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📰 O que é isso? É um filme?
bike, anti-tech e robô delivery
19 de abril, Sexta
Hoje é o dia mundial da bicicleta e deixamos este vídeo para quem deseja começar (ou voltar) a andar de pedal.
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Imagem: Giphy
Mais estranho que a ficção
Um tempo atrás fizemos uma análise sobre a cultura de imediatismo no mercado de trabalho dos games. Nesse caso, a exaustão é uma velha conhecida por lá, sendo apelidada de “crunch”.
🦸🦸Essa prática se estendeu aos filmes de super-herói, que geravam uma forte expectativa no público para assisti-los nas telonas. Tal demanda acabou rebatendo em profissionais de efeitos visuais (sigla VFX, inglês) de Hollywood, que passaram a trabalhar para caramba para entregar projetos nos prazos acertados.
Em 2022, por exemplo, pipocaram altos relatos de artistas de VFX contra a Marvel. “A Marvel tem provavelmente a pior metodologia de produção e gerenciamento de efeitos visuais que existe”, desabafou um profissional no Reddit. Mas como anda o setor depois de alguns rebuliços? Qual a influência de novas techs? O que é hype? Explicamos.
Estava ruim e ficou pior
A mesma pessoa do relato ali de cima ainda alegou que não ganhava “o equivalente à quantidade de trabalho” que realizava. Não demorou muito para o resultado desse B.O. se refletir em algumas produções, como She-Hulk e Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, que trazem efeitos visuais horríveis duvidosos.
Já no ano passado, rolou a greve de atores e roteiristas de Hollywood, além de sindicalização de artistas VFX da Marvel – como havíamos previsto.
Com essas paralisações, novas séries e filmes também ficaram sem lançamento — a retomada está acontecendo aos poucos. Não demorou muito para vir o boom da inteligência artificial, que agora avança rápido demais para ser verdade...
I’m a staaaar
As estrelas de Hollywood sacaram essa mudança e, para encerrar a greve, deram um jeito de barrar o uso desse tipo de tech pelos estúdios – em especial quando envolvia sua imagem e voz.
Para reduzir os custos de produções, empresas do setor passaram a exigir que atores fizessem escaneamento corporal 3D de alta tecnologia nos sets. Mas, em diversos casos, o uso dessas réplicas digitais não era explicitado. Enquanto isso, crescem as chances de figurantes perderem seu espaço.
Já um grupo de roteiristas renomados anunciaram em fevereiro a Gauntlet, plataforma tecnológica que vai ajudar um time de especialistas a avaliarem roteiros de profissionais freelancers. A ideia é ampliar o toque humanos e afastar a necessidade de IA nos processos.
Why tf is his third eye CGI so bad it reminds of this
— Perfectly Paused SpongeBob Frames (@PausedSponge)
4:40 PM • May 20, 2022
Olho no olho > IA
Mesmo faturando bilhões, a realização de um filme ainda depende muito de humanos para planejamento, filmagem e pós-produção. Por outro lado, explicamos em uma edição que firmas de IA ainda estão descobrindo formas de comercializar ferramentas e modelos (tanto com foco B2B quanto B2C).
Alguns profissionais da indústria também vêm testando a Sora, da OpenAI, que deve ser lançada só em julho. Esse é o caso do filmmaker norte-americano Paul Trillo, que trouxe detalhes de sua experiência ao Business Insider.
O sistema “realmente não entende tudo. Às vezes, mistura ideias e altera o que você está perguntando”, contou.
O profissional ainda criticou o excesso de resultados na linha “videogame” e apostou que talvez em 10 anos o Sora possa fazer a diferença, quem sabe em trampos de pós-produção.
“O que torna o cinema um campo único é o seu aspecto colaborativo que simplesmente não pode ser criado numa experiência isolada, conversando com uma máquina”, relatou.
Será que o mercado não está hypando demais essas techs?
E se bateu a curiosidade, Paul compartilhou no YouTube o resultado de um de seus experimentos com a plataforma.
Mercado e economia
Robozinhos simpáticos 🤖🤖🤖🤖
A Serve Robotics, firma de robôs de entrega autônoma, estreou na Bolsa de Valores de Nova York via fusão reversa. As ações foram lançadas a USD 4, levantando cerca de USD 40 milhões.
