📰Rico de aparência

27 de março, Quarta 

Quartamos indicando esse vídeo da turma da Fapesp, que conta a história da evolução do Rio São Francisco – também conhecido como Velho Chico, para os mais chegados. 

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IA: afinal, dá dinheiro ou não? 

Esta redação pode resumir o ano de 2023 como cansativo, mas não estamos falando de sensação física e sim do boom da inteligência artificial, que entupiu as manchetes do mundo todo. O assunto foi repetido à exaustão em meio a investimentos e lançamentos de plataforma.

Só que nem tudo é mil maravilhas nessa história: da mesma forma que virou hype rapidamente, a IA começa a dar sinais de complicações (em especial em startups) e desafios financeiros, mesmo para gigantes. 

Investidores: “better have my money” 

Segundo a Statista, em 2023 foram investidos USD 42,5 bilhões globalmente no setor. O total, porém, foi caindo em cada trimestre: no Q1, o volume foi de USD 15,9 bi enquanto no Q4 chegou a USD 7,1 bi. 

Mas esse não foi o melhor desempenho do mercado, pois 2021 arrecadou mais: USD 74,6 bi. A grana, contudo, foi direcionada para poucas firmas, que agora se veem na pressão de investidores para gerar receita a jato. 

E esse B.O. tem pegado em cheio algumas rivais da OpenAI, por exemplo. Uma startup chamada Inflection.AI, acabou de perder seu CEO e cofundador, Mustafa Suleyman, que também criou a DeepMind, laboratório de pesquisas de IA adquirido pela Google há 10 anos. 

Ele vai chefiar uma unidade de IA da Microsoft e, portanto, colocará de escanteio o chatbot Pi, rival do ChatGPT criado pela Inflection.AI para servir como um “suporte emocional para seus usuários”.  

O bizarro nessa história é que a empresa já foi vista como grande promessa — foi avaliada em USD 4 bi e levantou USD 1,3 bi em junho de 2023. Porém, deve se concentrar em um estúdio de IAs personalizadas. 

Dança das cadeiras 🪑🪑

Já na sexta (22) algo similar rolou com a Stability AI, firma de IA generativa avaliada em USD 1 bilhão: seu CEO, Emad Mostaque, deixou o cargo para se voltar para um projeto que busca uma “IA descentralizada”. 

Uma parte da mídia dos EUA e especialistas de tech especulam que essas empresas não estão sendo capazes de encontrar boas fontes de receita.

Esse é o caso de Garry Tan, um dos investidores de tech mais bem-sucedidos do Vale do Silício, que já questionou se soluções como chatbots estão de fato atendendo as demandas de consumidores finais. 

“Só confia”, dizia o hype 

O chatbot Pi, por exemplo, tinha cerca de 1 milhão de usuários ativos diários, número muito inferior a redes sociais como X, que acumula 200 milhões. O Claude e Perplexity se encontravam em uma situação um pouco melhor: com 20 milhões e 50 milhões respectivamente de acessos mensais. 

 “Ou esses produtos não estão atingindo a escala necessária para um negócio digital de consumo bem-sucedido ou ainda não existe uma forma clara de [seus] serviços gerarem receitas e lucros significativos”, avalia um artigo do Business Insider. 

Daí você, briefer, deve estar se perguntando: e o ChatGPT? Não seria um case de sucesso? Segundo dados do SimilarWeb, a plataforma tem 1,5 bilhão de acessos mensais, porém, alguns meses após seu lançamento, o total era de 1,8 bilhão. Desde então esse índice tem ou se estabilizado ou caído de leve. 

A aposta é que a OpenAI se saia melhor em segmentos corporativos, como fornecendo API para outros negócios. Isso sem considerar a parceria com a Microsoft, que usa IAs da startup em diversos produtos. 

Quem vai conseguir concorrer? 

Uma matéria do Wall Street Journal do ano passado falava que encontrar formas de lucrar com IAs ou posicioná-las de maneira atrativa aos consumidores também era um problema enfrentado pelas big techs.  

