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📰Vamos voar
apple 1, drones e talentos
11 de abril, Quinta
Quintamos celebrando a apresentação do Apple I, feita hoje, mas em 1976. A máquina fez sucesso por já vir com muitas partes montadas – uma mão na roda para quem não era tão geek nesse departamento. Sem falar que a lata do PC era um charme que só uma produção feita em madeira poderia proporcionar.
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Imagem: Giphy
Novos horizontes
Desde o dia que a Amazon comentou que seria bacana, se pá, usar drones para entregar coisas, esse assunto volta a ser discutido na cena tech. Como comentamos no ano passado, esse setor começou a operar de forma discreta em alguns locais dos EUA.
📦O objetivo desses testes é colocá-los para funcionar e ajustar processos à medida que os problemas surgirem. Além disso, o interesse é mostrar aos órgãos públicos que é possível implementar essa solução sem causar problemas – em especial acidentes.
E é aí que voltamos com novidades: o governo dos EUA liberou algumas atividades com esses pequenos veículos. Então, 2024 pode ser o ano em que, finalmente, VIRÁ AÍ essa opção logística.
Abrindo fronteiras
Mas o que mudou? Em setembro, a Federal Aviation Administration (FAA), órgão responsável pelo controle do tráfego aéreo dos EUA, autorizou algumas empresas a operarem os droninhos “Além da Linha de Visada Visual” (BVLOS, na sigla em inglês).
O termo é usado quando o operador não consegue enxergar essas máquinas de forma natural (quase o famoso “a olho nu”). Com essa medida, será possível expandir o raio de operação e atender mais pessoas.
A FAA também está criando regras especiais para a operação logística enquanto revê padrões de segurança de drones para evitar acidentes.
Com todo esse empenho, quem atua no mercado acredita que mais aprovações vão surgir.
Donas do ar
Isso também significa que algumas empresas já estão colocando no ar operações que envolvam drones. São elas:
Zipline: a única independente do Top 3 e 100% focada no setor. Já atua em oito países e contabilizou respeitáveis 900 mil entregas;
Wing: a subsidiária da Alphabet fez uma parceria com o Walmart para entregar alimentos e itens de mercado no Texas (EUA) e na Virgínia (Austrália);
Amazon Air: pioneira no papo droneiro opera em apenas duas cidades (uma na Califórnia e outra no Texas), mas tem planos para levar o serviço para Itália e Reino Unido.
Com o mundo mais receptivo às empresas focadas nos voadores, devemos presenciar o aumento de empresas e negócios voltados a esse setor. Isso porque esse formato de entrega tem lá suas vantagens:
o custo-benefício de entregas de itens pequenos, como remédios e alimentos;
entregas mais rápidas em locais de difícil acesso ou em emergência;
como funcionam de forma elétrica, os drones prometem ser menos poluentes do que carros e vans;
não lida com trânsito e engarrafamentos;
no estágio atual incentiva parcerias entre empresas de drones e varejistas.
A “entrega acelerada de produtos sanguíneos usando drones teve um impacto significativo em Ruanda, onde a Zipline opera desde 2016”, apontou um artigo feito em coautoria com colaboradores da empresa, que avaliaram o serviço em Gana, Quênia e Nigéria.
As “entregas por drones reduziram as mortes maternas hospitalares por hemorragia pós-parto em mais da metade e reduziram o desperdício de produtos sanguíneos — devido à expiração — em 67%”, completou.
Vamos voar
Por conta das mudanças regulatórias e os ânimos corporativos, é possível que os próximos meses tragam ainda mais novidades para o setor norte-americano. Essa expansão pode levar mais algum tempo para chegar aqui ou em outras partes do planeta, afinal envolve questões de tráfego aéreo.
Para quem ouve delivery de drones desde a época em que se falava de geladeiras que (auto)fariam compras, mal podemos esperar para testar entregas pelas alturas.
Até porque em alguns casos, como durante uma enxaqueca, a chegada rápida de um remédio faz toda a diferença.
Economia e negócios
Dancinha da (quase) vitória 🕺
A ByteDance, dona do TikTok, registrou cerca de 60% de aumento de lucro em 2023, enquanto seu EBITDA saltou para mais de USD 40 bilhões e as vendas atingiram quase USD 120 bilhões.