Originada da compra da Postmates pela Uber em 2020, a firma pretende usar a grana para turbinar o desenvolvimento e produção de seus robôs autônomos. Com 100 unidades já em operação em Los Angeles, a meta é expandir para 2 mil unidades em diversas cidades dos EUA até o final de 2025.
Apesar de receitas modestas — exatos USD 207.545 em 2023 —, a Serve vislumbra um salto para entre USD 60 milhões e USD80 milhões até o próximo ano. Ali Kashani, CEO da empresa, aposta em anúncios nos próprios robôs para impulsionar os ganhos.
Mercado e economia2
Voa, voar / subir, subir 🛫
Por falar em bolsa, a Embraer tem vivido um ano espetacular no mercado de ações. O motivo? A valorização de 42% de seus papéis, um recorde desde 1997. A fabricante de São José dos Campos/SP brilha na Ibovespa, enquanto suas ações nos EUA também disparam, superando a Airbus e deixando a Boeing para trás. Dentre os impulsos desse sucesso estão:
Aumento de encomendas na América do Norte, Europa e Ásia.
Estratégia de expansão para aviões de maior porte, além do modelo militar KC-390 Millennium, que desperta o interesse de vários países.
Dificuldades enfrentadas pela Boeing (sobretudo por conta do modelo 737 Max), o que traz oportunidades de a firma canarinha se destacar ainda mais no mercado aeroespacial.
O futuro parece promissor, com expectativas de fortes entregas e receitas elevadas para 2024. Inclusive a Eve, sua divisão de e-VTOL assinou nesta semana um documento para a venda de 50 aeronaves para a japonesa AirX.
IA e sustentabilidade
Haja energia 💡
Rene Haas, CEO da Arm Holdings, anda preocupado com o consumo energético exorbitante da inteligência artificial. Segundo ele, se não houver mudanças, os data centers poderão consumir mais eletricidade do que toda a Índia até 2030 (!).
Um modelo de linguagem grande, por exemplo, consome o equivalente ao uso anual de 130 residências americanas.
Haas ressalta que sem avanços significativos nesse sentido, os data centers de IA poderiam representar até 25% do consumo energético dos EUA no final desta década — cenário considerado insustentável pelo executivo.
Isso pode exigir não apenas inovações tecnológicas, mas também uma intervenção regulatória para frear esse gasto todo.
Redes sociais
Se atrapalhou todo 😬
Os EUA estão loucos para encontrar um motivo para banir o TikTok de lá e parece que acharam. Uma matéria da Forbes aponta que dados de anunciantes, de pequenos negócios a grandes corporações, estavam acessíveis a funcionários da Byte Dance. Ou seja, isso abriria espaço para um ambiente vulnerável à manipulação de informações sensíveis.
Segundo a reportagem, fontes descreveram o ambiente interno da “Byte” como caótico e orientado a metas agressivas de receita. No rolê ainda estariam práticas questionáveis, como o uso de informações privadas dos anunciantes para estimular a concorrência entre eles (!).
“A plataforma de anunciantes era uma espécie de Faroeste e não foi pensada para proteger as informações dos clientes”, revelou uma fonte ao veículo. Eita...
TL;DR
Ainda mais little e mais BRIEF
👋Desenvolvido pela Lenovo e pela recifense CESAR, o primeiro tradutor simultâneo de libras foi lançado no Web Summit Rio 2024. O sistema usa IA para interpretar a linguagem de sinais.
🚨Se ontem a gente anunciou a aposentadoria do robô Atlas, hoje temos a Boston Dynamics apresentando a sua nova versão. Achamos ele a cara do Hal 9000.
📄📄Parte do elenco original de The Office, uma de uma das nossas maiores referências, se juntou para uma campanha da AT&T.
💰A TSMC superou as expectativas de receita e lucro no primeiro trimestre, impulsionada pela forte demanda por chips avançados de IA (claro).
🔝Um algoritmo criado por pesquisadores da Universidade de Berlim pode dobrar a vida útil das baterias de íon-lítio. A tech deve torná-las mais resilientes e eficientes mesmo após centenas de ciclos de carga e descarga.
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Vencer nem sempre significa ser o primeiro. Vencer significa que você está se saindo melhor do que nunca.
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