📰Chega de planos!

brega, futuro alarmante e x-influencer

26 de março, Terça 

A Piauí produziu uma reportagem sobre como Reginaldo Rossi (e o ritmo brega, do qual ele virou embaixador) estão cada vez mais presentes na cultura. É ler e celebrar a carreira desse ícone que só queria que a gente soubesse que seu grande amor vai se casar. 

Está no ar o 4º episódio da segunda temporada do The BRIEFCast 

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Imagem: Giphy

Década da desconstrução 

Falamos em uma edição do início do mês sobre como seria o trabalho lá em 2050 e como esse futuro seria ditado por uma realidade menos estável. Os trabalhadores, por sua vez, devem ser cada vez mais multitarefa em eterna atualização em um mundo mais flexível, complexo e incerto. 

🧑‍💼👨‍💻Parece tudo muito distante, mas a real é que parte dessa lógica está acontecendo neste momento, briefers (choremos?)! Um estudo de tendências da Accenture aponta para uma realidade em que as mudanças parecem rápidas demais para serem gerenciadas ou controladas.  

E não só isso: está cada vez mais difícil planejar e controlar os rumos da carreira. 

Uma vida, várias profissões 

Já falamos no Brifão sobre o aumento da sensação de complexidade no dia a dia de trabalho. Já o report da Accenture destaca que estamos entrando em uma “década de desconstrução”, em que trajetórias até então consideradas tradicionais estão ficando para trás (não por opção das pessoas). 

Um exemplo: fazer faculdade, escolher uma profissão e seguir nessa mesma profissão até se aposentar. A situação atual está tão imprevisível que a carreira tem sido cada vez menos linear: nos encontramos em constante atualização (lifelong learning) ou recalculando a rota. 

Dias atrás também nos pegamos lendo um conteúdo sobre aquele velho debate a respeito da necessidade ou não de ter um diploma. 

Um sonho: influenciar 

Em uma entrevista ao Estadão, o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior, afirmou que “não basta ter um diploma para entrar no mundo do trabalho, mesmo um diploma USP”. Na visão dele, muitos jovens desejam se inserir rapidamente no mercado e, por isso, buscam outros tipos de cursos (de fora da universidade) de curta duração. 

Assim, há uma tendência de acelerar a formação — até porque quase todo mundo precisa trabalhar. 

As carreiras de influencer ou criador de conteúdo também vem sendo mais atrativas por novas gerações diante das promessas de ostentação e fama, impulsionadas pelo Instagram e TikTok. 

É o Brasil do Brasil: realidade millennial 

Uma pesquisa da INFLR, adtech voltada ao mercado de marketing de influência, feita com 3,1 mil jovens brazucas em 2022 aponta que 75% deles tinham o desejo de ser influencer. Ao mesmo tempo, a turma mais nova observa a relação da geração anterior – nascida entre o final da década de 1970 e final da década 1980 – como de insatisfação. 

Chamada de millennial, essa galera é maioria no Brasil (são 54,4 milhões) e cresceu sob a (falsa) promessa de que bastava estudar, arrumar um emprego e se esforçar para ter o mínimo na vida.  

A realidade, porém, tem sido mais complicada: não existe mais a estabilidade no trabalho como no tempo dos avós e é quase impossível comprar a casa própria.  

Por outro lado, os millennials são mais escolarizados do que os pais e até chegam a ganhar mais do que eles, no entanto o custo de vida é maior. Já segundo um levantamento do Grupo Cia de Talentos, o sentimento de preocupação é o mais frequente entre esse público, seguido de cansaço, alegria e ansiedade. 

Deus está triste com tanta resiliência 

No estudo da Accenture, 48% dos respondentes afirmaram que seus planos englobam o período de um ano ou tempo nenhum. Logo, estamos cada vez mais dentro de uma realidade de extrema resiliência, que tem lá os seus perigos, como falamos ali em cima. 

Afinal de contas, estar sempre disponível para qualquer situação ou mudança esconde a cilada de gerar certos abusos. As pessoas podem deixar, por exemplo, de processar as próprias emoções e adquirir aprendizados, que passam a ser moldados pela realidade de trabalho disponível naquele momento. 

Outra questão levantada pela Accenture é como vamos acompanhar os avanços tecnológicos — o boom de IAs está aí para provar — em um mundo cada vez mais competitivo. Conseguiremos processar tudo isso? 

