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📰Triste fim de uma sigla?
niver do TT, anti-ESG e revelações
21 de março, Quinta
E hoje o Twitter completa 18 aninhos. Sabemos qual é o roadmap da empresa? Não sabemos. Temos novidades sobre melhorias do produto? Não temos. Mas amamos essa rede social, e ficaremos lá até puxarem a tomada do último servidor. 🎂🔌
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Imagem: Giphy
ESG: não passa de hype?
Enquanto passeávamos pela WWW, nos deparamos com uma notícia que chamou a atenção desta redação: a BlackRock decidiu priorizar a “resiliência financeira” no lugar do ESG. A informação surgiu no relatório anual da gestora de investimento, considerada a maior do mundo (com cerca de USD 10 trilhões em sua custódia), publicado em janeiro.
Mas, antes disso, o tema era dominante em sua agenda e, portanto, fazia parte das orientações endereçadas a CEOs das firmas que recebiam seus investimentos.
🌱E como o ESG ficou de escanteio? Segundo o Financial Times, o impacto da inteligência artificial e alta na taxa de juros seriam os principais vilões.
Contudo, uma matéria do Wall Street Journal indica que rolaram fortes pressões de especialistas e políticos de diferentes frentes ideológicas dos EUA para que ocorresse essa alteração.
De mocinho a vilão
Um dos efeitos disso rolou no final de 2023, quando o estado do Tennessee processou a BlackRock por supostamente violar as leis de proteção ao consumidor. O motivo? Usar fatores ESG em estratégias de investimento.
O WSJ ressaltou, porém, que a gestora deve continuar apostando nesses investimentos como uma “oportunidade geracional”. Mas não deve fazer grandes pressões para mudanças de prática empresarial nesse âmbito.
Além disso, a firma deve direcionar suas estratégias para projetos de infraestruturas que ajudarão a acelerar a transição de combustíveis fósseis, chamados de “Transition Investing” (“Investimento de Transição”, em PT-BR).
“O investimento de transição é específico e concreto. Os clientes sabem do que estamos falando”, explicou ao jornal Mark Wiedman, head de negócios globais de clientes da BlackRock e potencial sucessor de Larry Fink, atual CEO da empresa.
A famosa maquiagem
Wiedman também disse ao WSJ que a sigla ESG seria muito “vaga” para os clientes – logo o investimento de transição seria de mais fácil entendimento.
O relatório anual inclusive deixou de exibir expressões que apareciam dentre suas prioridades em anos anteriores. Esse é o caso de “aquecimento global”, em um mundo no qual esse nível deveria ficar “abaixo dos 2ºC”, nas palavras da gestora.
Por outro lado, a BlackRock administra 2 dos 5 maiores fundos ESG dos EUA e possui USD 48 bilhões de ativos relacionados à agenda sob sua gestão. Só que uma matéria do The Economist aponta o avanço de movimentos anti-ESG lá nos States, sobretudo, da ala republicana.
Fluxos trimestrais para fundos ESG negociados publicamente nos EUA. Fonte: Wall Street Journal/Morningstar.
O barato sai caro
A corrente tem inclusive respingado em legislações: o governador da Flórida, Ron DeSantis, propôs em fevereiro um projeto de lei para proibir critérios ESG em todas as decisões de investimento do estado.
Algumas pessoas contrárias à agenda defendem que esses fundos prejudicam a lucratividade e estratégias de negócios bem como ampliam custos.
Outras acham complicado demais identificar ativos em conformidade com a sigla, que não se refere apenas a questões sustentáveis (ainda existe o “Social” e a “Governança”) — fora os riscos de “washings” e até confusão entre tipos de investimentos, como os temáticos.
Só que ser anti-ESG também não seria o melhor caminho. O artigo do The Economist menciona um estudo da Universidade da Pensilvânia, por exemplo, que avaliou leis estaduais contrárias à sigla que tiveram o efeito inverso, como aumento de custos e redução do retorno investido.
Verdade ou alarde?
A expansão desse movimento envolve também o fato de o mercado de fundos ESG ser gigante: seus ativos globais ultrapassaram a marca dos USD 30 trilhões em 2022.
Porém, em 2023, segundo um relatório da Morningstar, foram retirados USD 13 bilhões desses fundos nos EUA, o maior volume em mais de uma década — embora os fundos tenham chegado a USD 323 bi.
Enquanto tentam equilibrar os pratos, as grandes gestoras se focam em alternativas como a transição energética, que citamos ali em cima.
💡Trata-se de um segmento que só cresce aos olhos dos investidores diante da corrida de diversos países pela adoção de fontes renováveis — em especial após a COP 28. Segundo a BloombergNEF, esses fundos alcançaram a marca de USD 1,8 trilhão em 2023, +17% em relação a 2022.
