, promete mais privacidade aos usuários.  

Ferramenta de Proteção Antirrastreamento do Google está em fase de testes. Fonte: Google/reprodução.

Por outro lado, existe uma velha preocupação de experts e autoridades, de que a companhia venha a monopolizar esses dados e usá-los somente em seu favor. Enquanto isso, parceiros teriam somente acesso a pistas dessas informações por meio de uma ferramenta chamada “Topics”, lançada para testes em 2022.  

A big tech, claro, sempre negou que usaria ou coletaria essas informações para seus produtos.  

De volta ao vazamento, Mike King também fez uma ampla análise sobre os documentos, comparando-os a falas de googlers, testemunho em um processo antitruste que corre nos EUA e outros arquivos relacionados à empresa.  

Emaranhado de coisas  

Ele inclusive explicou que as pessoas tendem a pensar que haveria um “algoritmo do Google”, como uma série de “fatores de classificação ponderados”. Porém a coisa seria mais complexa do que parece:  

“trata-se de uma série de microsserviços onde diversas funcionalidades são pré-processadas e disponibilizadas em tempo de execução para compor a SERP [página de resultados do mecanismo de busca]”. 

Segundo o expert, poderiam ser mais de 100 sistemas de classificação diferentes. E não só isso, nesse emaranhado de coisas, teria fortes indícios - 84 menções precisamente em 5 módulos exibidos no arquivo - de que um classificador de ranking chamado “NavBoost” seria o mais forte dentre os demais .  

King diz que isso contemplaria a pontuação no subdomínio, domínio raiz e nível de URL. Dessa maneira, diferentes níveis de um site seriam tratados de maneira diferente pelo motor – seções de um site aparecem de modo distinto para cada usuário no buscado, o que leva em consideração seu histórico do Chrome.  

Pano pra manga  

O mecanismo de busca inclusive passou por várias atualizações e hoje se orienta pela pelo hype da IA . Ou seja, tudo pode mudar e, como falamos, não ter mais relevância hoje.  

No entanto, é um material que serve para entender o motor e até para profissionais de SEO e conteúdo testarem se todas as suposições dos leaks estão corretas. Também não dá para negar que as discussões sobre o documento ficam mais intensas diante de uma falta de clareza da big tech quanto ao funcionamento do algoritmo.  

 

Fora que parece que o Google passou por um downgrade em termos de qualidade de resultados e casos de alucinações bizarras de sua IA .  

Um processo antitruste conduzido pelo Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) contra a gigante - relacionado a essa tecnologia - está em curso e mais informações sobre ele podem vir à tona. Estaremos de olho!  

IA

BalAIo de novidades  

A Nvidia aproveitou a Computex 2024 para apresentar dois recursos relacionados à IA. O primeiro é o  Nvidia Inference Microservices , ou simplesmente Nvidia NIM: um conjunto de serviços voltados à criação de chatbots e copilotos, por exemplo, em questão de minutos  

Usando IA generativa, o serviço promete maximizar a eficiência de qualquer infraestrutura.

O Nvidia NIM aceita modelos abertos de outras companhias, como Google, Meta e Microsoft, potencializando ainda mais sua funcionalidade.  

 

outra novidade, mas experimental é o G-Assist , um assistente virtual capaz de interpretar contextos do gameplay e dar dicas do que fazer! Além disso, ele escaneia o setup para apontar inconsistências nas configurações.

A IA da tecnologia é totalmente voltada aos games e surgiu como uma brincadeira de 1º de abril, em 2017, até se tornar algo real. O único porém é que não há certeza de que a Nvidia vai lançá-lo para geral.  

IA2

Mal na foto  

A batalha entre diversos setores criativos e tecnologias de IA segue a todo o vapor. Um dos novos conflitos foi impulsionado pela Adobe em suas campanhas para o Photoshop.

O aplicativo de edição de imagens tem sido promovido por conta de suas ferramentas generativas. Um dos materiais de marketing diz até para a galera “pular a sessão de fotos ”. 