Redes sociais

Quem quer ser X-influencer? 💰

Desde que comprou o Twitter e o transformou em X, Elon Musk tem lutado para atrair criadores de conteúdo para lá. A ideia é que perfis verificados – pagantes pelo selinho azul – recebam parte das receitas publicitárias de anúncios, exibidos nas respostas dos conteúdos publicados por essas pessoas. 

Mas uma pesquisa interna mostrou que apenas 5% delas pensam em priorizar a rede. Uma das razões é a falta de confiança nas promessas de Musk.  A instabilidade dos anúncios no X ainda faz com que muitos priorizem outras plataformas, como YouTube, Instagram e TikTok.  

Também tem o fato que não se sabe direito quanto cada pessoa receberia nesses casos. O popular Mr. Beast, por exemplo, ganhou USD 250 com um vídeo no X, mas acredita que os números foram maquiados para não parecer um flop total.  

Vale lembrar que muitos anunciantes abandonaram a plataforma por conta das decisões polêmicas de "Hélio”. A receita de anúncios do X, em 2023, foi de USD 1,89 bilhão, cerca de 54% a menos que o ano anterior. 

Redes sociais2

Cesta de 3 pontos ⛹️

Lembra do Threads? Ele ainda existe! A novidade é que a rede vai exibir resultados esportivos ao vivo, começando pela NBA. O anúncio foi feito pelo próprio Mark Zuckerberg, que garantiu que outros eventos e ligas serão inseridos na plataforma em breve. 

Para ver o resultado, basta digitar o nome do time na busca e... Voilà. A pesquisa também inclui partidas futuras e seus respectivos horários. Sim, o recurso é praticamente idêntico ao que o X implementou lá no longínquo ano de 2017. 

A novidade segue as orientações da Meta de não recomendar conteúdos políticos em suas plataformas, mudando o foco para competições esportivas. O basquete norte-americano, inclusive, é um dos assuntos que mais movimenta o Threads. Quem diria... 

Internet

Sem solicitação na busca 🔎

A Google está expandindo para testes a nova seção com resultados de busca gerados por IA nos EUA. Esse mecanismo estava disponível apenas para quem tinha solicitado no Search Labs. Agora, no entanto, a área vai aparecer em destaque no alto da página de um grupo seleto de pesquisas, mesmo que o usuário não tenha pedido por isso. 

A Search Generative Experience (SGE) foi apresentada em maio do ano passado, mas foi lançada oficialmente apenas em novembro, em inglês. A ideia é que os resultados da pesquisa agreguem as principais respostas para questões complexas, que estariam em diferentes sites, por exemplo. 

A Google garante que quem não ativou a SGE só verá os resultados da pesquisa IA se eles forem melhores do que os resultados tradicionais. Inclusive, a big tech espera feedbacks mais sinceros da turma que não optou por esse recurso.

De cá, só queremos resultados menos quadradões, vulgo 100% voltados para estratégia de SEO. 

TL;DR

Ainda mais little e mais BRIEF

🛬O CEO da Boeing, Dave Calhoun, ficará no cargo apenas até o final do ano. Sua saída é motivada por recentes casos de falha de segurança nas aeronaves 737 Max. 

🎧No Reino Unido, o Spotify acaba de lançar uma aposta: conteúdos de e-learning, com vídeo e tudo, tanto gratuitos quanto pagos. Se cuida, YouTube…

👎O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou o relatório sobre transparência salarial e mostrou que as mulheres recebem 19,4% a menos do que os homens. A diferença pode chegar a 25,2% em cargos de gestão. 

🚫💻A China implementou novas diretrizes que proíbem computadores governamentais de terem processadores Intel ou AMD, sistema Windows e bancos de dados estrangeiros.  

🚗O Xiaomi Speed Ultra 7, primeiro carro elétrico da companhia, chamado carinhosamente de SU7, chegará às lojas chinesas custando 500 mil iuanes – algo em torno de R$ 345 mil, na conversão direta. 

A Redação Recomenda

Achados para ler, ouvir e assistir

Por que a indústria de games não consegue abandonar microtransações (vídeo, 9min50, em inglês) 
spoiler: é delas que vêm uma boa parte de seu faturamento 

Como saber a hora de encerrar um projeto profissional (leitura, 6min, em português) 
avaliar esse momento é essencial, briefer! 

8 itens icônicos que completam 50 anos em 2024 (leitura, 3min, em português) 
lista na linha: rolê aleatório 

5 dicas de efetivas de design do time do Canva (leitura, 7min, em inglês) 
material curto, porém completo 
 

A melhor preparação para amanhã é fazer o seu melhor hoje.  

H. Jackson Brown Jr. 

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