Nesse rolê, as mudanças climáticas seguem a todo o vapor, enquanto há riscos de desaceleração sobre estratégias ESG – que ainda envolve inclusão e diversidade. Liguem os pontos...
Carreira e mundo corp.
#Exposed 👨💻
O Glassdoor gerou polêmica ao adicionar nomes reais aos perfis dos usuários sem consentimento. Essa ~novidade~ veio após a aquisição do Fishbowl pela plataforma em 2021, que exigia a verificação de identidade dos usuários.
Além de gerar um alerta sobre a segurança de dados pessoais, isso causa um rebuliço enorme porque os usuários agora podem ser ligados às suas avaliações — nem sempre positivas — enquanto ainda trabalham em uma firma.
A plataforma, embora em teoria defenda o anonimato, não reverteu a mudança em avaliações que mudaram de status recentemente.
Redes sociais
Quem é você? Quem é você, Mark? 🚨
A Meta está na mira das autoridades americanas. O motivo? Suspeitas de que o Facebook e o Instagram estejam facilitando — e lucrando — com a venda ilegal de remédios controlados. A empresa já respondeu: afirmou trabalhar ativamente no combate à venda de drogas ilícitas em suas plataformas.
Nick Clegg, presidente de assuntos globais do Meta, inclusive anunciou uma parceria com o Departamento de Estado para combater a venda de drogas sintéticas online. O esforço não é pequeno: durante a pandemia, ads promovendo remédios bombaram nas redes do tio Zuck, incluindo o famoso Adderall.
A investigação inclui também a coleta de dados. Afinal, publicidade em mídia social de medicamentos sujeitos à prescrição é um campo minado de responsabilidade legal.
Robótica
Atenção, Skynet, somos aliados! 🦾
Nesta semana a gente falou da Mercedes-Benz empregando robôs humanoides, e agora é a vez da Nvidia anunciar seu mergulho de cabeça nesse mundinho. O anúncio bombástico veio durante a conferência anual GTC, com o Projeto GR00T. Seria uma piscadela para o Groot da Marvel?
O negócio é sério: a Nvidia, já um nome de peso em IA, quer abocanhar uma fatia da inovação robótica. Seu GR00T promete ser uma plataforma de IA “geral” para os robôs humanoides. E quem está nessa? De Agility Robotics à XPENG Robotics — a lista é estrelada.
A companhia está de olho até em modelos como o Isaac Manipulator e Isaac Perceptor. O primeiro promete dar aos braços robóticos uma destreza de cair o queixo, enquanto o segundo se foca em visão 3D para robótica móvel.
Mercado e negócios
Rainha das ideias 👑
A Samsung foi coroada como a empresa mais inovadora do mundo pela Clarivate. No pódio da inovação, seguem-se Canon, Honda, Toyota e Seiko Epson. Esse ranking avaliou quem está mandando bem na pesquisa, inovação e na aplicação prática dessas ideias em patentes.
Além do sucesso nos smartphones e smartwatches, a sul-coreana se destaca em painéis, semicondutores e, claro, na corrida da inteligência artificial.
Em termos de países, o Japão lidera com 38 empresas, mas EUA, Taiwan, Coreia do Sul, Alemanha e França também brilham na lista. A China, com a Huawei em 7º no ranking geral, mostra sua força, apesar das recentes turbulências políticas e comerciais.
TL;DR
Ainda mais little e mais BRIEF
👋A Meta planeja encerrar o CrowdTangle, ferramenta que monitora conteúdo viral no Facebook e Instagram, limitando o acesso a dados a pesquisadores e afastando-se do foco em notícias e política. Vai deixar saudades.
💸O Google foi multado em 250 milhões de euros pela Autorité de la Concurrence (ler fazendo biquinho) da França por não notificar editoras sobre o uso de seus conteúdos para treinar seu modelo de IA.
🚁O Reino Unido planeja lançar o primeiro táxi voador até 2026, com expectativa de uso comum em 2028 e táxis voadores autônomos em 2030.
💵A Intel receberá até USD 8,5 bilhões do governo dos EUA para expandir suas instalações de fabricação de semicondutores, incluindo a construção e modernização de fábricas em quatro estados.
🤖A Microsoft contratou Mustafa Suleyman, cofundador da DeepMind — laboratório vendido para a Google —, para ser CEO de uma nova divisão de IA focada em produtos de consumo e pesquisa.
A Redação Recomenda
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resiliência não é sobre dizer “sim” para tudo, jovens!
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uma análise completíssima da Deloitte
A imaginação muitas vezes nos leva a mundos que nunca existiram, mas sem ela não vamos a lugar algum.
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