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📰 Perigo à mão
adolescentes, telas e tapaué
2 de abril, Terça
Neste dia, mas em 1980, a Microsoft anunciou seu primeiro – e, por muitos anos, único – hardware. Chamado Z-80 SoftCard, o processador foi criado para ser utilizado nos computadores Apple II. Vejam só como a terra plana capota desde a década de 80.
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Imagem: Giphy
*Aviso: conteúdo sensível
Cronicamente online
Todo mundo está diante das telas, mas seus estímulos são ainda mais prejudiciais a crianças e adolescentes, ainda em fase de desenvolvimento. Esses jovens acabam suscetíveis a taxas mais elevadas de depressão, obesidade e até dificuldades de interação, briefers!
De acordo com a revista JAMA Pediatrics, falar menos, ouvir menos e ter menos diálogos com adultos prejudicam o desenvolvimento da linguagem. Crianças que vivem em ambientes com maior exposição à linguagem têm melhor desenvolvimento social e função cerebral. E isso é só a pontinha do iceberg...
Dos filhos deste solo
Mas primeiro é preciso analisar números (gritantes). De acordo com a pesquisa de 2021 do TIC Kids Online Brasil, do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), 93% das crianças e adolescentes brasileiros de 9 a 17 anos usam a internet.
O celular é a única ferramenta de 78% dos jovens das classes D e E, enquanto nas classes A e B o número dos que usam exclusivamente smartphones cai para 18%. Além disso, quase 80% acessam redes sociais. Claro, dá para comemorar a inclusão digital, mas não dá para negar os danos.
E os gringos?
Uma pesquisa da Universidade de Nova York notou casos como crianças mais tristes e com tendências suicidas. A crise de saúde mental entre adolescentes é antiga: começou nos anos 2000 e piorou com a popularização da internet no bolso.
Já um estudo do Center for Disease Control and Prevention (CDC) diz que meninas são as mais afetadas: 30% das estudantes do ensino médio já tiveram pensamento suicida (contra 14% dos meninos).
Apenas um terço dos adolescentes afirmam que a vida vai bem, segundo o estudo Common Sense Media.
Soa o alarme
O assunto é tão sério que virou pauta de governo. Em fevereiro, a prefeitura de Nova York abriu um processo contra as empresas controladoras de redes sociais. O motivo? Por serem “viciantes e perigosas”, além de alimentarem as citadas crises e atrapalharem o aprendizado.
Ainda na ação, a autoridade lembrou que os adolescentes estão cientes do longo tempo gasto nas redes sociais, no entanto se sentem incapazes de parar. Também lá nos States, o Senado fez uma audiência com CEOs de várias redes para falar sobre a proteção das crianças e jovens, como a gente falou em um JLB.
Intoxicou geral
Não se trata de exagero: o uso excessivo de telas gera superestímulos na garotada, a chamada "intoxicação digital infantil". E se engana quem pensa ser essa uma culpa só dos pais, pois a redução de áreas de lazer nas cidades modificou hábitos em geral.
O resultado? Respostas imediatas interferem na capacidade de atenção e habilidade de saber esperar. Assim, temos uma geração mais impulsiva, hiperativa, irritável, estressada e com baixa tolerância a frustrações.
“Há tanta cor, música e ação na tela que quando a criança se afasta, ela quer que o mundo real se movimente na mesma velocidade e com a mesma intensidade de estímulos quanto o mundo virtual. [...] A criança ainda não é capaz de diferenciar o mundo real do digital”, explicou ao Terra a professora Kaline Mazur.
Desligue o celular e vá ler um livro
Para que os filhos reduzam o uso de telas, é importante que os pais também diminuam o próprio consumo - é difícil, a gente sabe. Crianças aprendem pelo modelo.
Óbvio que proibir totalmente é difícil, porém o Grupo de Trabalho Saúde na Era Digital da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) dá uma ideia de tempo.
Menores de 2 anos não devem ter qualquer contato com telas ou videogames. Daí aos 5 anos, basta 1h por dia. Dos 6 aos 10, até, no máximo 2h. E, os adolescentes de até 18 anos, podem ficar até 3h diante das telas. #FicaaDica
Imagem: Giphy
Privacidade
No escondidinho 🕵️♂️
Para encerrar uma ação judicial de privacidade de USD 5 bilhões, o Google topou destruir dados de usuários do modo "incógnito". A ação de 2020 acusava a big tech de coletar dados sem conhecimento dos usuários.
