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SeaPod
O próximo passo da colonização

13 de maio, terça-feira
Hoje é o 133º dia do ano, ou seja, faltam 232 dias para 2025 acabar. Se a gente fosse coach, diríamos que você tem 232 oportunidades de vencer, mas como somos reais, dizemos: aguentem firme e acessem essas ofertas da Apple na Amazon.
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CULTURA & COMPORTAMENTO
SEAPOD: COLONIZAÇÃO DOS MARES

Imagem: Giphy
Por Igor Almenara
Enquanto alguns sonham com Marte, outros preferem manter os pés mais próximos da Terra. Ou quase. A nova fronteira da pseudo-colonização são os oceanos. A ideia de viver em alto-mar nasceu do Seasteading Institute, uma organização sem fins lucrativos que projeta um futuro no qual as pessoas possam viver em ilhas flutuantes independentes, longe da burocracia dos estados-nação. Segundo Joe Quirk, presidente do instituto, a missão é permitir que indivíduos "formem qualquer tipo de comunidade que quiserem". Cada um com seu condomínio, digamos.
Um dos primeiros a testar a ideia foi o engenheiro aeroespacial alemão Rüdiger Koch, de 59 anos. Em entrevista ao New York Times, ele contou como passou 120 dias vivendo no meio do mar, dentro de uma estrutura batizada de SeaPod Alpha. Considerado um "tecno-utopista", Koch chegou a contratar um segurança armado para protegê-lo durante a experiência.
Caso você não esteja familiarizado com o termo: tecno-utopistas são entusiastas que acreditam que o avanço tecnológico pode (e deve) ser usado para resolver os grandes problemas da humanidade e construir um futuro mais eficiente, sustentável e, por que não, mais livre de governos.
🌎Sem nação ou sem noção?
Além de engenheiro e tecno-utopista, Koch é fã de criptomoedas. Ele se uniu a Chad Elwartowski, veterano do Bitcoin, e Grant Romundt, um empreendedor da área de saúde, e juntos eles dão forma a um projeto ambicioso: criar moradias futuristas, em terra firme ou flutuando sobre as ondas.
Romundt é o CEO da Ocean Builders, uma startup com pegada libertária que propõe moradias independentes da autoridade de qualquer país. A ideia é que, por estarem localizadas no mar (embora não em águas internacionais), essas casas não estariam sujeitas a impostos, leis ou regulações de um Estado específico. Parece um sonho para quem vive de cripto ou um pesadelo para a Receita Federal.
🏝️Meu mar, minhas regras
Apesar da retórica libertária, Elwartowski foi mais pragmático em uma tentativa de acalmar as tensões: registrou os SeaPods como "casas flutuantes", e não como micro-nações marítimas. Ainda assim, a empreitada quase terminou mal. Ele mesmo encomendou uma dessas estruturas para morar com a namorada em Phuket, na Tailândia, até que o governo local considerou a instalação uma ameaça à soberania nacional. Ele chegou a ser ameaçado com pena de morte. Em sua defesa, ele disse que o SeaPod estaria a 21 km da costa tailandesa, portanto, fora da jurisdição do país. O governo não concordou.
🙁Apartheid marítimo
O projeto tem fascinado gente endinheirada ao redor do mundo, mas também atraiu críticas. Peter Newman, professor de sustentabilidade da Universidade de Curtin (Austrália), classificou a iniciativa como um ato de vaidade da elite global, chamando-a de “apartheid do pior tipo”.
Segundo ele, trata-se de uma tentativa dos ultrarricos de se afastar, física e socialmente, do restante da população. Se nas últimas décadas os mais pobres conseguiram acessar espaços antes exclusivos, agora os bilionários estariam buscando isolamento, não em Marte, mas nos mares. É o distanciamento social versão premium.
🏃♀️ ️ Don't leave, just read (pra ler rapidinho)
🔎Acredite se puder
