Apagadores de incêndio

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  • Mais um CEO pego aprontando

  • LATAM voando alto

  • Domíno .ai valendo muito!

  • Grande reestrutura na Accenture

  • Hackers usando IA

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• Frase do dia - para refletir, concordar, discordar e compartilhar

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APAGADORES DE INCÊNDIO

Por Felipe Vidal

Antigamente, em um passado não tão distante, quando a Marvel fazia filme bom e o dólar estava baixo, a preocupação dos designers era com os sobrinhos do dono da firma. Tudo funcionava naquele esquema: fulano precisava de um logotipo ou cartão, mas não queria pagar pra que um profissional da área do design fizesse.

Quem era o salvador do dia? Aquele moleque que viu meia dúzia de vídeos no YouTube, pegou os templates mais genéricos possíveis, e pronto. Depois disso, voltava o cliente arrependido, implorando pro designer refazer aquela besteira o mais rápido possível, afinal de contas, a gente sabe que tempo é dinheiro.

O sobrinho do dono da firma evoluiu e agora se chama IA Generativa. Sim, nós já falamos de como tem muita gente bolada sobre como o Canva está se tornando tão popular, mas agora é hora de falar de como os designers novamente estão salvando a vida dos cães arrependidos que confiam cegamente nas IAs.

🕳️ Remendando os buracos artificiais

Em uma entrevista à NBC News, a designer Lisa Carstens revela que tem feito esse papel de designer corretora das besteiras que uma IA faz. Tudo começa quando o cliente espertinho chega e pede para a profissional melhorar, ou arrumar uma arte criada artificialmente — que pra surpresa de zero pessoas tem inúmeros erros e não consegue escrever texto direito.

OK, alguns modelos realmente fazem um trabalho bem maneirinho e conseguem criar até ilustrações realistas, mas nunca ficam perfeitas. É uma mão com um dedo a mais, um nariz estranho, pernas finas demais, uma frase quase ilegível.

É aí que Carstens e tantos outros profissionais entram. Apesar do medo inicial, muitos estão começando a entender que podem atuar justamente onde nenhuma IA nunca conseguirá: corrigir suas falhas com o toque e a genialidade humana.

Nesse processo, Lisa ajeita textos errados, modifica os logotipos pra ficarem menos artificiais e assim sucessivamente. Contudo, toda essa leva de esforços, que muitas vezes consiste em quase redesenhar todo o projeto e ainda manter a identidade do que a IA fez, dá mais trabalho do que se isso tudo tivesse sido feito do zero.

Então, no fim das contas, o designer tem mais trabalho pra fazer. Ambos acabam perdendo um precioso tempo, que poderia ser utilizado pra fazer um logotipo único e legítimo, autêntico. De humanos para humanos.

🆕 Tem que ser original

Claro, nós não vamos demonizar a IA aqui e é preciso entender que essa tecnologia ajuda muito. Um bom comando pode servir de base para o cliente mostrar ao designer o que exatamente ele quer, assim como o designer pode criar uma arte pra se inspirar e criar algo totalmente novo.

A grande questão das IAs generativas é que essa tecnologia não cria nada de novo. Todo o treinamento dessa tecnologia usa bancos de dados de materiais que já existem. Então se você quer fazer um texto supostamente original, ou um logotipo pro seu negócio assim, parabéns, você simplesmente usou um emaranhado de coisas que já existem e não fez nada de novo.

Isso deveria servir como mentalidade tanto para os profissionais quanto para CEOs e diretores. Você prefere algo genérico, que todo mundo vai ter igual, ou quer algo novo? Algo inédito? Somente o ser humano é capaz de criar o novo, e com o novo toda empresa ganha aquilo que mais quer: valor e prestígio.

Em um mundo cada vez mais artificial e tomado por receitas prontas, precisamos mesmo é de produções originais. Trabalhos originais, obras originais, talentos originais. Precisamos de humanos e, claro, as máquinas estarão lá pra nos ajudar.

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🏃‍♀️ ️ DON'T LEAVE, JUST READ ^{_{(pra ler rapidinho)}}

👀 Mais um CEO pego aprontando

O CEO da Nestlé, Laurent Freixe, foi demitido após uma investigação revelar que ele ocultou um relacionamento amoroso com uma subordinada direta. Segundo o comunicado da empresa, a relação violou o código de conduta da marca.

A decisão, que é "necessária" de acordo com o presidente do conselho, Paul Bulcke, levou à nomeação de Philipp Navratil como novo CEO, com efeito imediato.

🛫 Voando alto

A LATAM encerrou o primeiro semestre de 2025 com a sua capacidade doméstica no Brasil crescendo 27% em relação a 2019, antes da pandemia, totalizando 22,6 milhões de assentos.

A companhia também aumentou o número de aeroportos e rotas, elevando sua frota para 169 aeronaves. No total, a LATAM agora opera 59 aeroportos no Brasil, com uma média de 800 voos diários.

👨🏻‍💻 .ai valendo muito

O fundador da HubSpot, Dharmesh Shah, pagou a Anguilla US$ 700 mil para registrar o domínio .ai, que se tornou um negócio lucrativo devido à popularidade da inteligência artificial. Segundo o Fundo Monetário Internacional, o território britânico ultramarino no Caribe já arrecadou US$ 32 milhões com registros desse tipo de domínio desde 2023.

Apesar de seu investimento, Shah acredita que o valor dos domínios .com ainda se manterá maior no longo prazo.

🎡 Reestruturando tudo

A CEO da Accenture, Julie Sweet, comunicou uma grande reestruturação para seus 770 mil funcionários sem enviar um único memorando. Para a maior mudança na história da empresa, ela usou uma mensagem em vídeo para explicar o porquê da mudança.

A abordagem foi uma maneira de demonstrar, de forma mais pessoal, a paixão e a importância da iniciativa de transformar a empresa para atender as novas demandas de IA dos clientes.

Essa estratégia de comunicação transparente e direta mostra como a liderança pode conduzir grandes transformações de forma mais eficaz, equilibrando a ciência dos dados com a arte da empatia.

💻 HackIAndo

Hackers estão usando IA para aprimorar roubos de segredos e ataques de ransomware. Um caso recente envolveu um hacker que explorou uma brecha no chatbot Claude, da Anthropic, para roubar dados de 17 empresas e exigir resgates de até US$ 500 mil.

A empresa de segurança cibernética ESET também descobriu o que chamou de "primeiro ransomware com poder de IA", que usa a tecnologia para executar ataques. Esses novos tipos de crimes cibernéticos devem aumentar os gastos corporativos com segurança.

✍️ A REDAÇÃO RECOMENDA

• Nós (livro, 224 páginas, em português)

  Num futuro onde a felicidade é ser um robô programado, um engenheiro encontra o amor e descobre que a liberdade vale mais que a ordem imposta por um governo opressor.

• Sobre rios e córregos (documentário, 27 min, em português)

  Esse documentário mostra de modo inteligente e dinâmico que a relação entre São Paulo e suas águas é um tema conflituoso e mais antigo do que podemos imaginar.

• Prensa francesa adventure Stanley (cafeteira, 900 ml)

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• A Pior História da Alimentação: Como o Açúcar Destruiu Tudo (vídeo, 59 min, com legendas em português)

  Como uma especiaria rara e cara da Nova Guiné se tornou um ingrediente onipresente em nossas vidas, mostrando um lado sombrio e fascinante da economia global.