Só que fotógrafos e entidades do setor criticaram a comunicação da empresa, tanto que a publicação foi apagada depois da repercussão negativa.

O problema não foram as funcionalidades da IA em sim, mas a maneira como ela vem sendo divulgada, em um aparente detrimento do trabalho profissional e criativo humano. Algo similar rolou com um comercial infeliz da Apple há algumas semanas…

Ciência

Que isso? Michael Douglas

Psicodélicos naturais, como alguns cogumelos, ou sintéticos, como o MDMA (ecstasy), atuam diretamente em diversas áreas cerebrais. Estudos com potenciais benefícios dessas substâncias ainda são escassos, mas parece que o jogo está prestes a virar.  

Especialistas da FDA estão discutindo a liberação do MDMA  para tratamento do transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Estudos e testes feitos pela Lykos Therapeutics apontam uma melhora significativa e duradoura dos sintomas de quem enfrenta esse problema. 

Em 2016, quando os testes iniciaram, a FDA se mostrou cética. Afinal, com uma droga tão potente quanto o ecstasy, seria impossível não saber se o paciente tomou placebo ou não. Mesmo assim, muitos experts defendem o tratamento. Caso seja aprovado, provavelmente terá uma série de restrições de segurança (claro).  

Mercado e negócios

Dominando o segmento  

A incorporação da Algar Tech MSP pelo Grupo Positivo foi concluída. A empresa desembolsou  R$ 235 milhões pela aquisição , a maior já feita em seus 35 anos de história. A próxima etapa é a integração das operações com seu serviço de infraestrutura de TI, que passa a ter uma participação de 18% na receita total da companhia – anteriormente era de 8%.  

O Positivo agora acredita que sua estrutura de TI está completa, sendo capaz de atender qualquer serviço solicitado pelos clientes. A princípio, a Algar Tech MSP seguirá com uma operação independente até conseguir cortar todos os vínculos com a Algar.

Atualmente, são mais de 160 grandes clientes corporativos atendidos pelo serviço em 16 países da América Latina.  

TL;DR

Ainda mais little e mais BRIEF

📈O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) subiu em maio e alcançou 112,9 pontos, o maior índice desde março de 2023. A tragédia no Rio Grande do Sul  teve forte impacto nessa avaliação. 

⛈️A cidade de Porto Alegre voltou a exibir alagamentos , como na Estação Rodoviária, depois de uma nova cheia do Guaíba. Infelizmente rolou mais chuva e vento no final de semana.

🧊O Japão acaba de criar o  primeiro satélite do mundo feito de madeira . Em formato de cubo, ele será lançado ao espaço em outubro.  

🤑As  ações da GameStop subiram  77%  depois que Keith Gill, o herói por trás da megavalorização de anos atrás, voltou às redes e mostrou seu patrimônio acumulado com ações da companhia.  

🛒A  taxação de empresas como Shopee e Shein  não é uma questão apenas brasileira: nos EUA, há uma forte pressão para que isso também aconteça. Inclusive,  falamos disso dias atrás… 

🔈 🌿Billie Eilish criticou quem lança várias versões do mesmo vinil (oi, Taylor!), mas fez o mesmo com o último álbum, que terá 8 possibilidades para os fãs e colecionadores. A diferença? O  foco na sustentabilidade  dos itens.  

A Redação Recomenda

Achados para ler, ouvir e assistir

por que o vale do silício fica naquele exato local da califórnia? (vídeo, 8min46, em inglês) 
da série: conhecimento tech essencial 
 
3 formas criativas de encontrar o perfil adequado de um profissional que você busca  (leitura, 7min, em inglês) 
e uma bela parte desse processo envolve elas, as soft skills  

a diferença entre falsa empatia e o apoio verdadeiro  (vídeo, 9min44, em inglês) 
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8 sinais de que uma pessoa está obcecada por dieta (leitura, 5min, em português)
todo cuidado é pouco

Grandes líderes criam mais líderes, não seguidores .  

Roy T. Bennett  

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