Por causa disso, o Google deletará registros com mais de nove meses e informará os usuários sobre a coleta de dados quando nesse modo, desativando rastreadores de terceiros por padrão. Apesar de alegar que os dados coletados nunca foram associados a indivíduos ou usados para personalização, o Google enfrentou críticas pela forma como comercializava o modo incógnito, com acusações de ser enganoso.
Além disso, 50 queixosos já buscaram danos monetários em um tribunal da Califórnia. A solução, considerada "histórica", busca maior honestidade e responsabilização no setor tecnológico.
Inovação
Combustível do futuro 🔋
A Sigma Lithium, mineradora de lítio com sede no Canadá, planeja expandir a produção em sua unidade Greentech no Brasil, anunciando a adição de uma segunda linha de produção para quase dobrar sua capacidade.
As ações da empresa subiram 6% após o anúncio. Com investimento de USD 100 milhões, a Sigma pretende elevar a produção de 270 mil para 520 mil toneladas por ano até 2025, iniciando as operações da nova linha no final de 2024.
Essa expansão vem após a empresa receber uma licença ambiental estadual em janeiro - já de olho em contratos com fabricantes de automóveis e grandes players do setor de baterias. Falamos bastante da questão do lítio, inclusive no Brasil, aqui.
Mobilidade
110 ou 220? 🚗
E por falar em carros elétricos, o otimismo no setor automobilístico brasileiro vem acelerando. Consultorias como Jato Dynamics e Bright Consulting projetam um aumento significativo na venda de veículos eletrificados para 2030, com estimativas ultrapassando 25%.
Executivos nacionais demonstram confiança crescente no crescimento do setor, desafiando tendências em países como EUA e Europa Ocidental. Incentivos como o programa Mover e investimentos de montadoras como Stellantis e Toyota, que ultrapassam R$ 70 bilhões, fortalecem essa sensação.
A transição para a eletrificação desafia as empresas a gerenciar mudanças energéticas e manter lucros, especialmente frente à concorrência global e preços competitivos de mercados como o chinês.
Mercado
Venda com “união estável” 🪟
O fim de uma era: a Microsoft decidiu vender os serviços do seu aplicativo de mensagens e vídeo, o Teams, separadamente do pacote Office em todo o mundo. Essa mudança, iniciada na Europa para evitar multas antitruste, agora se estende globalmente.
Após reclamações de concorrentes como o Slack, a Microsoft busca oferecer maior flexibilidade aos clientes, especialmente multinacionais. As novas ofertas comerciais do Microsoft 365 e Office 365 sem Teams, e uma opção independente do Teams, estarão disponíveis esta semana. Preços variam de USD 7,75 a USD 54,75 para o Office, enquanto o Teams custará USD 5,25, com variações por país.
Apesar dessa separação, a Microsoft ainda pode enfrentar acusações antitruste da UE por questões de integração e taxas.
TL;DR
Ainda mais little e mais BRIEF
🎙️ O Podpah, com quase 8 milhões de inscritos, faturou R$ 18,5 milhões no primeiro trimestre, valor equivalente à receita do primeiro semestre de 2023.
📉 A StabilityAI enfrenta incertezas após a saída caótica de seu fundador, Emad Mostaque, apesar de ter sido avaliada em USD 1 bilhão e ser um dos destaques da revolução de IA generativa.
🪙 A Justiça do Reino Unido congelou 6 milhões de libras em ativos de Craig Wright para garantir compensação de despesas judiciais após ele reivindicar ser Satoshi Nakamoto, criador do bitcoin.
😢 Fim de uma era 2: a Tupperware (famosa “tapaué”), pode encerrar suas operações dentro de um ano, enfrentando liquidez inadequada e problemas financeiros, apesar de um aumento temporário nas ações no ano passado.
A Redação Recomenda
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boa pergunta diante dessa contradição
A maior coisa que você pode fazer é surpreender a si mesmo.
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