O desempenho coloca pela primeira vez a Byte à frente da Tencent em receita e lucro, fortalecidos pelo TikTok e expansão em e-commerce internacional.
Enquanto enfrenta a ameaça de proibição de seu app nos EUA, a empresa reformulou a gestão de operações na China e reduziu apostas arriscadas, concentrando-se em IA generativa.
Aliás, a oferta pública de ações ainda parece distante, diante do bafafá que vem rolando nos States.
Redes sociais
Golpe do emprego 🚩
O LinkedIn bolou um novo processo de verificação para recrutadores. O motivo? Combater o aumento de golpes contra usuários. No caso, o processo vai acontecer mediante o fornecimento de um e-mail corporativo de uma empresa verificada ou por meio de parcerias. Depois disso, o selo com o “check” é exibido no perfil.
Para quem está por fora do rolê, alguns golpistas estão se aproveitando desse espaço para roubar dinheiro e/ou dados bancários das pessoas – tipo solicitar um Pix para exames ou obter dados bancários.
Já não basta para alguns estar sem emprego, e ainda tem esses B.O.s para lidar...
Carreira e vida corp.
Queixa constante: falta talentos 🔎
Um novo relatório do ManpowerGroup, firma especializada em RH, com empregadores do Brasil e do mundo, aponta que 80% dos participantes brazucas revelam dificuldade em encontrar talentos - uma queixa que volta e meia pipoca no mercado.
Como saída, as firmas têm procurado preencher vagas com profissionais mais maduros (34%), candidatos com lacunas na carreira (27%) ou desempregados há bastante tempo (26%).
Nesse contexto, as soft skills também estão ganhando ainda mais evidência — como antecipamos aqui. Para a turma millennial, se destacam: comunicação, colaboração e trabalho em equipe (39%); responsabilidade e confiabilidade (33%); raciocínio e resolução de problemas (29%).
No caso da Gen Z, aprendizagem ativa e curiosidade (31%); colaboração e trabalho em equipe (26%); criatividade e originalidade (25%).
“Unir essas habilidades pode trazer uma grande vantagem competitiva para as organizações”, afirma Wilma Dal Col, diretora de gestão estratégica de pessoas no ManpowerGroup Brasil.
Regulação
Tudo de novo
Líderes partidários da Câmara dos Deputados decidiram criar um grupo de trabalho para debater, do zero, um projeto de lei sobre a Regulação das Redes Sociais. Ou seja, em substituição ao projeto original relatado por Orlando Silva (PCdoB/SP) — que acabou não avançando.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP/AL), considerou o texto anterior polarizado e sem consenso o suficiente para votação. A turma também discutirá a regulação da Inteligência Artificial, embora exista o PL 2.338/2023 proposto por Rodrigo Pacheco e que seria votado ainda neste mês.
Aliás, a iniciativa sobre as redes é consequência dos ataques de Elon Musk ao Judiciário brasileiro, em especial ao ministro Alexandre de Moraes. Dentre as propostas do novo texto está a responsabilização das redes e punições para empresas que descumprirem medidas previstas.
TL;DR
Ainda mais little e mais BRIEF
🚨Escalou mais um pouco: o Ministério Público de Contas pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) o cancelamento de contratos da Starlink pelo governo BR. O texto ainda sugeriu a suspensão do X no país.
🤖A Intel apresentou novos aceleradores de IA generativa Gaudi 3, com 4x mais desempenho e capaz de realizar 64 mil operações paralelas e com eficiência energética superior em 40% aos modelos da Nvidia.
💸Falando na Nvidia, a companhia viu suas ações caírem 10% desde o fechamento recorde mais recente, devido à pressão que a concorrência vem fazendo nas últimas semanas.
🗣️A Anthropic descobriu que seu modelo avançado Claude 3 Opus está produzindo argumentos indistinguíveis dos humanos.
🌱A B3 está realizando a primeira grande revisão do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) desde 2005. A ideia é estendê-lo até 2025 e se forcar em aspectos como capital humano, meio ambiente e governança corporativa.
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