☝️ O que rolou? Pela 1ª vez na história, o uso do Google caiu. Sim, o gigante de buscas está diminuindo. Segundo dados da empresa de análise StatCounter, a fatia de mercado do buscador ficou abaixo de 90% em abril, algo inédito. A principal causa é o crescimento acelerado de ferramentas de IA generativa, como o ChatGPT, Perplexity, Microsoft Copilot ou o Gemini, do próprio Google, cujas respostas não incluem publicidade.
Pra ficar de olho: O fato é que a IA generativa está mudando a forma como as pessoas pesquisam e consomem informação na internet. E o fato de o Google estar metido em problemas com o DOJ só pioram sua situação. A gente vai falar melhor disso essa semana. Fica ligado!
🚗EVs em massa
☝️ O que rolou? A CATL, maior fabricante mundial de baterias para veículos elétricos, está prestes a lançar uma oferta pública inicial (IPO) na Bolsa de Valores de Hong Kong. Eles querem embolsar até US$ 5,3 bilhões no maior IPO global de 2025 até o momento. A empresa está oferecendo aproximadamente 117,9 milhões de ações a um preço máximo de HK$ 263 (USD X) cada, com a possibilidade de aumentar a oferta em até 38 milhões de ações adicionais, dependendo da demanda dos investidores. A negociação das ações está prevista para começar em 20 de maio de 2025.
👀 Pra ficar de olho: Com os recursos do IPO, a empresa está de olho em expandir sua produção de baterias na Europa. Isso reforça a infraestrutura global para veículos elétricos e reduz a dependência das montadoras em relação a fornecedores ocidentais. A nova planta na Hungria, que vai ser aberta com a grana do IPO, mostra o compromisso com o mercado europeu para acelerar a adoção de EVs em massa.
🤖Mexe e Remexe
☝️ O que rolou? O projeto de lei do Marco da IA no Brasil vai passar por revisão na Câmara. E a gente já tinha falado disso aqui. A deputada Luísa Canziani (PSD-PR), presidente da comissão especial responsável, planeja adaptar a regulação para um modelo setorial, permitindo que agências específicas, como Anatel e Anvisa, possam meter o bedelho na supervisão de sistemas de IA em seus respectivos domínios. Além disso, o debate sobre direitos autorais, especialmente no uso de obras brasileiras por sistemas de IA, também vai ser revisto.
👀 Pra ficar de olho: O empresariado deve pressionar bastante por um modelo regulatório diversificado. Eles querem diminuir o papel da ANPD. Vale pensar que, em setores onde a IA é menos regulamentada, o consumidor pode ficar mais vulnerável.
💸Pix, ora pois
☝️ O que rolou? Supermercados da rede Continente, em Braga (Portugal), começaram a aceitar pagamentos via Pix e viralizaram nas redes sociais, provando que sim, o país é a Guiana Brasileira. 🫣 Desde janeiro, os brasileiros pagam compras em reais e diretamente do Brasil. A novidade faz parte de uma parceria entre a UNICRE (instituição financeira portuguesa) e o Braza Bank (banco de câmbio brasileiro com operações em Portugal).
👀 Pra ficar de olho: A parceria entre bancos brasileiros e instituições internacionais pode ser um baita salto para que o nosso Pix se torne um meio de pagamento global. Se os gringos começarem a adotar o sistema, ele pode virar uma alternativa real ao cartão de crédito e outros sistemas tradicionais de pagamento internacional.

👀 De olho no TecMundo (o grande irmão)
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THE BRIEFCAST
A GEN Y TÁ SURTANDO?

Levamos esse papo pra 3ª temporada do The BRIEFcast.
Episódio da Geração Y já disponível.
🦜Frase do dia (voltamos para sua alegria!)
“Não sou verdadeiramente livre se tiro a liberdade de outra pessoa, assim como não sou livre quando minha liberdade é tirada de mim.”
Nelson Mandela
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