- The BRIEF
- Posts
- IA tem fome de quê?
IA tem fome de quê?
Humanos alimentando algoritmos

16 de maio, sexta-feira
Em 1929 acontecia a primeira cerimônia do Oscar. Quinze prêmios foram distribuídos e toda a festa da sétima arte durou apenas 15 minutos. Se você curte filmes ou séries, te damos a dica: leia o Minha Série. Dicas, resenhas e notícias com a chancela do Brifão. De nada. 😉
⚡ O que você vai ver?
A IA tem fome de quê? - matéria principal do dia
Resumão do Brifão - remember das notícias da semana
Apple
Uber
Ifood
Microsoft
Amazon
Google
YouTube e mais…
Recebeu a news de um amigo? |
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
IA TEM FOME DE QUÊ?

Imagem: Giphy
Por Andre Gonçalves
Encontrar dados de alta qualidade para treinar modelos de inteligência artificial não é mais uma tarefa tão fácil como na época em que a tecnologia começou a se popularizar, o que nem faz tanto tempo. Enfrentando processos por violações de direitos autorais, os principais players do setor estão em busca de alternativas — OpenAI e Microsoft que o digam.
Usar dados sintéticos é uma delas, embora a prática também tenha riscos. Gerados pelos próprios bots, eles podem apresentar erros e informações inventadas, fruto da alucinação das IAs. Lembra do Google Gemini adicionando homens negros e mulheres asiáticas em fotos de soldados alemães da Segunda Guerra geradas artificialmente? Pois é.
Se a opção anterior não surge como a melhor solução, onde as empresas conseguirão encontrar uma quantidade incontável de textos sobre qualquer assunto e escritos por humanos (quase sempre), opiniões, comentários, fotos e vídeos, sem o risco de serem processadas? Sim, você acertou, nas redes sociais.
🪙A própria mina de ouro
Sedenta por mais dados para treinar o ChatGPT, a OpenAI estaria se preparando para lançar sua própria rede social que também funcionaria como um repositório de dados para a IA generativa pioneira. Pessoas por dentro do assunto contaram ao The Verge que a startup pretende lançar uma plataforma semelhante ao X.
Ainda não está claro se a suposta rede social da OpenAI seria integrada ao chatbot ou ganharia um app separado e não há nenhuma garantia de que ela realmente sairá do papel. Porém, o CEO, Sam Altman, tem pedido opiniões sobre o projeto a pessoas próximas, segundo o rumor, dando indícios de que vai mesmo investir na área.
Caso a iniciativa seja lançada, a empresa terá a sua própria mina de ouro para treinar o ChatGPT em tempo real usando as postagens, assim como já faz o antigo Twitter alimentando a IA Grok. A Meta é outra que segue a prática, treinando o modelo Llama com as informações e postagens dos usuários do Facebook, Instagram e Threads.
🫦Entenda: todos te querem!
E não é só a dona do ChatGPT que quer começar a usar as redes sociais para o treinamento de modelos de linguagem. De olho nessa fonte quase inesgotável de material para alimentar os bots, a Perplexity.ai fez uma oferta para comprar o TikTok, em março, pensando em integrar o app de vídeos ao seu buscador baseado em IA.
“Isso forneceria aos usuários respostas abrangentes e bem citadas que combinam o melhor mecanismo de resposta do mundo com uma das maiores bibliotecas de conteúdo gerado pelo usuário”, comentou a startup, na época, explicando sobre o que faria com o vasto material disponível na plataforma de origem chinesa.
Quem também estaria interessada em assumir a operação do TikTok nos EUA é a Amazon, com rumores sugerindo que a gigante do comércio eletrônico fez uma proposta de última hora à ByteDance, controladora do app. Teremos a nova Alexa turbinada com IA usando os milhões de vídeos postados diariamente para ficar mais inteligente? Só o tempo dirá.
🖋️Assine aqui, por favor
Você pode não ter percebido, mas as big techs estão se preparando para usar seus dados e posts no treinamento de algoritmos há algum tempo. Sem muito alarde, elas têm feito mudanças nas políticas de privacidade das redes sociais para garantir que a coleta e o tratamento dessas informações não viole nenhuma lei.
Por isso, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) chegou a proibir a Meta de treinar sua IA com dados de brasileiros, mas a coleta foi liberada após o cumprimento de exigências. Uma delas era avisar os usuários sobre a prática e oferecer a opção de não liberar as postagens para o algoritmo.
De maneira geral, outras redes sociais também fornecem meios de controlar o uso dos seus dados, mas nem sempre é fácil encontrar esses ajustes. Além disso, é provável que elas estejam se alimentando dos seus posts há muito tempo, exceto se você impediu o compartilhamento quando criou a conta. Já revisou suas configurações de privacidade hoje?
THE BRIEFCAST
A GEN Y ESTÁ EM CRISE?

Levamos esse papo pra 3ª temporada do The BRIEFcast.
Episódio da Geração Y já disponível.
✍️ Resumão do Brifão (um remember do que rolou na semana)
A Apple, junto da Samsung e Motorola, acelerou as remessas de smartphones para os Estados Unidos em 30% em março para fugir do tarifaço de Trump.
O Tim Cook acabou levando uma bronca do Trump esta semana depois de a Apple contar que vai fabricar iPhones na Índia e não nos EUA.
No meio de tudo isso, no novo ranking da Kantar BrandZ Global, a Apple segue sendo a mais valiosa do mundo, e procuradores do município de São Paulo passam a receber 'auxílio-iPhone' de “apenas” R$ 22 mil.
A notícia, um pouco mal contada por alguns, de que o uso do Google caiu gerou bafafá, mas a gente explicou direitinho na news quarta-feira o que essa queda significa.
Já o YouTube anunciou que vai usar a Gemini para adicionar anúncios em vídeos. Eles não serão exibidos nos trechos importantes do vídeo, mas sim depois deles.
O Google ainda anunciou esta semana o novo visual do Android 16 e demonstrou uma nova IA agêntica para ajudar programadores.
A Microsoft demitiu cerca de 6 mil funcionários, inclusive do Linkedin e do Xbox, e justificou como uma reestruturação estratégica, mas muita gente acha que o investimento pesado em IA é o culpado.
A Amazon vai ter que suspender os anúncios da plataforma de streaming Prime Video para alguns assinantes brasileiros por decisão do Tribunal de Justiça de Goiás.
O Uber e o iFood anunciaram uma parceria permitindo que os usuários solicitem corridas por meio do aplicativo do iFood, enquanto pedem comida por meio do aplicativo da Uber. Tudo leva a crer que esta é uma tentativa de criar um superapp e espantar chineses.
Falando em chineses, a Keeta chegou no Brasil essa semana para concorrer com o próprio iFood.
Além da broderagem com o iFood, a Uber voltou com tudo para o jogo dos robotáxis anunciando novas parcerias.
🦜 Frase do dia
“Quanto menos dados precisarmos, melhor a informação.”
Peter Drucker
O que achou da news de hoje? 🕵️Conte aí embaixo pra que possamos melhorar nosso conteúdo! |
Faça Login ou Inscrever-se para participar de pesquisas. |
Somos o The BRIEF, o briefing diário de inovação, tecnologia e negócios com inteligência e personalidade pra quem precisa estar por dentro de tudo sem perder tempo e o bom humor. Uma criação original do TecMundo.