A saída, em partes, tem sido cobrar taxas fixas pelas soluções e/ou cobrar um extra pelo valor de assinatura de produtos alimentados com a tecnologia, como é o caso do Copilot Pro da Microsoft, Google Gemini for Workspace (substituto do Duet AI) e Adobe Firefly. 

A alta nas ações e valorização da maioria das grandes companhias com soluções de IA mostra que o mercado não liga se o segmento está sendo lucrativo hoje, mas sim em suas promessas de revolucionar diversos setores no futuro. Para as startups, fica o alerta... 

Dados digitais e legislação

Quinto poder 🧑‍⚖️

Julian Assange, fundador do WikiLeaks, entrou com seu último apelo na Inglaterra contra a extradição para os EUA, onde enfrentaria acusações de espionagem. Se negada, a ação poderá ser iminente, embora sua equipe jurídica considere recorrer ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos. 

Só para refrescar a memória, Assange foi indiciado por 17 acusações de espionagem e mau uso de informações relacionadas à publicação de documentos confidenciais dos EUA pelo WikiLeaks há quase 15 anos.

Durante uma audiência de dois dias no mês passado, os advogados de Assange defenderam que ele é um jornalista que revelou erros militares dos EUA no Iraque e Afeganistão.

Carreira e cultura corp.

Sair de casa para ter reunião online👨‍💻

Uma recente pesquisa da Associação Brasileira de Recursos Humanos com a HR Tech Umanni, com 900 profissionais apontou como estão distribuídos os regimes de trabalho no Brasil: 

• 49,6% atuam no presencial; 

• 46,2% estão no modelo híbrido; 

• só 4,2% estão no home office, uma baita queda em relação aos 23,9% de 2022.  

Em entrevista ao Valor, algumas firmas disseram que usam esse último formato como um diferencial para atrair talentos altamente especializados do mercado e, claro, acelerar contratações. E a relação entre a galera colaboradora fica como? Marcar encontros presenciais e happy hours estão entre as possibilidades. #FicaaDica. 

Mercado e negócios

Lance milionário 💵💵

Adam Neumann, ex-CEO e cofundador da WeWork, quer pagar mais de USD 500 milhões para comprar a empresa de volta. A notícia veio do Wall Street Journal, mas não traz detalhes sobre como o financiamento seria feito. 

Conhecida por seus espaços de escritório compartilhados e uma avaliação bilionária que despencou, a WeWork continua firme na intenção de emergir do Chapter 11, a versão americana da recuperação judicial, como uma empresa lucrativa. 

IA

Primeiro (pequeno) passo 🚶‍♂️🚶‍♂️

O Brasil foi um dos signatários da resolução da ONU sobre inteligência artificial, que mira no desenvolvimento sustentável e na proteção dos direitos humanos. Aprovada por unanimidade na Assembleia Geral e apoiada por 56 países, a resolução busca usar a tech para grandes causas: desde a detecção de doenças até o combate a eventos climáticos extremos. 

O grande lance do documento é orientar seu uso com responsabilidade, focando-se em regulações que promovam investimentos seguros e éticos.

Além disso, enfatiza a necessidade de pesquisas e cooperação internacional, especialmente para alcançar os objetivos da Agenda 2030 da ONU. 

TL;DR

Ainda mais little e mais BRIEF

💸Os preços dos planos básicos de streaming no Brasil subiram mais de 100% desde 2011, com o GloboPlay liderando o aumento e o Disney+ sendo o que menos elevou os valores. 

🔎A Gaming Laboratories International se tornou a primeira empresa a obter habilitação para auditar apostas online no Brasil, seguindo regras estabelecidas pelo Ministério da Fazenda. 

💰As Casas Bahia registraram prejuízo líquido de R$ 1 bilhão no quarto trimestre, mas alcança sua primeira geração anual de caixa após três anos. 

📱81% dos usuários brasileiros do TikTok acessam a plataforma diariamente. A maior parte deles consume conteúdo de humor à noite, enquanto 63% já assistiram a transmissões ao vivo no app. 

🤑O PicPay está expandindo suas atividades para o mercado de publicidade por meio do PicPay Ads. O objetivo é aumentar em 10 vezes seus ganhos publicitários só neste ano. 

A Redação Recomenda

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